"Como assim ainda falta três semanas para as aulas começarem e há stores que já colocaram material na plataforma?" Eu queixo quando leio a notificação no meu telemóvel a informar-me de novo material colocado na plataforma que a nossa universidade aderiu.
"Já abriste? É que a stora colocou um excerto para ler para a primeira aula, tem quase 100 páginas!" O Luke fala juntando-se à minha queixa.
"Não!! A sério!" Eu digo abrindo o ficheiro confirmando o que Luke afirmou. "Espera, também tens esta cadeira?" Eu questiono mas sei que os nossos cursos são do mesmo instituto e por isso certas opcionais cruzam-se.
"Sim, mal vi 'A biologia e psicologia de assassinos em série' tive que escolher como opcional, soa tão interessante." O Luke explica e eu concordo.
"Uh sabes o que podemos fazer? Ir imprimir o excerto e ler juntos enquanto estamos aqui!" Eu proponho e o Luke concorda levantando-se para ir buscar a carteira e eu faço mesmo antes de sairmos de casa em direção da papelaria mais próxima.
Mal chegamos somos atacados com o cheiro intenso a tinta e nota-se que esta é uma papelaria peculiar, há maquinas de fotocopiar e imprimir por todo lado e apenas uma estante com pouco material escolar mas o mais estranho é que há uma cortina que divide a loja. Não conseguimos ver o que se passa por detrás da cortina, mas o barulho de máquinas é intenso e ouve-se várias vozes a falar. Há um rapaz sentado por detrás do balcão no telemóvel mas salta do seu sitio quando nos vê a entrar.
"Boa tarde." O rapaz fala estranhamente, é mais que obvio que não tem mais que 16 anos.
"Boa tarde, nós queríamos imprimir." Eu falo apontando para o computador ao lado dele. O rapaz acena a cabeça como autorização e nós aproximamo-nos do objeto. Eu acedo à minha conta na plataforma e descarrego o ficheiro chamando o rapaz para ele imprimir.
Após uns segundos ele entrega-nos as impressões quentes para a nossa mão e mexe na máquina à sua frente.
"2,10€ cada um" Ele fala e eu e o Luke abrimos as nossas carteiras à procura do dinheiro.
"Esqueci-me de levantar! Não dá para pagar por multibanco?" Eu pergunto quando me lembro que gastei todo o dinheiro na minha carteira no almoço, mas devo ter suficiente no cartão.
"Só para compras superiores a 5 euros." O rapaz comunica apontando para um sinal ao seu lado que diz exatamente isso.
"Eu pago, depois dás!" Diz o Luke mexendo na sua carteira contando os trocos. "Ah, só tenho 3 euros, posso pagar com 50€?" O Luke questiona e o rapaz acena a cabeça e ele entrega-lhe a nota recebendo logo o seu troco.
"Obrigada, boa tarde." Nós dizemos antes de sair e o rapaz copia as nossas palavras com um sorriso.
"Estranho!" O Luke comenta e eu riu-me concordando com ele "Está um calor infernal!" O Luke queixa-se depois de 5 minutos a andar em direção à casa em que estamos e ele tem razão.
Estou a suar por todos os lados e até as impressões na minha mão têm as marcas das minhas mãos soadas.
"Uh, uma loja de gelados! Olha para aquele com waffles!" O Luke fala entusiasmado quando passamos pela loja que ele descreve "Vamos, eu ofereço." Ele fala sorrindo e puxando a minha mão.
"Como é que eu podia recusar?" Eu respondo deixando ser puxada para dentro da loja. Depois de nem 10 minutos, nós praticamente devoramos os gelados enquanto falávamos sobre as cadeiras que íamos ter neste semestre e eu contei-lhe o que o Michael fez.
"Ainda bem que ele fez isso, pois assim moramos todos no mesmo sitio!" Ele comenta levantando-se para ir pagar e eu sigo-o. "Este ano vai ser muito melhor, vais ver. Nada de chatices nem namoros." O Luke continua entregando uma nota à senhora por detrás do balcão.
Eu solto uma risada fraca como resposta. Sem namoros, pois claro, tirando o meu secreto com o Michael.
"Desculpa, mas esta nota é falsa." A senhora fala uns segundos depois.
"É?" O Luke fala em choque pegando na nota e raspando para verificar a afirmação da senhora. "Pois é, eu acabei de a receber de uma papelaria a uns minutos daqui. Olhe veja esta." Ele continua guardando a tal nota e dando outra para as mãos da senhora.
