The A Team (fanfic portuguesa-5sos)

XLI

"Estás nervosa para amanhã?" O Michael questiona enquanto olhamos para as estrelas no céu, sentados no telhado, que se desfaz aos bocadinhos.

"Não, de todo..." Eu respondo suavemente enquanto desenho lentamente no joelho dele com o meu indicador.

"Nunca te vi tão calma ou relaxada. Não tens nem um pouco de receio que algo corra mal?" Ele insiste e eu suspiro profundamente, deixando a minha cabeça cair no ombro dele.

"Sinceramente? Não... Tudo que tenho de fazer é entrar e distrai-lo enquanto o Luke coloca o dispositivo no computador. É simples!" Eu falo honestamente.

Não sei o porquê de não estar ansiosa, ao final de contas vamos estar a lidar com criminosos, sei lá o que pode acontecer. Mas, por outro lado, estou tão feliz que deixo-me cair na tentação de acreditar que tudo vai correr bem.

"O plano é simples, sim. Mas mesmo assim, ele tem de ser subtil e colocar o dispositivo enquanto ao mesmo tempo bloqueia todos os ângulos das câmaras para que ninguém o veja. Sabemos lá se eles têm alguém sempre a ver as câmaras de segurança e bem sabes que nunca se deve dizer que algo vai correr bem." O Michael replica bastante ansioso.

"Calma!" Eu digo e beijo-o lentamente. "Vai correr tudo bem!" Eu gozo no fim e ele empurra-me ligeiramente enquanto se ri.

"Se alguma coisa acontecer a culpa é tua por dizeres tal coisa!" Ele responde e depois puxa-me para perto dele.

"Eu assumo a culpa, não te preocupes." Eu tento tranquilizá-lo e só obtenho um abraço como resposta. Por detrás das piadas, ele está mesmo preocupado.

Esta é a única noite em que decidimos ir para a cama a uma hora decente, em vez de fazer coisas indecentes até de manhã. Afinal de contas, amanhã temos de acordar cedo. Pensei que a ansiedade ia atingir quando tentasse dormir, a correr mil e um cenários na minha cabeça mas nada. Só estou entusiasmada para amanhã... É engraçado, mas como o Michael disse, sinto-me confiante. É como se esta fosse a minha vocação.

"Não se esqueçam da palavra de segurança: Blink-182!" O Calum relembra dando o dispositivo ao Luke e o Michael acaricia as minhas costas discretamente, para que ninguém veja.

O plano é simples: nós assumimos que as câmaras que estão visíveis não são as únicas câmaras que eles têm, isto é, por detrás daquela cortina tem de haver mais e basta colocar o dispositivo com o vírus criado pelo Michael no ano passado numa cadeira que ele achava bastante aborrecida e simples, mas que agora ajudou bastante. E, assim, devemos ter acesso às câmaras, nem que seja para vigiá-los enquanto decidimos o que fazer a seguir.

"Bom dia!" Eu falo entrando na loja como se nada fosse. O meu cumprimento até parece mais natural do que ontem e ontem não tinha segundas intenções.

"Bom dia..." O mesmo rapaz de ontem responde enquanto esconde os papéis que estava a mexer.

"Mais algum problema?" Fala outra voz e só assim reparo no homem sentado no canto a mexer no telemóvel.

Eis um problema que não consideramos ontem: o facto de estar mais do que uma pessoa aqui dentro! Eu ajusto o pequeno microfone na minha blusa e reparo que a luz não está ligada. Para a próxima talvez não seja grande ideia comprar equipamento de espiões na Amazon à última da hora.

"Não, nenhum problema. O meu amigo quer imprimir um poster dos Blink-182 e eu precisava de um kit de tintas a óleo, acho que vi um ontem!" Eu falo com esperança de que o Luke perceba o meu sinal.

"Tintas a óleo? Eu acho que não temos." O homem fala agora levantando-se e anda na direção da única estante com material. O Luke aproveita e anda em direção do rapaz que está mesmo em frente do computador.