Ele riu e pegou na minha mão. A mão dele estava muito fria ainda. Ele devia estar morrendo de frio, já que ele tinha me dado o casaco. Tadinho. Ele começou a alisar a minha mão, eu me distrai por alguns segundos.
Guilherme: Pega o celular. – Ele falou baixinho.
Eu peguei o celular, fingi responder uma mensagem e ele se levantou. Começou a gritar comigo:
– Droga, Manuela. Da pra tu me dar atenção só um pouco? Esses teus amiguinhos são tão importantes que tu tem que responde-los ao ficar comigo? Porque se a resposta for sim, tu pode ficar com eles. Engula-os. Mas tu me esquece. Eu to de saco cheio de aguentar isso. Deu pra mim.
Entrei no papel e comecei a interpretar. Fingi olhar assustada pra ele.
Manuela: Amor, para com isso. Você sabe que isso é coisa da sua cabeça. Você vem em primeiro lugar. Sempre. Eles são meus amigos e me convidaram pra uma festa, eu só...
Guilherme: E tu correu pra responder que ia, né!? – Ele me cortou. Eu me segurei muito pra não rir. – Ta vendo? – Ele gritou mais alto. – É dessa merda que eu to falando. Tu não da a minima pro nosso namoro. Pra mim. Eu to de saco cheio, eu quero termin...
Não o deixei terminar de falar, levantei e o beijei. Droga, o que eu tava fazendo? Pude notar que todos no metrô olhavam pra gente e sorriam. A gente se beijou por um período curto, mas foi muito bom. Ele se envolveu. Enfiou a língua na minha boca e eu chupei a língua dele. Senti as mãos dele na minha cintura e ele puxou o meu corpo pra mais perto do corpo dele. Senti o calor do peito dele. Suspirei e finalizei o beijo com um selinho. Falei baixinho no ouvido dele: bom trabalho.
Guilherme: O beijo fazia parte do repertório? – Ele sussurrava.
Manuela: A pegada na minha cintura também? –Eu ri baixinho e ele roubou um selinho de mim. Foi bonitinho. A gente passou o resto da viagem meio grudadinhos, porque roubaram os nossos lugares. Descemos na estação e voltamos pra casa.
Eu ainda estava em dúvida de porque tinha aceitado beijar ele e depois, ter beijado ele por minha iniciativa. Nada de se apagar, Manuela.
Fui pro quarto e ele foi pro dele. Não consegui pegar no sono fácil. Flávia chegou mais de 3 da manhã e eu ainda estava me afogando nos meus pensamentos. Dormi logo depois.
No dia seguinte, acordei cedo porque ouvi a voz de Helen. Tomei um banho, coloquei uma roupa e fui conversar com ela.
Manuela: Bom dia, Helen. Você queria falar comigo?
Helen: Queria não, eu quero. Vamos pro seu quarto. A Flávia não está lá, né!?
Manuela: Não. Quando eu acordei ela já não estava mais na cama.
Helen: Tudo bem... Subimos pro quarto, fechamos a porta e ela começou a falar: – Bom, eu queria te perguntar uma coisa bem indiscreta, mas necessária... Você já perdeu a virgindade?
Manuela: Já. Mas por que? –A pergunta me deixou meio envergonhada e eu não menti. Perdi minha virgindade com um quase ex namorado. Melhor qualificá-lo como ex ficante. Eu tinha 16 anos e foi bom, mas isso é coisa pra se falar outro dia.
Helen: Poxa, que pena...
Manuela: Pena?
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Puta Profissional
Teen FictionSinopse: Manuela estava cansada de levar tantos murros de seu pai. O pior de tudo, era ver sua mãe numa situação pior do que a dela. Ela já havia implorado para que sua mãe denunciasse seu pai, mas a mãe se recusava. A mistura de medo e amor que ela...