[capítulo para quem não têm interesse amoroso no seu amigo]
Ele faz uma expressão que era fácil deduzir que ele iria chorar, mas antes que ocorra você o abraça.
diga algo para reconfortá-lo.
— Está tudo bem. É isso que quero, que você seja sincero comigo também. Do que importaria se você dissesse que sente o mesmo, apenas por pena.
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— Você é meu melhor amigo, eu não vou te rejeitar por isso. — Diz você.
— Eu não contei nada antes, porque senti medo de estragar nossa amizade. Só queria que me entendesse, obrigado.
— Eu não vou largar sua amizade. Você é um irmão para mim, cara!
Aquilo era provável magoar ele, mas não, seu amigo sentiu-se aliviado por ter dito aquilo que à tantos anos foi encoberto e feliz por ainda ter sua amizade, o que ele mais prezava acima de tudo. Aquele momento, onde a amizade de vocês provava ser algo real, fez você lembrar de outro.
[...]
A campainha ecoa, você que devia atender já que era o único em casa, mas você preferiu fingir que não tinha ninguém presente.
eiKKK tem alguém tocando a campainha da minha casa e eu to aqui fingindo q ñ tem ninguém
sou eu idiota ATENDE LOGO ESSA PORRA
Você ri da situação e vai atender.
— Eu fui expulso de casa! — Seu amigo diz abrindo um sorriso de felicidade.
— Onde que está o lado bom disso? — Você questiona.
— Eu sou livre agora!
— Ah, que ótimo! Um livre de dezesseis anos, que ainda está no ensino médio, nada para pôr no currículo e que tem medo de trovão. Por quê você foi expulso, mesmo?
— Assumi minha sexualidade, eu sou bissexual, meus pais surtaram ao pensar na possibilidade de ter um filho que também gosta de pau e me enxotaram, melhor assim, pelo menos eu sei que família nem sempre tem o real significado de família.
— Quer dizer que você vai virar cigano agora?
— Muito engraçado, eu vou morar com você. — O olhar dele era de esperança, mas você não sabia em quê.
— É o quê? — Você pergunta incrédulo e ele te abraça.
[...]
Foi uma discussão sem fim, o pai dele o queria longe de casa, sua mãe queria apenas saber o porquê da decisão dele, mas ele não queria mais permanecer junto à eles, por fim, ele ficou morando com uns tios dele, mas sempre ia para sua casa, quase que todos os dias. Aos dezessete, os tais tios, precisaram se mudar e daí seus pais deixaram que seu amigo morasse com vocês.
[...]
— Está calor, né? — Seu amigo tira a camisa, propositalmente.
— Só você que está sentindo, então. Quer que eu ajuste a temperatura? — Você questiona não desviando o olhar da TV.
— Quero. — Deita a cabeça em seu colo.
Você ri e ajusta a temperatura do ar-condicionado.
[...]
Desde aquele tempo que ele tinha a mania de ficar pelado por qualquer coisa, era um completo exibicionista, mas agora você entende outras coisas, algumas brincadeiras, tudo o que você achou ser algo "normal" na amizade, você entende que tudo tinha um fundo de paixão da parte dele. Você sente um alívio por saber a verdade, por saber o porquê de tanto mistério e de tanto sofrimento que você não fazia idéia de onde vinha, da parte do garoto.
— No que você está pensando? — Ele te traz para a realidade.
— Estou pensando numa pizza de (seu sabor preferido), vamos pedir?
Ele ri e assente. Agora ele sabia que era bola para frente, mesmo que fosse ser um pouco difícil, pelo menos ele não precisava esconder seus reais sentimentos, não mais.
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- vcs querem namorar msm ou não estão prontas?
- desculpem por a época natalina ser tão atrasada KKKK mas eu queria muito que tivesse, pq estou preparando algumas coisas para este feriado.
- bom, a facul só para exatamente no natal (dia 25) porém aqui é ficção, e aqui a facul para como o ensino fundamental/médio. vcs têm o mês todo de férias, assim como janeiro tbm.
- eu não fiz vc e sua crush fazerem ploc ploc pq estou preparando uma coisinha para vcs, ok?
