5. Cristo!

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Melinda.

Uma coisa eu digo: Acho que joguei pedra na cruz ou dancei hakuna matata de forma errada, pra merecer isso! Como fui me submeter a aceitar a proposta desse homem que marcou a minha adolescência? E adivinhem? Cá estou eu, sentada na cadeira do escritório que divido com Amélia, olhando fixamente para a porta por onde um homem alto, lindo e sexy acabou de sair, e com ele a minha dignidade.

- Menina, que homem gostoso era aquele? - perguntou entrando na sala.

- Amélia, não começa. - voltei ao ritmo do trabalho e comecei a digitar algo aleatório no word.

- Não se faça de boa samaritana, vocês saíram ou transaram? - indagou indignada.

- Não e não.

- Ah qual é, ele não viria aqui todo elegante pra dizer um Oi. - a fuzilei fazendo Amélia estranhar.

- Não tive nada com ele, já você poderia ter tido uma confusão vaginal se eu não chegasse. - ela riu.

- Concordo com você. Que homem! - se abanou teatralmente.

- Vai trabalhar Amélia! - disse sem paciência.

- Eita, alguém precisa transar e muito pra melhorar o humor. - brincou.

Não respondi, pois lá no fundo eu senti que ela disse a verdade.




Chego em casa querendo um banho quente pra lavar essa sensação pegajosa de querer algo estranho e quem é correspondido a mim.

Me troco, colocando um short curto e uma blusa regata com as partes do braço bem aberta, sem usar o sutiã. É bom ter os seios livres do aperto do tecido e da linha do sutiã.

Ando pela cozinha preparando algo leve para comer, sem deixar de me remexer ao som de Taylor Swift cantando em plenos pulmões a música Blank Space.
Terminando a tarefa na cozinha, como na sala, assistindo um filme sem pé e nem cabeça, para depois pegar o meu notebook velhinho para começar algumas pesquisas, e como nos filmes de suspense, olho para os lados para verificar se há alguém me espionando, e como vejo que não, clico nos vídeos de BDSM.

Analiso como é feito, as palavras ditas, como são usados os açoites, chicotes e brinquedos sexuais e isso me deixa com calor entre as pernas e a sensação de medo e muito pavor. Imaginar que Lucian me propôs isso me deixa nervosa e curiosa para sentir a sensação. Sei que ele não me machucaria propositalmente, ele não é sádico, diferente do homem todo de látex no vídeo demonstrava, eu sei que ele tomaria cuidado para não me machucar e sei que não é por mim, e sim pela amizade e consideração que ele tem pelo meu irmão, Jensen. E lembrar disso me deixa decepcionada, não sou mais uma menina indefesa, eu posso me defender, Lucian deveria pensar na consideração comigo e não com o meu irmão.

O homem do vídeo dá uma palmada na banda esquerda da submissa, e levo um pequeno susto. Como vou escrever sobre isso e envolver romance? Como? Os meus olhos ficaram vidrados em choque ao ver como o homem de látex arremetava o pênis na parte íntima da mulher amarrada. Não há como envolver amor com dor. Impossível!

Fecho rapidamente o vídeo e desligo o notebook, ver aquelas cenas e posições me deixou deslocada e com muito calor. Deus, o que está havendo?

Ao deitar na cama, olho para o teto com infiltração maior que antes, e me lembrei que hoje a noite, Lucian viria buscar algumas coisas minhas, mas só levarei o essencial, já que ele me dará um banho de lojas.

Quase sonolenta...

Aceitar ou não ser sua submissa?

Se envolver novamente?

Meu Romance Erótico. - Livro únicoOnde histórias criam vida. Descubra agora