CAPÍTULO 41-OS PLANOS MALDITOS DE ÁGATA!

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____OS CAPANGAS DE ÁGATA____


Ágata exigiu do marido que mantivesse a própria irmã caçula em um lugar bem longe dela!

Era importante deixar bem claro para Augusto Leclerc que a esposa nada tinha a ver com os planos da cunhada.

Ísis não precisou ouvir uma única palavra da boca da cunhada que a agredia violentamente na frente do marido: estava claro que Ágata a mataria se ela pronunciasse uma única palavra que levantasse a menor suspeita de sua participação naquele esquema de afastar Heitor dali!

Ísis não teve o consolo do irmão mais velho, também ofendido em sua conversa com Neo!

Estava tudo dando errado, Ísis reconheceu: Heitor  não era mais o garotinho inseguro que corria para os seus braços quando tinha medo! Ele agora era um homem que, apesar de ter se mostrado ainda fraco de início, a tratara momentaneamente como se estivesse mais firme, mais adulto...como se tivesse outros braços pra onde ir!

Ísis avaliou se estaria agora velha demais para seduzir o sobrinho...e suspeitou que talvez ele não se sensibilizasse tanto ao ouvir que já tinha um filho adolescente a ponto de ir com ela para os Estados Unidos! 

Maldita a hora em que Otávio falara ali, na frente da esposa ainda enfurecida, que não iria deixar de mandar a mesada para a irmã mais nova!

_Como é que é? Quer dizer que você quer regular as minhas idas ao shopping, mas tem mandado o nosso dinheiro para esta traidora lá do outro lado do mundo?_explodira alto demais para chamar a atenção de algumas pessoas próximas no aeroporto internacional._Pois deixe eu saber de mais um depósito para esta maldita que eu irei embora e você nunca mais me encontrará, Otávio! E ainda lhe arranco até o último centavo!

Ísis sabia que o irmão não enfrentaria a esposa por ela.

A tia de Heitor desconfiou que aquela seria a sua última viagem ao Brasil!

Otávio sabia que a esposa tinha um analista que a socorria sempre que algo a incomodava, por isso não estranhou ela chegar em casa, após se certificar que Ísis iria embora no primeiro voo daquela tarde, e sair novamente.

Ágata não precisava mudar o seu percurso a fim de despistar alguém que a pudesse estar seguindo, pois julgava-se esperta demais para levantar suspeitas.

A loura entrou no estacionamento de um prédio antigo no centro da cidade...nem caro demais...nem barato demais...apenas funcional.

Apartamento 213, como sempre.

Izidro veio abrir a porta no primeiro toque, como se já houvessem combinado aquela visita.

O homem era alto, barba escura, face cansada e mal humorada. Tinha um olhar sinistro e usava um agasalho com capuz, apesar do tempo não estar tão frio assim.

Assim que confirmou que era Ágata, ele tirou o agasalho e as roupas, como ela gostava, e caminhou até a cama de casal submisso, silencioso.

Ágata não se despiu, pois queria apenas dominar na cama, não se satisfazer...não se aliviar...pois há anos ela não sabia mais o que era ser uma mulher e sentir prazer!

Primeiro ela subiu na cama sobre o homem e deu um tapa no rosto dele, mas ele não estremeceu: julgava que a mão de uma mulher não era capaz de ferir a face de um homem.

_Está nervosa._comentou simplesmente a encarando.

_Não gosto que me encare e você sabe disso!_ela o esbofeteou novamente e mais uma vez ele deu sinais de não sentir a agressão.

UMA QUESTÃO DE AMOR-Armando Scoth Lee-Romance gayOnde histórias criam vida. Descubra agora