21º Capítulo.

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Flávia: Vai se acostumando. Eles se importam em prazer próprio. Depois que eles gozam, foda-se o resto. Alguns se esforçam mais e gostam que a gente goze, mas o cara tem que ser bom pra conseguir, a não ser que tu seja muito fraca.
Bruna: Seu cliente era um gato. Tu deve ser realmente forte. – Ela riu.
Manuela: Ele fez um bom trabalho, eu só não estava no clima. – Mudei de assunto. Não queria ficar falando de mim. – E o cliente de vocês? – Direcionei a pergunta pra Flávia e pra Bruna.
Bruna: O meu era um cara casado que não come a mulher a anos.
Amanda: Ele te falou isso durante o sexo?
Bruna: Claro que não, burra. – Ela olhou com ironia pra Amanda. – Ele tava subindo pelas paredes.
Flávia: Ah, já "atendi" cara piores. Mas esse me fez pagar boquete pra ele quase noventa por cento do tempo do programa.
Amanda: O que não deve ter sido problema pra garganta profunda.
Flávia: Será que é por isso que eu dou 3x mais lucro que você? – Ela sorriu ironicamente e todas nós rimos.
Helen chamou a Amanda pro segundo programa da noite dela. Lua e Jack ainda não tinham voltado pro camarim.
Helen chamou também Flávia e depois de uns minutos, chamou Bruna. Eu estava sozinha no camarim quando ela apareceu novamente.
Helen: E aí, como foi?
Manuela: Vazio.
Helen: Você se acostuma. Não te chamei de novo porque acho que tu merece um "desconto" por ser seu primeiro dia. Mas já tem fila de espera para a senhorita. – Ela sorriu e aparentou estar muito alegre. Vagabunda. – Pode ir pra casa, se quiser.
Manuela: Obrigada.


Ela saiu do camarim, eu me vesti e sai pela porta dos fundos. Fui caminhando lentamente até em casa. No caminho, ao pensar no que minha vida tinha se tornado, lágrimas caíram dos meus olhos. Eu chorei e berrei o mais alto que eu pude. As ruas estavam vazias.
Logo cheguei em casa e deite-me no sofá. Fiquei ali, desolada. Liguei a tv e ignorei-a. Alguém colocou a chave na maçaneta, rodou e abriu. Era o Guilherme, ele falava ao telefone e ao me ver, mudou o assunto que falava com a pessoa.
Guilherme: Beleza, então. Eu vou desligar, agora, flw!? Depois a gente fala disso... Depois a gente marca, Juli... – Ele não terminou de falar o nome. – Depois, velho. Depois. Vou desligar... Beijo... Tchau.
Manuela: Ficou encabulado de falar: "se cuida, te amo" por quê eu estava perto? – Eu ri, mas não tinha achado a minima graça. – Levantei do sofá e fiquei de frente com ele.
Guilherme: Claro que não. Nada a ver. Tava falando com um amigo meu.
Manuela: Você manda beijo pros teus amigos? – Ergui uma sobrancelha.
Guilherme: Po. – Ele riu. – Essa desculpa não colou. Coé, não tem nada disso não. Se eu quisesse dizer, eu teria dito. Já é!?
Manuela: Ok!
Ele subiu pro quarto dele e eu subi pro meu. Dormi rapidamente.
Já era dia quando a Flávia me acordou. Disse que Helen queria bater um papo com a gente. Nem mudei de roupa e fui correndo pra sala. Todas as meninas estavam sentadas nos sofás e até o Guilherme estava presente. Estranhei.

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