Cap. XII: EMBOSCADA

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Argannis não estava louca afinal. Realmente havia algo errado com aqueles lobos gigantes que deveriam estar ali para garantir a minha segurança, enquanto patrulhavam o quintal de casa naquela noite.
Eles já não se comportavam como nos primeiros e últimos dias dos quais eu me lembrava de tê-los visto. Eram absolutamente unidos, fraternos, mas ja faziam semanas que se comportavam daquela forma estranha, desconectados, robóticos e naquele exato momento, assustadores.
Argannis e eu ainda espiávamos por trás das cortinas; quando todos eles ficaram imóveis, como se tivessem ouvido alguma coisa.

- O que estão fazendo? - Questionei aflita. - O que eles...
- Nossa ajuda deve estar chegando. - Argannis afirmou me confundindo ainda mais, e desembainhando sua pequena espada, gritou apertando um minúsculo cinto que prendia sua capinha vermelha.
- Melhor vestir sua capa, minha cara. Vai precisar dela.
Ela ainda falava, quando alguns arbustos atrás dos lobos gigantes e estranhamente imóveis se movimentaram rapidamente.
Um lobo gigante e amarronzado, montado por um homem careca e negro que me parecia familiar, saltou da floresta e correndo a toda velocidade disparou na direção da sala de vidro da minha casa.
- Rosanne, temos que ir, agora! - Argannis gritou desaparecendo feito um borrão, mas pelo vento que praticamente arrastou tudo pelo caminho que ela fez, consegui notar que ela correu direto para a sala de estar da minha casa.
Eu ainda colocava aquela minha estranha capa vermelha, que ainda parecia um sobretudo, porém muito maior e mais confortável do que quando era aquele casaco vermelho com o qual minha avó me presenteou, quando senti que o tecido se ajustava ao meu corpo, como se fosse parte dele, era como se as próprias linhas da costura me envolvessem. Era algo realmente feito para que eu usasse um dia!
- Espere por mim! - Gritei descendo as escadas o mais rápido que pude, mas parecia que não fiz qualquer esforço físico ao descer as escadas e correr até a sala, foi como se eu nem tivesse corrido, eu sequer fiquei ofegante.

 Era algo realmente feito para que eu usasse um dia!- Espere por mim! - Gritei descendo as escadas o mais rápido que pude, mas parecia que não fiz qualquer esforço físico ao descer as escadas e correr até a sala, foi como se eu nem tivesse corrido...

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Olhando por algumas frestas das cortinas Blackout fechadas, e através das paredes, pude ver que lá fora, aquele lobo amarronzado montado por um homem ainda corria pela clareira que levava até minha casa, quando todos os demais, para meu completo espanto...
Se colocaram sobre as patas traseiras. Seus corpos, de uma forma horripilante agora se transformavam com barulhos de ossos estralando, enquanto seus olhos ficavam vermelhos e prateados e seus pêlos assumiam tons negros, azulados e metálicos.

Apavorados diante daquelas cenas aterrorizantes; o lobo gigante e amarronzado continuava correndo e levando o homem negro que o montava deitado sobre seu dorso e agarrado ao seu pescoço, quando se viu cercado não mais por seus semelhantes, mas por lobisomens bípedes, com patas traseiras animalescas, porém com troncos e braços musculosos e humanóides com garras enormes.

- Connors, se segura! - O lobo gritou ao ver no que aqueles que outrora foram seus próprios irmãos, se transformaram.
- Mas que porra é essa? O homem sobre o lobo gritou assustado, quando todos aqueles monstros começaram a correr atrás deles!

- Mas que porra é essa? O homem sobre o lobo gritou assustado, quando todos aqueles monstros começaram a correr atrás deles!

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[ UDG ] A GAROTA DA CAPA. O CONTO REPAGINADO IIOnde histórias criam vida. Descubra agora