____ALDIR SE SENTE TRAÍDO POR TODOS!____
Ágata estendeu a mão macia e bem cuidada para o feirante que ainda parecia estar nervoso e contrariado com a presença dela.
"Se este emburradinho soubesse do que eu seria capaz de fazer com ele numa cama...tiraria esta carranca do rosto e me arrastaria pra trás de alguma barraca rapidinho...", pensou a loura segura de sua aparência e talento para a sedução de qualquer homem que quisesse.
A voz! Ela lembrou-se: Izidro dizia que a voz dela seria capaz de fazer derreter o coração de qualquer homem!
_Bom dia, senhor Aldir. Creio que não se lembra de mim..._começou com sua voz sedutora.
Ele a interrompeu bruscamente, frustrando mais uma vez os planos dela:
_Lembro da senhora sim, dona. Estava acompanhando o deputado safado que queria impedir que o meu filho fosse socorrido só para tirar uma foto com ele e se promover!
Por que ele tinha que quebrar o encanto daquele momento a chamando de "dona", Ágata percebeu contrariada.
_Pode me chamar de você, afinal, tenho certeza de que sou bem mais jovem do que o senhor, senhor Aldir._deu o seu melhor sorriso.
Ele teria dito "duvido que a senhora seja mais nova do que eu ", se quisesse prolongar alguma conversa com aquela mulher...mas ele queria que ela desaparecesse dali, antes que ele não resistisse a chamar a polícia pra ela!
Mas Aldir sabia que estava de pés e mãos atadas, quanto àquilo. O que ele diria à polícia? Que o seu filho paranormal afirmara que na verdade não fora um acidente e que aquela mulher contratara alguém pra matar a namorada dele atropelada? Ninguém acreditaria nele!
O cara dissera que havia passado mal ao volante...e Neo havia sim o ressuscitado ali no asfalto...achariam que ele estava louco!
Ágata sentiu a sua primeira derrota quando teve que recolher a mão por perceber que ele não a iria tocar.
Uma freguesa chegou...lá estava o sorriso cativante do vendedor esperto...que logo desapareceu assim que a mulher se afastou.
_Senhor Aldir, acha que tenho alguma coisa a ver com aquele episódio lamentável lá naquele hospital?_fez uma voz magoada.
_Não me interessa se teve ou não teve, dona. Só prefiro ficarmos, eu e o meu filho, longe de confusão._ele continuou sério.
Ágata teve que se controlar para não gastar munição naquele momento: dizer que o filho dele estava mais atolado do que ele imaginava numa grande confusão!
_Eu entendo, senhor Aldir...eu entendo...também falo sempre isso com o Heitor. _ela o olhou benevolente._Por isso aprovei ele terminar a amizade com aquela mulher.
Aldir não iria cair na lábia dela, mas teria que se segurar se não a esganaria, caso começasse a falar mal de Neo.
O feirante queria que ela fosse embora logo, mas a mulher começou a pegar um por um de seus produtos, examinando atentamente cada um.
_São todos orgânicos?_Ágata tentou puxar assunto.
Talvez nem tudo estivesse perdido e ele se sentisse valorizado por ser entrevistado por uma mulher fina como ela.
Quando um homem rude...um agricultor...como ele, teria nova oportunidade de ter toda a atenção de uma loura linda e cheirosa como ela?
_Sim._ele foi sucinto.
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UMA QUESTÃO DE AMOR-Armando Scoth Lee-Romance gay
RomansaIMPRÓPRIO PARA MENORES DE 21 ANOS_Heitor, um homem dividido entre o amor e a política...Lucas, uma alma atormentada por um dom que não queria...Para Heitor, Lucas é o seu verdadeiro eu, a sua alma gêmea, o seu corpo em chamas por um desejo incontrol...