UMA QUESTÃO DE AMOR-Armando Scoth Lee-Romance gay

CAPÍTULO 70-ÁGATA DESAPARECE

______LUCAS AJUDA HIROSHI______

Hiroshi Tanaka em pessoa ofereceu-se para levar Lucas ao endereço que haviam identificado seguindo as pistas que o paranormal  foi dando à equipe de investigação.

O diplomata pedira folga no serviço informando que precisava resolver problemas familiares, o que não deixava de ser verdade, pois não conseguia admitir a ideia de que alguém tentara incriminar o seu pai!

O japonês prometeu a si mesmo que não deixaria que a simplicidade do jovem agricultor o deixasse indefeso e  exposto às maldades da viúva do deputado. Hiroshi já se sentia irmão daquele rapaz tão querido pelos seus pais!

Estava tudo lá, como Lucas descrevera: televisão ligada, chuveiro aberto, o corpo largado no chão.

Novamente ficou confirmado que o dom do rapaz estava cada vez mais forte e mais presente. 

Lucas havia visto detalhes do motel, proximidade de pontos de referência e, apesar de não ter visto exatamente o nome do local e o número do quarto, todo o resto serviu para facilitar a rápida localização de onde havia ocorrido o crime.

Lucas apoiou-se no braço de Hiroshi como se precisasse de um tempo para se recompor de tantas visões e de tanto esforço mental.

_Você não está bem, Lucas. Não precisa ir, se não quiser._dissera o filho do senhor Tanaka apreensivo.

Hiroshi não queria que o rapaz piorasse o seu estado de visível esgotamento diante de tantas emoções. Ele deduzia que o jovem agricultor devia sentir as coisas mais intensamente do que as pessoas comuns e realmente era aquilo que parecia naquele momento: Lucas ali parado, segurando em seu braço, olhos fechados, pálido, respirando fundo para se reequilibrar.

O senhor Tanaka sempre ligava para o filho e relatava emocionado o quanto o seu pupilo o ajudava prevendo possíveis problemas em sua escola, em sua casa, em sua vida. Realmente a família Tanaka reconhecia que tinha muito a agradecer ao paranormal.

_Não...eu já estou melhor, Hiroshi. Algo me diz que eu preciso estar lá para dar andamento em nossas investigações contra Ágata._e virando-se para o namorado e o pai._Um de vocês dois poderia me acompanhar, por favor?

Os dois levantaram-se prontamente, mas Hiroshi foi precavido, sensato aconselhando:

_Não, Aldir. Acredito que seja melhor você ficar aqui para o caso de Ágata aparecer. A gente deduz que ela possa já estar longe, mas pelo que vocês me disseram, talvez ela seja ousada o bastante para vir atrás de nós. Já pode ter descoberto onde meus pais moram, onde vocês estão ficando...

Todos concordaram e, antes que Lucas  se afastasse, o pai o abraçou e abençoou com carinho.

_Já está acabando, filho. A gente vai pegar aquela monstra e finalmente ficaremos todos bem...todos em paz._prometeu Aldir tentando convencer a si mesmo. 

Lucas não sabia exatamente o que iria encontrar no quarto em que Izidro morreu.

O quarto havia sido interditado após  o corpo ser descoberto, mas sabendo que haveria alguma pista contra Ágata, Lucas disse que queria entrar ali para procurar algo que a pudesse incriminar, algo que a ligasse àquele assassinato.

Hiroshi Tanaka conseguiu permissão para que o rapaz entrasse com ele e também testemunhou quando Lucas entrou e foi direito onde estava o segundo aparelho de escuta!

Rapidamente, assim que entregou a prova para Hiroshi, Heitor ajudou o namorado a sair daquele ambiente monstruoso.

Ficaram no carro de Hiroshi esperando que ele terminasse o serviço por ali.