"Esta também." Ela fala depois de uns segundos a verificar a veracidade do dinheiro.
"Não acredito! Também foi do mesmo sitio!" Eu falo juntando-me à indignação com o Luke. "Fica aqui, que eu vou dizer-lhes, para nos darem verdadeiras. Também deve ter sido alguém a dar e nem repararam." Eu falo e o Luke concorda ficando na loja enquanto eu vou a papelaria e nota-se que está envergonhado por isso a senhora garante-lhe que a culpa não é dele e que tudo se irá resolver.
"Olá, outra vez." Eu cumprimento entrando na papelaria e limpando rapidamente o suor na minha testa de ter vindo tão rápido num calor infernal. "Desculpa incomodar mas as notas que nos deste são falsas e eu e o meu amigo fomos comer um gelado e agora não temos dinheiro, por isso podes nos dar notas verdadeiras?" Eu falo sem pensar cuidadosamente nas minhas palavras, mas mal as digo arrependo-me.
Ele pega nas notas rapidamente e olha para elas intensamente.
"Espera aí." O rapaz fala assertivamente e desaparece entrando pela cortina que divide o cómodo.
Ele demora no minino 5 minutos e nesse tempo analiso a papelaria. Não tinha reparado antes mas tem tantas câmaras de vigilância, uma em cada canto e esta loja é pequena, não há necessidade para tantas câmaras. O barulho das maquinas é irritante depois de alguns minutos, como assim estão sempre a imprimir? E é no momento em que ele volta com um senhor mais velho, o que faz com que consiga ver uma pequena porção do que se passa lá dentro, que eu penso numa teoria e se estiver correta, estou bastante lixada neste momento.
"Boa tarde!" Eu cumprimento com um sorriso fingindo que não suspeito de nada.
"Boa tarde." O homem cumprimenta de volta e entrega-me o dinheiro. Eu nem verifico se é verdadeiro ou não, só quero é sair daqui. "Eu peço desculpa que isto tenha acontecido. Não sei o que se passou." Ele fala gentilmente mas não acredito em nenhuma palavra que sai da boca dele.
"Oh, não faz mal! A culpa não é vossa, alguém deve ter-vos dado esse dinheiro e como é que iriam saber, não é? Mas bem está tudo resolvido, por isso... Boa semana." Eu falo tentando sair mas o homem coloca-se à minha frente e o meu corpo estremece de intimidação. Também não ajuda que ele seja alto e forte, só a estrutura física intimida.
"Nós pedimos mil desculpas e volte sempre." Ele fala abrindo a porta lentamente enquanto olha para os meu olhos intensamente. Eu engolo a seco e dou-lhe um sorriso antes de sair da papelaria. Mal saio ando o mais rápido possível e quando não estou no campo de visão deles corro até à loja em que estava o Luke.
"Então?" ele pergunta quando eu chego com a minha respiração pesada e ofegante.
"Aqui tens!" Eu respondo dando-lhe o dinheiro e limpo novamente o suor na minha testa que intensificou com a corrida.
Quando saímos da loja depois de pagar, desta vez com notas verdadeiras eu conto o que se passou ao Luke e ele concorda com a minha teoria.
"Que estais a falar?" Pergunta o Ashton quando entramos em casa a falar do sucedido.
"Prepara-te!" Eu digo antes de proceder com a historia do que aconteceu sentando-me no chão pois o sofá estava cheio com os rapazes.
"Não acredito!" Exclama o Calum no fim. "Viste um monte de notas e tudo?" Ele questiona em choque.
"Sim, quando ele abriu a cortina para passarem os dois eu vi um monte pequeno de notas. Quem é que tem isso sem ser alguém que falsifica notas?" Eu respondo aceleradamente.
"Imagina a quantidade de pessoas que têm dinheiro falso sem saber." Comenta o Michael e todos acenamos.
"Nós podíamos sempre fazer algo em relação a isso... Se é que me entendem!" Fala o Ashton depois de uns segundos de silencio piscando o olho no fim.
"Desde que eu participe nesta vez, tudo bem!" O Calum fala entusiasmado e eu olho para todos eles e é motivador o entusiasmo e o sorriso deles que acabo por repetir a expressão nas suas faces.
Cá vamos nós novamente.
The A Team.
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The A Team (fanfic portuguesa-5sos)
Teen FictionUma história sobre um grupo de amigos que quiseram mudar o mundo, torná-lo melhor porém triângulos de amor e regras quebradas fizeram com que seguissem um caminho inesperado e intrigante.