22. Dia de Surpresas.

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Acordo no meio da madrugada por conta de um pesadelo desconexo, olho para o meu lado e vejo que Melinda está dormindo tranquilamente. Sorrio e trago o seu pequenino corpo para perto de mim, e feito isso, respiro o aroma de frutas vermelhas de seu cabelo loiro.

Sim, admito a mim mesmo e ao meu subconsciente que estou completamente apaixonado pela Melinda. E sim, eu sei, falhei em manter a condição de não me apaixonar por ela como a própria Melinda induziu. Mas o que eu posso fazer? A menina é durona e me enfrenta, uma coisa que nenhuma mulher conseguiu, tirando a minha mãe.

A última coisa que me lembro antes de fechar os olhos e cair em um sono profundo é de Melinda resmungar alguma coisa e eu sorrio desejando isso pra sempre.


Acordo às 7:45 da manhã e fico surpreso ao ver Melinda dormindo e toda enrolada no lençol. Sorrio da posição dela e fico a analisá-la. Cabelos loiros caindo ondulados pelo travesseiro, a bochecha menos inchada, o lábio está da mesma forma, porém, por conta dos meus beijos - o que se tornou um vício pra mim -, os deixou um pouco inchados. Dou-lhe um beijo na testa e saio da cama rumo ao banheiro.

Saio da ducha e a vejo ainda dormindo, aproveito vou ao meu closet, coloco um terno azul marinho, uma gravata vermelha, um relógio de pulso e tudo certo. Estou pronto para buscar a Ilydia.

Pensar na minha irmã faz crescer uma preocupação imensa. Ilydia sempre foi doce e inteligente, sempre carinhosa e atenta ao que quer, mas depois que ela se entregou ao mundo errado, as coisas desandaram e eu tive que ser um irmão rígido e implacável com ela, e com isso a minha confiança para com ela se tornou nula.

Saio do apartamento no meu carro SUV preto e vou rumo ao aeroporto. Chegando ao destino, cumprimento Ben e ele sorri de volta.

- Bom dia, Lucian.

- Bom dia, cabeça de ovo. - sorri.

- Pelo jeito acordou cheio de graça, hein. - falou sarcástico. - Será que isso tem nome e sobrenome?

- Tem e você quais são. - disse subindo as escadas para o jatinho particular junto a Ben.

- Melinda Colleny.

- Até que você não é tão burro. - brinquei.

- Lucian, ela não é qualquer uma. - falou fazendo-me olhar para ele suspeito.

- Por que está me dizendo isso?

- Porque quando fui buscá-la no primeiro dia, ela era a sua aluna e agora, praticamente em um mês, ela é a sua foda.

- Não, ela não é. - disse convicto, fazendo Ben avaliar suspeito.

- Não é. E o que ela é? - perguntou colocando o cinto, assim como eu.

- É a minha namorada. - dito isso, Ben fica estático e pálido.

- Não entendi, desculpa. Você disse namorada?

- Sim, com todas as letras.

- E a Louíse? - perguntou segurando o estofado da poltrona com força. Ben tem medo de altura e as sacudidas do jatinho o deixam nervoso.

- Nunca tivemos nada de sério, então, nada me impede de ficar com a Melinda. - comentei e ele assenti, para eu depois rir.

- O que? - perguntou pálido.

- Você não vai vomitar como fez no dia do ano novo né? - perguntei risonho.

- Relaxa, eu não tomei café por causa disso mesmo. - assegurou e ficou sério. - Onde vamos tão cedo? E por que o jatinho?

- Estamos indo buscar a Ilydia. - digo.

- Ela está recuperada? - perguntou surpreso.

- Acho que sim, diz a recepcionista que ela precisa de uma recuperação em domicílio, por causa do laço familiar e tal. - expliquei.

Meu Romance Erótico. - Livro únicoOnde histórias criam vida. Descubra agora