The A Team (fanfic portuguesa-5sos)

XXXVI

"Eu não morri, calma." O Calum comenta quando acorda e vê-me a chorar . Eu levanto-me e aproximo-me dele.

"Desculpa." Eu falo limpando as lágrimas.

"Pensei que já não te importavas..." Ele fala desviando o olhar.

"Não me conheces? Claro que me importo... Tudo o que eu queria de ti ontem era um pedido de desculpas sincero e uma promessa de que tentarias ser melhor amigo, não uma negociação." Eu respondo "Mas isso não justifica o que eu disse e por isso peço desculpa. Principalmente se te fez fazer isto, a sério se eu soubesse que estavas-" Eu continuo mas ele interrompe.

"Alison, não foi por tua causa." Ele interseta e olha para mim. "Era por isso que estavas a chorar?" Ele pergunta e eu confirmo com a minha cabeça "Não, de todo." Ele fala e tenta levantar o seu corpo para que fique sentado "Eu sei que pareço uma cabeça dura, eu sei. Mas após a conversa de ontem, eu não conseguia parar de pensar em... bem em tudo. Por isso liguei à minha irmã e contei-lhe... uhm contei o que era- o que sou!" Ele explica e eu sorrio, finalmente ele não ignorou a verdade mesmo à sua frente.

"Como é que ela reagiu?" Eu questiono empolgada mas depois perco o sorriso quando me lembro que esta história acaba com uma overdose.

"Muito bem, apoiou-me totalmente e estava tão feliz... O problema é que nós estávamos em videochamada..." O Calum começa a ficar com os olhos vermelhos e eu sento-me à beira dele na maca pequena. "Ela estava na cozinha a comer porque aquela rapariga só se deita às 6 da manhã nas férias!" Ele solta um riso e eu acompanho-lhe no mesmo "Mas a minha mãe levantou-se e ouviu a nossa conversa... Uhm, ela disse que eu estava confuso e para nunca voltar a dizer essas palavras..." Ele continua soltando lágrimas. Acho que nunca tinha visto o Calum chorar, é diferente. Ele parece diferente, não parece o mesmo rapaz arrogante com quem discuti ontem. "Depois, a minha irmã começou a discutir com ela e pronto... Uma enorme discussão por minha causa e depois a minha mãe desligou o telemóvel... Horas depois quando encontrei o Jackson e tínhamos fumado algumas cenas, recebi uma mensagem do telemóvel da minha irmã, mas da minha mãe..." Ele finaliza mostrando-me a mensagem.

Nunca tinha lido tal coisa, sempre pensei que uma mãe amaria o seu filho independentemente de quem ele seja. A minha mãe mesmo sabendo que o meu irmão não é flor que se cheire ainda o ama, independentemente das merdas que ele faz. Inevitavelmente, solto umas lágrimas ao ler o conteúdo da mensagem.

"Eu não me tentei matar." Diz o Calum quando eu lhe entrego o telemóvel. "Simplesmente, após ter recebido isto, decidi tomar mais drogas e drogas mais pesadas, não tive noção dos meus limites e quando o Jackson voltou já não havia volta a dar, graças a deus que ele tinha o Narcan."

"Calum..." Eu falo com um tom de voz suave. "É excelente ouvir que contas-te a alguém e que isto não tenha sido uma tentativa ativa de suicídio, mas precisas de ajuda." Eu falo e ele vira a cara imediatamente "A sério, Calum, tu tens um problema com drogas e com a tua sexualidade, nem quando me estavas a contar sobre a conversa com a tua irmã consegues dizer as palavras. Tu precisas de falar com alguém."

"Eu estou a falar contigo." Ele diz exaltado.

"Precisas de alguém profissional que te saiba dar a ajuda que eu ainda não consigo. A sério, pensa sobre isto. Se não consegues falar totalmente comigo, talvez falar com um estranho seja melhor." Eu digo enquanto me levanto e vou buscar os panfletos.

"Tens aqui alguns programas e clínicas, eu acho que te ajudariam imenso." Eu falo entregando-lhe os papéis, ele aceita-os mas vira a cara. Eu coloco as minhas mãos na sua cara e gentilmente viro-a para mim. "Eu estou aqui para tudo que precises, esquece o que aconteceu porque eu estou disposta a fazer o mesmo, mas para isso tens de me prometer que vais melhorar e não a voltar a esconder no armário porque olha para ti neste momento, só estás a magoar a ti próprio." Eu falo e dou-lhe um beijo na bochecha. "Eu adoro-te, todos nós te adoramos independentemente dos detalhes, se a tua mãe não percebe isso problema dela, mais Calum para nós" Eu tento conforta-lhe e ele abraça-me. "Eu vou-te deixar sozinho, lê-os e depois diz qual queres, por favor, por nós."