You Are My Cure - Jikook ABO

TUDO VAI MUDAR

Capítulo 11 – Tudo vai mudar.

O alfa acordou decidido a ir conversar com Jimin, ele aproveitou que não tinha aula naquele dia e foi o mais rápido possível para a varanda do lúpus, era o primeiro dia depois do cio do ômega e mesmo sabendo da possibilidade dele não se lembrar ou até mesmo estar envergonhado, queria falar com ele.

Assim que pulou a varanda viu o pequeno deitado no chão desenhando como sempre, aquilo parecia um costume do menor. Jimin balançava as pernas de um lado para o outro, distraído, não havia notado a presença do alfa, mas logo percebeu a sombra e se assustou.

Sorriu envergonhado e corou se lembrando do que havia acontecido, não sabia como reagir quando encontrasse o alfa, pensou que iria demorar para se verem de novo, mas ali estava ele, bem em sua frente, o olhando através do vidro que a muito tempo não o protegia mais como antigamente.

O ômega mexeu em seus cabelos laranjas e sorriu nervoso, Jeon pegou o celular e logo Jimin sentiu o seu vibrar.

"Sua tia está em casa?" — Jun

O ômega negou com a cabeça.

"Eu queria tanto te abraçar, agora!" — Jun

O ômega sorriu e olhou para o alfa que por vergonha não tirava os olhos do celular, o lúpus logo escreveu uma resposta.

"Você está com o aparelho?" — Ji

"Vou pegar! Me dê 2 segundos!" — Jun

O alfa saiu correndo, não havia levado por medo de se precipitar e Jimin não querer abrir a porta novamente, mas sorriu ao notar que o ômega não estava arrependido e o sentimento de ansiedade o dominou, pois finalmente tocaria novamente o ômega.

Em poucos segundo já estava de volta com o aparelho em seu nariz, olhou pela porta e como da última vez esperou a contagem do ômega e em cerca de 7 segundos já estava dentro do quarto, desta vez, ele sequer esperou o pequeno falar alguma coisa, apenas o abraçou com força, descontou a saudade que havia passado durante todos esses dias.

Jeon se sentia diferente, sentia como se precisasse de Jimin a cada segundo e, de fato, precisava.

Apertou o corpo quente e molinho em seus braços e logo deu impulso para o pegar no colo, sem se preocupar com o excesso de intimidade e Jimin apenas ria com o jeito desesperado do alfa, que se pôs a caminhar até a cama, logo se sentando com o pequeno em seus braços, sorrindo feliz ao se separar do abraço.

— Tudo isso era saudades? — Perguntou risonho, Jimin amava o cheiro do alfa, viveria com aquele cheiro pelo resto de sua vida e mesmo que estivesse achando aquele desespero engraçado, conseguia o entender.

— Era mais do que saudades... — Afirmou passando o polegar na bochecha cheinha do ômega. — Eu não vivo mais sem você, Ji! — Afirmou sorrindo, o ômega corou ao ver o olhar do alfa em seus lábios, mas não pode deixar de desejar aquilo também, porque apesar do cio já ter passado e de não ter mais uma desculpa para se sentir assim, ainda queria Jungkook mais do que tudo e diferente do que ele imaginava, a vontade e o desejo não haviam passado.

Jimin ainda queria o alfa, ainda o desejava e por mais estranho que fosse para ele, Jeon Jungkook parecia bastar.

Mesmo sabendo que a marca dele nunca seria o suficiente para se "curar", ele ainda sim parecia mais do que o suficiente para o ômega.

— Também senti sua falta. — Jimin queria ver a reação do alfa, o que ele pensava sobre o que havia acontecido.

Sentia vergonha por ter feito coisas com o alfa e sentia mais ainda por saber que passou tanto tempo chamando e gritando o nome dele, mas mesmo assim queria saber até onde ele sabia e qual seria sua reação.

— Então... O que aconteceu durante meu cio? — Começou a resmungar baixinho e o alfa sentiu seu coração parar, suas bochechas corarem e por um momento ficou pensando o que diria ao pequeno em seu colo.

"Nos masturbamos por celular" não parecia uma boa coisa para se dizer.

— Você se lembra, certo? — Perguntou gaguejando e o pequeno afirmou — N-nós... bem, eu... — ele estava perdido em pensamentos e logo a porta abriu o salvando, mas, o assustando, o deixando em total pânico.

— Jeon? O que faz aqui? — A beta perguntou nervosa e apavorada ao ver um alfa no quarto do seu sobrinho. Jeon levantou ainda sem largar o ômega que estava no seu colo — Solte o Jimin. — Exigiu.

— Calma, tia. — Pediu enquanto era colocado no chão com cuidado, para então ser puxado por sua tia com pressa.

— Como ele entrou? — Perguntou ainda nervosa.

— Eu abri. — Respondeu com medo de sua tia, ela nunca havia brigado com ele, mas tinha medo de o afastar do Jeon — Mas ele não fez nada. — Tentou se justificar e Jungkook ainda estava paralisado, tremendo em pânico.

Só deus sabe o tamanho do medo que o alfa sentia da beta.

— Ele não fez?! — Gritou achando aquilo um total absurdo, mas logo percebeu que de fato o ômega parecia intacto. — Ele não fez... — Falou reflexiva, mais para si mesma — Você já veio aqui outras vezes? — O alfa apenas assentiu, ainda paralisado. — Como consegue ficar aqui sem atacar o Jiminie?

— Eu estou com um aparelho que atrapalha meu olfato. Pra mim ele cheira a um ômega comum! — Afirmou ainda nervoso, a beta respirou fundo e olhou nos olhos do ômega e tinha algo como uma súplica para que ela deixasse o alfa permanecer ali.

Mas ela sabia que isso os machucaria, afinal, ela tinha notícias para falar com o pequeno lúpus...

Notícias que iriam acabar com o relacionamento dos dois!

— Espero que continue assim, senhor Jeon. — Afirmou suspirando, decidiu que por hora, deixaria os dois aproveitarem, já que dentro de poucos dias, tudo mudaria. Jimin voltou para perto do alfa o abraçando — Não quero ouvir nenhum barulho suspeito, ouviram? — falou saindo do quarto e recebendo um "sim" de ambos.

— Tia! — Jimin a chamou e ela parou na porta e o olhou — Isso quer dizer que... o Jun poderá vir aqui mais vezes? — Perguntou receoso.

Jungkook tremia com medo da resposta, sentiu as pernas bambas e sentou novamente na cama, logo puxando o ômega para que ele se sentasse em suas coxas, ela sabia que em alguns dias, nem o próprio ômega estaria ali, então por que não deixar eles juntos por enquanto?

— Pode Jiminie. Ele poderá vir. — Doía no coração da beta saber que logo aquele amor que via nos olhos dos dois iria desaparecer, mas seu sobrinho precisava daquilo.

Ele precisava da cura e o alfa que estava no quarto com o ômega em seu colo, apesar de ter muito amor para dar... não era a cura que ele precisava. Ela havia encontrado a cura para seu amado sobrinho...

E em breve ele estaria curado e marcado.