june 13th, 2019

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O despertador toca fazendo com que Any e Sabina apenas quisessem jogar aquele celular pela janela. Nenhuma das duas se levanta de imediato, mas quando o barulho começa a ficar muito insuportável, a mexicana se levanta da cama e desliga, o que arranca um suspiro aliviado de Any, que volta a dormir. Hidalgo observa sua aparência no espelho, parecia que havia sido atropelada por dois javalis e uma vaca. Completamente acabada. Então sente uma pontada na cabeça. A famigerada ressaca.

Alguns minutos depois, com o barulho que Sabina fazia ao caminhar pelo quarto e a luz do sol vinda da janela, Gabrielly se obriga a levantar-se. Porém, logo cai na cama novamente, sentindo sua cabeça latejar. Ela tentava se lembrar o quanto havia bebido, mas em sua mente haviam apenas borrões.

— O que eu fiz ontem? — Any pergunta, assim que vê a amiga sair do banheiro.

— Tá me tirando que eu, Sofya e Joalin tivemos aquela trabalheira toda pra você não lembrar de nada! — responde Sabina, irritada. Seu humor pela manhã não era dos melhores.

— Do que você tá falando?

— Você esqueceu mesmo do melhor beijo da sua vida! — Hidalgo reclama incrédula.

Ah, isso. Não se preocupa, isso eu me lembro.

E como lembrava. Se encostasse os dedos nos lábios e fechasse bem os olhos ela jurava que era capaz de sentir a boca de Noah contra a sua. Tinha gosto de Rum e um toque de abacaxi, provavelmente resultado do coquetel que o garoto estava tomando no bar antes do jogo. Ela respira fundo, afastando o pensamento. Aquilo tinha sido um erro. Apenas um desafio. Não iria se repetir, por mais que ela quisesse. E muito.

E como você sabe que foi o melhor beijo da minha vida?

— Eu deduzi pelo tempo que vocês ficaram se agarrando — ela dá de ombros — E agora você acabou de confirmar — sorri vitoriosa, Gabrielly apenas revira os olhos. Não tinha muito o que falar mesmo.

Any odiava ter que admitir que o beijo de Urrea era um dos melhores que ela já havia provado, se não o melhor. O modo como seus lábios se encaixavam era diferente de qualquer coisa que já havia experimentado. Ela se lembrava vagamente de ter sentido um friozinho gostoso na barriga, que apenas se intensificou a cada toque do americano em seu corpo. Parecida com a sensação de quando eles dançaram juntos minutos antes de Sabina aparecer.

— O que aconteceu depois disso? — Any pergunta — A partir daí minha mente tá um borrão.

— Você não lembra? — Hidalgo ri e a brasileira nega com a cabeça — O Josh surtou. Literalmente. O Beauchamp teria partido pra cima do Noah se o Lamar não tivesse tirado do quarto quando percebeu o que ele ia fazer. E a Hina, que tava meio bêbada, começou a chorar, tipo, do nada. Joalin mandou ela engolir o choro e ela saiu correndo do quarto também.

— Por que você tá rindo? Isso é um desastre — Any se exalta. Ela sabia que isso aconteceria e agora se culpava por ter deixado aquilo acontecer — E culpa minha também.

— Larina, olha para mim — Sabina se senta na cama, olhando para a amiga — Josh teria feito isso com qualquer cara que chegasse perto de você e Hina surtaria com qualquer pessoa que o Noah ficasse. Você só tava curtindo o momento. Então se quiser culpar alguém, culpe a mim, Joalin e Sofya que inventamos a roda de verdade ou desafio só pra isso acontecer.

— Eu vou acabar fazendo isso mesmo — ela brinca e força um sorriso.

— Tudo bem, a gente mereceu — Sabina sorri e ambas riem — Porém, sobre o resto da noite — ela muda de assunto — Você vai ter que perguntar ao Urrea. Ontem à noite você teve essa mesma reação sobre o que aconteceu e o Noah te tirou do quarto e depois vocês foram embora da festa. Sabe-se lá o que aconteceu no meio do caminho pra cá — Sabina insinua algo com um olhar malicioso.

trampoline; noany [1]Onde histórias criam vida. Descubra agora