A partir de agora, temos uma passagem de dez anos no tempo, e uma nova fase começa! Boa leitura!
ALERTA: Cena de sexo do terceiro ao quinto parágrafo!
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Manhã chuvosa de final de primavera. Octogésimo terceiro dia da primavera do ano de 1183. Chovia por todos os cinco reinos de Vestra, desde Christel, a "Terra dos Renegados", passando por Thornellia, Mornend, Zordaris, até Ekhbart. Em uma semana começaria o verão e as chuvas o anunciavam como uma estação quente, mas ao mesmo tempo, úmida.
Enquanto isso, na capital de Ekhbart, Elibar, a manhã começava, de certa forma, agitada. A criadagem estava bem cedo providenciando os preparativos para a festa em comemoração a uma data especial... O décimo aniversário de casamento do rei e da rainha de Ekhbart.
E, enquanto isso, nos aposentos reais, um leve ranger da cama e duas respirações entrecortadas, enquanto o barulho de chuva era ouvido do lado de fora. A grande cama com seus quatro dosséis, coberta por um fino tecido, mais uma vez era testemunha daquele momento tão íntimo entre um homem e uma mulher.
Ela sentia todo o vigor dele, enquanto ele dava suas investidas cada vez mais fortes, intensas e rápidas. Rápidas e cada vez mais profundas, como uma lança ardente que a invadia. Sentia os lábios dele tomando sua boca, ao mesmo tempo em que a língua dele a adentrava sem fazer qualquer cerimônia. Em meio a respirações ofegantes, ele se movia ainda mais freneticamente dentro dela, com mais urgência enquanto grunhia, quase chegando ao êxtase.
Agarrou as costas dele, enquanto ele dava estocadas ainda mais fortes e mais intensas, até que finalmente ele deu um grunhido extasiado, ao mesmo tempo em que a preenchia com sua semente mais uma vez. Por fim, ele deixou seu corpo suado desabar de exaustão sobre ela. Permaneceu por alguns instantes assim, até sua respiração se normalizar. Em seguida, ele saiu de cima dela e deitou-se ao seu lado, encarando seu rosto.
— Não me parece muito animada para o dia de hoje, Melissa.
— Poupe-me, Edwin. – ela cobriu seu corpo com o fino lençol de linho. – Eu não tenho motivos para comemorar o dia de hoje, e você sabe muito bem disso!
— Aniversário de dez anos de casamento e da sua coroação merecem ser comemorados, minha rainha.
Melissa virou para o outro lado, dando-lhe as costas.
— E que sentido há em fazermos uma festa enquanto estamos em guerra e o nosso povo está em uma situação difícil? Não seja tão fútil!
— Quer dizer que comemorar dez anos de nossa união, para você, é fútil? Para mim é importante, pois há dez anos que nosso amado reino voltou a ter uma rainha... E há dez anos que estamos unidos pelo amor.
— Você sabe tão bem quanto eu que nosso casamento não foi por amor.
― Claro, você faz questão de me lembrar disso. Não deveria ser tão amarga. – Edwin sorriu tentando seduzir a loira, brincando com seus longos cachos dourados. – Será que em dez anos você não desenvolveu uma pontinha de amor para comigo? Além disso, acabamos de fazer amor.
— Pode chamar isso de qualquer coisa, menos de "fazer amor". – Melissa disse sem se virar. – Eu nunca te amei. Se estou casada com você, é apenas por causa daquela sua chantagem. E outra... Você deveria estar cuidando do reino agora, não aqui no quarto em plena manhã!
— E você não deveria estar cuidando de suas obrigações como rainha também?
— Talvez eu as cumpra em paz quando finalmente der a você o filho que tanto quer. Pode ser bem melhor do que cumprir minhas obrigações como esposa.
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Exilium
FantasíaUma ascensão antecipada ao trono. Uma traição. A queda. O exílio. Dez anos se passaram desde sua queda e sua condenação injusta ao exílio. Com sede de vingança, Maximilien Turner retorna ao reino de Ekhbart, disposto a retomar o que é seu de direito...