Capitulo 23

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                MADRUGADA


Odeio brigar com as pessoas,ainda mais quando a pessoa que eu estou brigada é meu namorado.
  Pode ter sido sem um motivo aparente,mais eu não tenho culpa,essa gravidez me deixa emotiva.Estou salva de qualquer acusação.
   Abri meus olhos lentamente,o quarto estava escuro,eu odeio escuro.Me faz lembrar de quando eu era pequena,sempre pensava que tinha um monstro debaixo da cama.Eu ficava encolhida debaixo do meu cobertor.Olhando para as paredes.
  Passei minha mão sobre a cômoda ao lado da cama,procurei mais um pouco e encontrei um abajur.Me levantei e comecei a procurar por uma lanterna na gaveta.Minha garganta ficou seca só de pensar na água.
--Droga!será que não tem nenhuma lanterna aqui?.
Bufei,olhei para cima da cômoda e encontrei um lampião.
   Sério,um lampião?
Era pequeno,do tamanho de um tablet.Ele era de uma cor preta.
  Sem opção nenhuma,peguei ele e me dirigi á porta.Puxei-a devagar,não sei se era porque estava tudo silêncioso mas fez um barulho de madeira rangendo. Resolvi deixar aberta e segui caminho pelo corredor.
  A claridade era pouca,quase não dava pra ver o caminho.Fui andando devagar,minha mão ía estendida na minha frente.
Cheguei ao vão da escada e segurei no corrimão.Comecei a descer lentamente,meu coração batia igual escola de samba.
  Calma,reslira,você está grávida e não pode ficar desse jeito.
  Pensei,comigo mesma.Ajudou... um pouco.
Pra onde que fica a cozinha mesmo?
  Estava na cara que eu tava perdida e o escuro da casa também não ajudava muito.
  Segui pelo lado esquerdo,
tomando o devido cuidado de não bater em algum móvel.
Parei ao lado da mesa de jantar.
Esquerda ou direita?.
Olhei para as duas porta que tinham.Eu não tenho outra ternativa...
-Mamãe mandou eu comprar caf-
--Tá fazendo oquê Rachel?.
--Aa!
--Shiiu-colocou uma mão na minha boca-sou eu, Gar.
--Quer me matar do coração?.
Perguntei para o ser parado na minha frente.
--Desculpa.
--Como conseguiu andar nesse escuro?.
  Eu quase não enxergo nada com um lampião.
--Eu fui criado aqui,sei andar por esses corredores de olhos vendados.
--Isso não importa agora.O que você tá fazendo aqui?.
--Ah,isso.Eu fui te procurar no seu quarto e como não te encontrei,resolvi procurar por aqui.
--De madrugada?.
Sério isso?
--Bem...eu....queria te pedir desculpas,eu sei que as vezes eu ajo como criança.
Disse,olhando pro chão.
--Tá tudo bem Gar.Eu também não deveria ficar chateada daquele jeito,acho que a gravidez tá me deixando meio emotiva.
--Tudo bem.Então de boa?.
--huhum.Agora me mostra onde é a cozinha,tô morrendo de sede.
--ok.
Pegou o lampião da minha mão.
--Deixa que eu vou ser o seu guia.
--Deixa de ser afobado.
Falei,cruzando meu braço com o seu e entrelaçando nossas mãos.

                   ...OoO...

--Mãe,Eu vou ser papai!tá feliz?.
--Desse jeito também não,Gar
Reclamei.Estavamos testando como iriamos contar para os pais deles sobre a gravidez.
Não tinhamos tido progresso até agora.
--pff,não é tão fácil quanto parece.
--Sei que não é,-rebati-mas temos que ver como faremos isso.Se ela teve aquela reação em relação ao casamento,imagine sobre nosso filho.
Eu não queria nem imaginar.
Marie é uma mulher bastante conservadora,de certo que ela é legal,é uma boa sogra,mas tem momentos que pode ser bem severa.
--Rachel?.
--Hum?.
Fiz um pequeno barulho para ele ver que estava prestando atenção.O relógio marcava cinco e meia da manhã,como perdemos o sono,resolvemos ficar deitados na cama conversando.
--Já parou pra pensar?.Temos apenas dezessete anos e já vamos ter um filho,isso é meio que...ual.
--Eu sei,eu meio que já parei pra pensar nisso.Muito.Saber que vamos ser pais é-olhei pra ele-...não sei.Não consigo descrever a senssação.
--Eu também não.Eu quero muito ter esse bebê com você.Tipo,Rachel,nois dois temos um pedaçinho do nosso amor crescendo dentro de você.É algo novo pra nós.É tudo desconhecido.E eu tenho medo disso.Me assusta pensar que posso não ser bom o suficiente pra ele.

Seus olhos pareceram brilhar no escuro do quarto.Não que estivesse muito escuro,alguns raios de sol já se podia ver lá fora.
  Gar tem medo de ser pai,ele que sempre me incorajou agora está com medo.Pensar nisso,também me deixa com medo.Gar é meu porto seguro,e eu me sinto segura com suas palavras de conforto,eu quero que ele também sinta isso comigo.
--É normal...ter medo.Eu também tenho.Mas não vamos deixar que esse medo nos consuma.-peguei sua mão e coloquei sobre minha barriga-ele vai precisar sempre da gente.E temos que estar preparados para o que vier,não vamos ser os melhores pais do mundo,mais quem é?.Ninguém nasce sabendo Gar,muito menos a gente.
--Ok.Vou tentar não me preocupar tanto.
--Ótimo.
--Agora sobre o Dick.
--Ah não,nem vem,não quero falar daquele ingrato.
Falei,me sentando na cama e segurando minhas pernas junto ao corpo.
--Mais você tem que falar Rachel,apesar de tudo,ele pode ser seu irmão.
--Eu sei,- falei em um ton mais baixo-só que isso não justifica oque ele fez.Ele me magoou sabia?
Senti meus olhos marejarem,falar sobre Dick se tornou um assunto delicado para mim.
--Ele podia ao menos ter me escutado.
Gar passou seus braços sobre meu ombro me puxando de encontro com seu peito.
--Eu sei.Agora eu te peço uma coisa,me deixa falar com ele?.
--Oqu-
--Não tente protestar contra,por favor Rachel deixa eu te ajudar.
Seu ton era quase suplicante.
Era quase uma confirmação de que ele falaria com Dick,mesmo que eu dissesse o contrário.
--Tá bom-me dei por vencida-eu deixo você me ajudar.
Me aconcheguei mais em seus braços.
--Valeu meu amor.Te amo.
Me apertou mais contra ele.
--Repete.
--O quê?que eu te amo?.
--não,antes disso.
  Observei um sorriso aparecer em seus lábios.
--Meu amor.
Sussurrou,como se contasse um segredo só para mim.E mais nimguém.
--Eu te amo Gar.
  Puxei seu rosto de encontro com o meu e o beijei.

                           🈲

EU ESPERO QUE VOCÊS TENHAM GOSTADO DO CAPITULO DE HOJE.
BJS E FIQUEM COM DEUS.

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