Lucian.
Observação sempre foi o meu forte, mas olha-la e analisar como se mexe ao som da música se tornou uma obsessão. Melinda tem o torso um pouco suado, mas isso não a deixa menos atraente, o rebolado e o jogar de cabelos para o lado direito, deixa qualquer homem com vontade de se aproximar e encostar nela para continuar uma dança, porém mais sensual. E eu sou um deles.
Eu deveria estar em casa e depositar a minha confiança nela, mas a minha intuição de que algo poderia acontecer estava correta. Não demorou muito para um idiota chegar nela e se esfregar como se necessitasse de sexo, e eu sei que ele quer isso, e Melinda só está se divertindo, e eu com os nervos a flor da pele pelo descuido dela. Sei que está bêbada, pois ela sorrir para o vento e para qualquer pessoa que passar ao seu lado, e agora está dançando inadequadamente com um indivíduo que não me desce pela garganta. Ela é minha, e não vou deixar nenhum marmanjo encostar no que é meu, e dito e feito, os olhos de Melinda pousam em mim e ali vejo um certo medo.
Sorrio por dentro, deixo a minha bebida de lado e vou em sua direção com confiança e exalando irritação. Sim, eu estava irritado, mas eu estava me divertindo com o deslocamento dela com a situação. Chego no casal e digo:
- Saia de perto da minha namorada. - o idiota se retrai e olha para Melinda.
- Não sabia que estava com o seu namorado. - disse ele om receio.
- Agora já sabe, cai fora! - grito por cima do som fazendo o cara moreno levantar as mãos em rendição e ir embora.
- O que você está fazendo aqui? - perguntou Melinda. Olhando para ela vejo o quanto ela fica linda com raiva.
- Vim proteger o que é meu.
- Não sou sua!
- Você é sim, quer que eu lembre da palavra? - ela fica vermelha e me dá as costas. - Não me dê as costas, Melinda.
- Eu dou o que eu quiser.
- Cuidado com o que deseja. - ela para e volta-se pra mim se chocando em meu peito.
- Olha, eu estou sob controle, não era necessário você vir. - tive que revirar os olhos.
- Não está não, você não tomou cuidado. Está bêbada e estava dando mole para aquele filho da puta. - esbravejei pegando em seu braço. - E vamos sair daqui, agora.
- Não vamos, não! - bateu o pé saindo andando, se perdendo na multidão.
- Merda!
Depois de dez minutos, achei Melinda na praia, longe da música, das pessoas e de mim. Soltei o ar que eu estava prendendo e o meu coração se aquietou ao vê-la observar o pôr do sol.
Caminhei a passos rápidos até ela com os nervos saltando de tanta raiva e preocupação. O que ela tem na cabeça?
- O que pensa que estava fazendo? - perguntei pegando em seu braço e me arrependi de tê-lo feito. Melinda estava chorando.
- Me deixa em paz, Lucian! - pediu calmante.
- O que? Mas o que houve? Alguém tocou em você? - passei as mãos em seus braços percebendo que ela estava fria, peguei em suas mãos e as apertei. - Linda...
- Não, ninguém tocou em mim, eu tive que vir aqui e me afastar de você.
- Então por que está chorando? - meus nervos se acalmaram e me deixou livre da irritação, dando lugar a preocupação e a vontade de fazer qualquer coisa para ver o sorriso de Melinda de volta.
- Eu só...eu...
- Linda.
- Não me chame de Linda, já foi o tempo que você poderia ter me chamado assim! - gritou tirando suas mãos das minhas. O que?
VOCÊ ESTÁ LENDO
Meu Romance Erótico. - Livro único
RomansaMelinda Colleny é uma escritora estagiária em uma empresa de muito valor. Aos 26 anos, ela nunca teve um romance intenso, só o essencial, e com isso, veio uma enorme decepção, fazendo-a temer por um relacionamento sério. Mas o que ela não espera é u...