Acordei mais cedo que a minha mãe no dia seguinte. Entrei no meu quarto e peguei todas as minhas coisas com todo o cuidado para não acordá-la. Peguei minha mala e comecei a fazê-la. Dobrei uma boa quantidade de roupas e guardei tudo na mala. Peguei coisas básicas e coloquei junto com as roupas.
Eu tinha tomado a minha decisão. Eu não poderia mais viver no mesmo teto que aquele monstro que meu pai tinha se tornado. Terminei de fazer a minha mala e a escondi debaixo da minha cama.Já era relativamente tarde, meio dia. Preparei o almoço e levei na cama para minha mãe. Acordei-a com cuidado.
Carla: Bom dia, minha querida. – Ela disse ainda meio sonolenta.
Manuela: Já é Boa tarde, mãe. – Sorri para ela e dei um beijo em sua testa. – É melhor a senhora se sentar. Trouxe seu almoço.
Carla: Você é maravilhosa, meu amor.
Servi a minha mãe e dei uma arrumada na casa que, por sinal, estava uma bagunça.
O dia passou bem rápido. Nem sinal do meu pai. Eu poderia apostar milhões de reais que ele estaria sentado no fundo de um bar.
Anoiteceu. Eu esperei minha mãe dormir, coisa que demorou mais do que eu tinha planejado. Escrevi uma carta de despedida pra minha mãe e deixei em cima do criado mudo dela.
Peguei minha mala que estava escondida e fiquei uns 5 minutos olhando pro meu quarto e para a casa. Era triste e doloroso ter que sair dali e pensar que minha mãe continuaria naquele inferno. Eu ainda iria tira-la de lá.Sai de casa arrastando a mala. Peguei um ônibus circular e fui pra casa de uma amiga. Clara me deixou ficar na casa dela por essa noite. Ela era a unica amiga que eu tinha. Fui me afastando de todo mundo depois que meu pai começou a me bater. Morria de vergonha dos machucados. A Clara era a única que não me fazia um milhão de perguntas a respeito. Eu gostava disso e ela era uma boa amiga.
A mãe de Clara não era lá muito minha fã e, no dia seguinte, eu fiquei com vergonha de pedir para continuar lá. Eu pedi então, para poder deixar minha mala em sua casa. Ia tentar achar um lugar pra ficar. Clara não viu problema.
Eu tomei um banho e sai para procurar um emprego. Não tinha como eu arrumar um lugar pra ficar, se eu não tivesse condições de pagar.A falta de um curso e experiência não me deram minimamente nem condições de ir, se quer, para uma entrevista de emprego.
Já era quase 6 da tarde e nada. Decidi voltar pra casa de Clara e buscar minha mala. O desespero começou a tomar conta de mim. O que eu iria fazer dali em diante?
Caminhei por ruas e ruas, até que achei um barracão abandonado. Peguei um moletom na minha mala, coloquei-o no chão e me deitei sobre ele. Não demorou nada e eu adormeci ali mesmo.
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Puta Profissional
Teen FictionSinopse: Manuela estava cansada de levar tantos murros de seu pai. O pior de tudo, era ver sua mãe numa situação pior do que a dela. Ela já havia implorado para que sua mãe denunciasse seu pai, mas a mãe se recusava. A mistura de medo e amor que ela...