Cinquenta e sete

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Meredith PoV

Eu me senti tão bem, tão leve depois que eu contei pro Andrew sobre os trovões, foi como tirar um peso de mim, eu nem posso explicar o quanto sou grata por ele ter vindo aqui hoje.

Depois que a gente come, vamos pro sofá e eu encosto nele
- Como você entrou aqui?
- O Alex me disse onde estava a chave
- Ele te contou?
- Não
Eu desvio o olhar e o Andrew sobe a mão pela minha perna
- Nós não precisamos falar disso, se você não quiser
Ele chega na barra do meu short
- Não?
Eu pergunto mordendo o lábio inferior e ele continua se aproximando
- Não
Eu vou me arrumando no sofá e ele deitando por cima de mim
- A gente tem muita coisa pra fazer quando estamos juntos
E nos beijamos, ele se encaixa entre as minhas pernas e as coisas começam a esquentar, o beijo fica mais sensual, nosso corpo procura um pelo outro, eu coloco as mãos nas costas dele, por dentro da camisa, as mãos dele passeiam pelo meu corpo, apertando com a intensidade necessária pra que eu queira mais, ele levanta minha blusa
- Andrew, espera
Ele para e olha pra mim
- Não podemos fazer isso aqui
Ele olha ao redor e sorri, senta e me ajuda a sentar também
- Sua cama tá ocupada
Ele diz baixinho enquanto se aproxima pra me beijar novamente
- Hum, mas o banheiro não está
Ele fica de pé e me dá a mão.

No outro dia, eu estou dormindo confortavelmente em uma cama... que tem espaço demais, cadê a Zola e o Andrew? Eu pulo da cama, vou ao banheiro e saio do quarto, seguindo as vozes que vem da cozinha
... - então tudo isso foi pra fazer uma panqueca?
- Foi, Zozo
- Acho que não quero mais fazer comida, então
O Andrew ri
- Por que ninguém me acordou?
Eu pergunto chegando na porta
- Mamãe!
A Zola já está sentada na cadeira, com um prato com pedacinhos de panquecas cortados, com uma exagerada cobertura de chocolate
- Bom dia
O Andrew diz com um sorriso e coloca um prato com panquecas na minha frente, eu sorrio
- Bom dia, o que vocês estavam conversando, hein?
- Eu não vou mais querer cozinhar, dá muito trabalho, usa um monte de coisas
A Zola me explica
- Eu entendo perfeitamente
Eu digo e o Andrew ri
- Cozinhar é muito legal, tá?
- Não é, não
Zola e eu dizemos ao mesmo tempo, nós comemos e quando a Zola termina, ela olha pra mim
- Mãe, eu vou dormir na minha outra casa, do Andrew, hoje? Eu to com saudade da minha cama
- Zozo, não é sua casa, é a casa do Andrew
- Eu tenho uma cama, vários brinquedos novos e canetinhas e um quarto roxo, é como se fosse minha casa
- É sim, Zozo
O Andrew concorda e eu olho pra ele, séria
- Viu, mamãe? Nós vamos?
- Ainda não sei, mais tarde eu resolvo
- Ta bom
Eu a ajudo a descer da mesa e ela corre pra sala, eu cruzo os braços e olho pro Andrew
- Eu adoro que ela ache que a minha casa, é a casa dela também
- Você sabe que crianças precisam de um limite, né?
Ele dá a volta e senta ao meu lado
- Uhum
E me beija
- Andrew, é sério, ela não pode ter tudo o que quer e, definitivamente, ela não precisa de mais brinquedos
- Então você não vai gostar do que está em cima da outra cama dela
- Andrew
- Eu passei na loja e vi, parecia tão legal
- O que é?
- Uma boneca, nada demais
- Andrew
- Uma fada, que anda e deve ser quase do tamanho dela
Ele diz rápido
- Andrew! Você tem que parar, é sério
- Ta, eu não vou comprar um presente toda semana
- Você não vai comprar mais nada até o aniversário dela
- Agora você tá exagerando, não é sério né?
Eu continuo séria
- É, é sério
Ele diz 
- Claro que é
- Ta bom
Ele parece murchar, eu faço carinho no cabelo dele
- Eu amo ver vocês juntos, o quanto você gosta dela é muito importante pra mim, mas isso não é bom pra ela
Ele segura meu rosto e me beija
- Ta bom, mas eu ainda posso comprar sorvete, né?
Eu dou risada
- Pode
Ele levanta e eu percebo a facilidade com que eu usei aquela palavrinha com A, será que eu... ele está na pia e a Zola chega correndo e vai pro colo dele
- Eu machuquei meu dedo
Ela segura o dedinho com a outra mão
- Deixa eu ver, vem cá
O Andrew olha o dedo dela com atenção e daqui eu to vendo que não tem, absolutamente, nada, ele beija o dedo dela
- Agora ficou bom?
Ela concorda e ele coloca ela no chão
- Mamãe, já ficou bom meu dedo
- Que ótimo, meu amor
Ela volta pra sala, eu levanto, vou até a pia e o abraço, definitivamente, eu amo o Andrew.

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