10. Nervos

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Lucian.

Observação sempre foi o meu forte, mas olha-la e analisar como se mexe ao som da música se tornou uma obsessão. Melinda tem o torso um pouco suado, mas isso não a deixa menos atraente, o rebolado e o jogar de cabelos para o lado direito, deixa qualquer homem com vontade de se aproximar e encostar nela para continuar uma dança, porém mais sensual. E eu sou um deles.

Eu deveria estar em casa e depositar a minha confiança nela, mas a minha intuição de que algo poderia acontecer estava correta. Não demorou muito para um idiota chegar nela e se esfregar como se necessitasse de sexo, e eu sei que ele quer isso, e Melinda só está se divertindo, e eu com os nervos a flor da pele pelo descuido dela. Sei que está bêbada, pois ela sorrir para o vento e para qualquer pessoa que passar ao seu lado, e agora está dançando inadequadamente com um indivíduo que não me desce pela garganta. Ela é minha, e não vou deixar nenhum marmanjo encostar no que é meu, e dito e feito, os olhos de Melinda pousam em mim e ali vejo um certo medo.

Sorrio por dentro, deixo a minha bebida de lado e vou em sua direção com confiança e exalando irritação. Sim, eu estava irritado, mas eu estava me divertindo com o deslocamento dela com a situação. Chego no casal e digo:

- Saia de perto da minha namorada. - o idiota se retrai e olha para Melinda.

- Não sabia que estava com o seu namorado. - disse ele om receio.

- Agora já sabe, cai fora! - grito por cima do som fazendo o cara moreno levantar as mãos em rendição e ir embora.

- O que você está fazendo aqui? - perguntou Melinda. Olhando para ela vejo o quanto ela fica linda com raiva.

- Vim proteger o que é meu.

- Não sou sua!

- Você é sim, quer que eu lembre da palavra? - ela fica vermelha e me dá as costas. - Não me dê as costas, Melinda.

- Eu dou o que eu quiser.

- Cuidado com o que deseja. - ela para e volta-se pra mim se chocando em meu peito.

- Olha, eu estou sob controle, não era necessário você vir. - tive que revirar os olhos.

- Não está não, você não tomou cuidado. Está bêbada e estava dando mole para aquele filho da puta. - esbravejei pegando em seu braço. - E vamos sair daqui, agora.

- Não vamos, não! - bateu o pé saindo andando, se perdendo na multidão.

- Merda!




Depois de dez minutos, achei Melinda na praia, longe da música, das pessoas e de mim. Soltei o ar que eu estava prendendo e o meu coração se aquietou ao vê-la observar o pôr do sol.

Caminhei a passos rápidos até ela com os nervos saltando de tanta raiva e preocupação. O que ela tem na cabeça?

- O que pensa que estava fazendo? - perguntei pegando em seu braço e me arrependi de tê-lo feito. Melinda estava chorando.

- Me deixa em paz, Lucian! - pediu calmante.

- O que? Mas o que houve? Alguém tocou em você? - passei as mãos em seus braços percebendo que ela estava fria, peguei em suas mãos e as apertei. - Linda...

- Não, ninguém tocou em mim, eu tive que vir aqui e me afastar de você.

- Então por que está chorando? - meus nervos se acalmaram e me deixou livre da irritação, dando lugar a preocupação e a vontade de fazer qualquer coisa para ver o sorriso de Melinda de volta.

- Eu só...eu...

- Linda.

- Não me chame de Linda, já foi o tempo que você poderia ter me chamado assim! - gritou tirando suas mãos das minhas. O que?

Meu Romance Erótico. - Livro únicoOnde histórias criam vida. Descubra agora