Cinco

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Andrew Pov

Eu não consegui ficar quieto enquanto esperava a Carina, eu só conseguia pensar na Meredith, no quanto ela estava triste não saía da minha cabeça, ela não comeu e por mais que eu pensasse em outra coisa, esse pensamento voltava a minha cabeça, ligo pra Carina
- Onde você está?
- Na sala dos médicos, estou só esperando um resultado pra saber se vou ou fico
- Tudo bem, eu preciso de um favor
- Onde você está?
- Na lanchonete
- Eu estou indo
Não demora muito, a Carina chega
- Do que é que meu irmãozinho precisa?
Ela senta a minha frente
- Tem uma colega minha de trabalho que está com a filha aqui, eu queria saber como a menina está
- Quem? Eu não posso falar nada sobre o estado de saúde dela, é antiético
- Mas pode pelo menos olhar se ela já recebeu alta?
- Ta, qual o nome completo da menina?
- Zola e eu imagino que o sobrenome seja Grey
- Grey de Meredith?
Eu reviro os olhos
- É
- Você não me disse que ela tem uma filha
A Carina me diz enquanto mexe no tablet
- Eu não sabia disso
- Ta preocupado com ela é?
- Para
- Não tem nenhuma Zola Grey, só tem uma Zola Karev
Deve ser o sobrenome do pai, eu penso mas não digo nada
- Deve ser ela
- A Meredith vai passar a noite aqui, é só o que eu posso te dizer
- Qual o quarto?
- Eu não posso...
- Carina, eu não sou nenhum maluco, eu só quero dizer pra ela não se preocupar com o trabalho amanhã
- Uhum
- Vai me dizer?
- 1225, se ela não quiser falar com você, não insiste, não
- É claro, né?
- Ela te disse que era mãe da menina?
- Disse, por quê?
- Aqui ela está como responsável, não como a mãe
- Pode ser um erro?
- É estranho
- Enfim, não importa, eu vou comprar um café pra ela e vou lá
- Vai levar café, é?
- Carina
- Ta, eu não digo mais nada, daqui a pouco eu te ligo
- Ta bom e obrigado
Eu levanto e a Carina fica me olhando de um jeito estranho

Depois que eu fui até o quarto da Meredith e falei com ela, ver o quanto ela estava triste me fez ter uma estranha vontade de abraçá-la, de confortá-la, eu saí logo do quarto, não entendi muito bem aquele sentimento, mas eu já me senti melhor só porquê ela ficou comendo, a Carina me manda uma mensagem avisando que vai ficar, eu pego meu carro e vou pra casa, o único problema é que eu não consigo dormir, depois de muitas tentativas, inclusive de ler sem conseguir me concentrar, eu desisto, pego meu celular e mando uma mensagem pra pessoa que ocupa meu pensamento desde a hora que eu a vi tão triste
"Espero que esteja tudo bem, boa noite"
Assim que eu aperto enviar, me arrependo, deixo meu celular e vou até a cozinha, bebo água, olho pela varanda, mas não consigo resistir e vou olhar se ela respondeu, na hora que eu pego o celular, ele vibra com a resposta
"Ela está bem, obrigada, boa noite"
Eu sorrio, realmente fiquei feliz com a notícia de que a menina está bem
"Que bom e você como está? Já conseguiu descansar um pouco?"
Não demora e chega a resposta
"Eu estou mais tranquila, mas não vou conseguir descansar até ela estar em casa"
"Não se preocupa com o trabalho amanhã, tá? Fica em casa e descansa, na segunda a gente resolve o que for necessário"
"Vai ficar muito corrido, eu posso tentar ir à tarde, vai ser melhor"
"Melhor vai ser você ficar com ela e descansar, você não vai conseguir parar de pensar nela, enquanto estiver trabalhando, aproveita o fds prolongado e descansa, é sério"
"Obrigada mesmo, eu posso fazer hora extra depois"
" Isso não é necessário, fica tranquila"
"Eu nem sei como agradecer"
"Se vocês duas ficarem bem, pra mim vai estar ótimo"
Depois que eu mando essa mensagem, me arrependo, o que foi que eu disse, minha preocupação era uma cortesia profissional, não era?
"Obrigada, de verdade, boa noite"
"Boa noite, dorme bem"

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