Cento e dezesseis

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Andrew PoV

Eu vou tomar banho e não consigo tirar da cabeça, o fato da Meredith não querer que a gente more junto, isso ia acontecer ou será que na verdade, não ia, ela não ia aceitar, talvez ela não acredite na gente ou não tenha conseguido me perdoar de verdade, enquanto pra mim, tá tudo bem, pra ela não é bem assim, tava tudo muito recente, nós conversamos uma vez, ficamos juntos, teve o acidente e eu vim pra cá, foi muito rápido, enquanto eu só quero ficar com ela, com a nossa família, ela preciso de espaço, talvez nós estejamos em momentos muito diferentes da vida

Meredith PoV

Quando eu fui deitar, o Andrew já estava dormindo, normalmente ele me espera e aquilo me incomodou, eu realmente não quero tomar nenhuma decisão precipitada sobre a gente, nós temos uma família e isso é muito delicado, são crianças envolvidas, eu não posso fazer essas coisas assim, eu tomo banho e pego uma camisa dele pra dormir, é confortável e uma das poucas coisas que ainda ficam folgadas, eu deito ao lado dele, que está de costas pra mim, eu to tão acostumada a dormirmos juntos, perto, mesmo que durante a noite, acabe cada um virando pra um lado e agora eu sinto falta, não dá pra dormir, eu tento todas as posições possíveis, não que tenha muitas com esse bebê crescendo tão rápido aqui, eu continuo me mexendo na cama
- Mer, tá sentindo alguma coisa?
O Andrew me pergunta baixinho
- Não, só não consigo dormir
- Precisa de alguma coisa?
- Não
- Avisa se precisar
- Tá
Eu tento ficar quieta e estou ficando frustrada por não conseguir dormir, eu acabo levantando, vou até a cozinha, tomo água, ando pela sala, vou até a varanda e fico lá, olhando pro horizonte
- Que foi, hein?
Ouço a voz do Andrew atrás de mim, em seguida, ele encosta em mim e repousa o braço na minha barriga
- Ele não te deixa dormir?
Ele pergunta
- Ele tá quietinho
Eu respondo
- Ta sem sono?
Ele insiste enquanto faz carinho na minha barriga, eu fico calada
- Ei
Ele beija meu ombro
- O que foi?
- Você sabe que eu amo você né?
Eu digo e sinto ele ficar tenso
- Uhum
- Essa é uma ótima maneira de responder ao que eu disse
Ele vem pro meu lado
- Ta acontecendo alguma coisa, né?
- Você acredita que eu amo você?
- De onde saiu essa pergunta agora?
- É tão simples de responder, mas você não diz
É como se alguém está apertando meu coração, eu saio de lá, era melhor ter dormido antes dessa conversa
- Mer, espera
Eu ouço ele me chamar, mas se a gente continuar essa assunto, eu vou acabar chorando, eu não aguento mais esses hormônios, eu vou pro quarto e é claro que ele vem atrás, eu sento na cama e ele senta ao meu lado
- Você ficou chateado com a conversa de mais cedo né?
Eu pergunto e ele baixa a cabeça
- Parece que você não confia na gente
Ele diz sem olhar pra mim
- Não é isso
- Aconteceu tudo muito rápido e nós chegamos nesse ponto sem uma chance recomeçar, toda essa convivência foi meio que forçada por uma situação
- Para, não tem nada a ver com isso
- Então o que é?
- Eu não confio em mim, eu tenho medo do que eu sinto
- Você acha que o que sente por mim, é hormonal? Nossa
- Não, droga, não é isso que eu quero dizer
Eu deito na cama
- Isso só tá ficando mais confuso
Ele deita ao meu lado
- Isso é verdade
Eu olho pra ele
- Você quer ir embora?
É aquele tipo de pergunta que eu faço sem ter ideia se eu quero ouvir a resposta, ele faz carinho no meu rosto
- Eu não vou a lugar nenhum, Mer
Eu sorrio e ele me beija de leve
- Até porquê é tarde e eu não posso dirigir
- Andrew
Ele ri e me beija novamente, nós dois, deitados na cama, a mão dele no meu pescoço, se enrosca no meu cabelo
- Andrew
Eu digo parando o beijo
- Você sabe que não podemos fazer isso
- Mas nós podemos fazer outras coisas
A mão dele desce pela minha perna e volta por dentro da minha roupa
- Eu não quero que você se machuque
- Eu não vou me machucar, eu to bem
- Amor... - a mão dele envolve meu seio e eu respiro fundo - Não é uma boa ideia
- Parece que você não pensa mesmo isso
- Eu só não quero que...
Ele me beija, eu não consigo concluir um pensamento de tanto que meu corpo deseja o dele, a mão dele desce pelo meu corpo e entra na minha calcinha, meu corpo treme de desejo e, involuntariamente, eu abro as pernas pra dar mais acesso a mão dele, cada toque, cada movimento me faz suspirar e gemer, ele me beija quando me penetra com um dedo, depois outro, os movimentos ritmados e a intensidade do meu desejo me levam a um orgasmo rápido e intenso, quando ele percebe que meu corpo relaxou, ele me dá um beijo e sorri, ele levanta enquanto eu ainda sinto meu corpo entorpecido, o Andrew entra no banheiro e, imediatamente eu sei o que ele foi fazer, também não é fácil pra ele tanto tempo em abstinência, acho que posso ajudar com isso, eu levanto e entro no banheiro também.

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