XLIII

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Hoje, seus familiares iriam voltar para Londres, você mal podia deixá-los ir.

o que diz insistindo para que fiquem mais uns dias, infantilmente?

— Oh meu neném, eu juro que gostaria muito de ficar, eu adorei sua casa, nosso tempinho juntos, mas realmente a mana precisa trabalhar, ou você acha que uma burguesa como eu se sustenta de marido? — Ela ri e te dá um beijo na bochecha.

Você se rende e a abraça apertado.

— Larinha, vou sentir saudades, coisa fofa! — Você dá um abraço nela que sorri.

— Também vou, mas vem cá, eu não posso pelo menos pegar o número do (seu amigo)? — Ela sorri amarelo.

— Não. — Você responde entediado e logo começa a fazer cócegas nela.

— Licença, crianças? — Justin fala, com a mala em mãos, olhando para vocês.

— Olha, que bebê mais educado, vem cá me dar um beijo seu marrento. — Você o abraça, quase o suspendendo do chão.

— Ai, não! Me solta, que nojo. — Você o abraça e depois de muito resistir ele devolve o abraço. — Obrigado, tio. — Sussurra em seu ouvido. — Obrigado, mesmo.

— Não há de quê. — Responde você, separando o abraço e sorrindo para ele. — E o garoto da festa?

— Eu vou ter que abrir mão, mas vamos continuar nos falando, se ele se cansar de mim... pelo menos eu vou ter a experiência. — Dá de ombros.

— Você é mais maduro que eu. — Ri. — Só precisava de coragem.

— Vai com Deus, tia! — Seu amigo sai do quarto de pijama e vai de encontro com sua irmã e a abraça.

— Nossa, a despedida é quase tão boa que a recepção. — Ela ri.

— Lógico, agora vou poder andar pela casa livremente pelado, como sempre.

— Adeus, (seu amigo). — Lara abraça ele.

— Adeus, gatinha. Você volta com dezoito que eu vou estar te esperando, viu? — Ele diz isso olhando descaradamente para você.

— Você para, (seu amigo)! Melhor você parar. — Você avisa bravo.

Todos riem, logo se despedem e eles partem para o aeroporto.

[...]

— Não vai para facul, hoje? — Pergunta seu amigo, vendo que já estava passando do horário da aula e você estava faxinando a casa.

— Não.

— Você está limpando errado. — Fala, cínico.

— E você nem está limpando, engraçado não? — Você varre a poeira para os pés dele, que ri travesso.

Ele vai até o quarto dele e traz a sua caixinha de som, pondo em sua playlist e aumentando, por final.
Vocês fazem uma boa faxina juntos na casa inteira, o que deu um pouco de trabalho, mas vocês estavam conseguindo.
Seu amigo dançava ao ritmo acelerado da música, até que você percebe que seu celular estava tocando e vai atender.

— Oi, Mike!

— Festa aqui em casa, rola ou enrola? — Pergunta animado do outro lado da linha.

— Hm... acho que enrola...

— Ah, vamos! Eu vou convidar a (sua crush)/o James.

— Vou ver... que horas?

— Às dez, e aí você vem?

— Vou pensar, até mais.

Você desliga e seu celular notifica.

E SE VOCÊ FOSSE UM GAROTO?Onde histórias criam vida. Descubra agora