Lizzie olhou para trás antes de apontar o caminho para Adam. Os dois estavam no corredor dos dormitórios, em direção ao quarto das gémeas.
—Lembraste do plano? — perguntou Lizzie espreitando o corredor do seu quarto
Adam revirou os olhos com as figuras de Lizzie. Para quê espreitar? Ela morava ali desde os quatro anos, não havia essa necessidade. E ele podia ficar invisível.
—Sim. — confirmou neutro — E para de espreitar dessa forma, não estamos num filme de ação ou em Agents of S.H.I.E.L.D. — retrucou farto da ação da loira
—Claro que não estamos! Obviamente só vamos impedir a primeira vez da minha irmã com o Landon. — ela rebateu sem olhar para ele — E tenho a certeza que comparar a nossa ação com essa série foi uma tremenda ofensa, a mim e a série. — reclamou
—E o que te faz pensar que realmente os dois terão coragem de seguir em frente? – Adam cruzou os braços
—Eu conheço a minha irmã. Elas está determinada. É mais fácil o Landon hesitar do que ela. – ela deu de ombros enquanto justificava — Mas o ponto aqui é que eles não podem ter essa primeira vez. – relembrou
Ele nada disse e olhou fixamente para a porta. O plano era simples, de acordo com Lizzie.
Adam iria induzir um desmaio a Lizzie e depois ele gritaria por ajuda. Havia grandes riscos deles serem descobertos — pelo menos a parte do desmaio — por Adam usar magia negra em Josie para afetar Lizzie, apesar da loira não saber dessa parte.
Mas o demónio estava confiante sobre o resultado do plano. Josie tinha magia negra em seu organismo, ele mesmo induziu a magia da primeira vez que a vira, quando esta dera o caderno a Landon, apesar de ninguém saber. Além da Saltzman ultimamente ter praticado magia negra.
Lizzie também tinha magia negra em seu organismo por conta da sua ligação com Josie, mas Adam tinha um pouco mais de dificuldade a aceder o controle da loira. A mente dela era muito complexa e frágil, e por isso Lizzie criara barreiras em volta da mesma. Caso Adam tomasse o controle agora, ele causaria danos incuráveis na mente dela.
Mas a questão feita era: porque Adam não o tinha feito até agora?
Bom, as ações de Adam tinham sempre influência de Hope. O que ele fez com a Josie, agora impedia o irmão de reconquistar a Mikaelson, o que ele agradecia. Jamais se arrependeria de ter corrompido Josie.
E ele só não queria admitir a si mesmo, mas, os comentários desagradáveis e sarcásticos de Lizzie o lembravam muito ele, sem contar que estava a gostar da companhia da loira.
—Se isto correr bem, — começa olhando Adam de soslaio — tu passas a ser meu parceiro de crime. — completou e Adam disfarçou o sorriso que quis surgir
—Vamos logo fazer isto. — ele disse num tom ranzinza
—Eu sei que no final, tu gostas da minha pessoa! — zombou a loira, convencida
—Vou ignorar o que disseste. — ele disse neutro antes de tocar na nuca de Lizzie, pronto para pôr o plano em marcha.
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Hope suspirou tentando conter o choro. A castanha estava mexida com a rejeição, nem ela sabia o motivo disso, — ou talvez soubesse e simplesmente não queira admitir para o si, por conta de seu orgulho.
Uma coisa que os Mikaelson tinham de comum, era o facto de serem orgulhosos demais para aceitarem terem o ego ferido. E isso era o motivo de tantos inimigos, principalmente Klaus.
Hope apertou o colar que Josie a dera, mesmo que involuntariamente. Ao notar o acessório, ela rapidamente o arrancou. Como se não bastasse a rejeição de Adam, também sentia-se traída por Josie. Ela queria enfeitiça-la, não era um pedido de desculpas por partir o braço de Ethan numa tentativa de feria-la. Não era um avanço na relação delas.
—Está tudo bem? — perguntou Mg ao ver a castanha com um ar desolado
—Ham…a…sim, tudo…ótimo. — gaguejou desconcentrada limpando às lágrimas teimosas que deslizavam por sua delicada face
—Sou Mg. — apresentou-se com um sorriso gentil e curioso — Nunca te tinha visto por aqui…— comentou numa tentativa de iniciar uma possível conversa
—Sou a Hope, sou amiga da Lizzie, ela convidou-me. — forçou um sorriso
—Da Lizzie? — repetiu o vampiro surpreso, mas feliz por ver Lizzie fazer amizades
Hope confirmou com a cabeça.
—Mas estás mesmo bem? É que estás pálida. — a preocupação era visível em seu rosto, substituindo a surpresa e felicidade de segundos atrás
Hope estava prestes a dizer que sim e perguntar por Josie, já que não a encontrara em nenhum canto que procurara, quando Adam apareceu.
—Não te preocupes, eu a levo para casa. — garante Adam com agressividade
Mg intercalou o olhar entre os dois e assentiu em dúvida quando Hope o lançou-lhe um sorriso em confirmação.
—Só vamos embora. — ela disse ignorante
Os dois caminharam lado a lado, em silêncio, enquanto pensavam sobre os seus sentimentos. Adam sentia-se sufocado.
O certo e errado.
Amor e ódio.
Uma luta interna de sentimentos e sensações. Ele jamais, em toda a sua existência tinha sentido o que sentia quando estava com Hope.—Sabes, — ele começou quando os dois chegam a casa da castanha — não vou dizer que lamento o que te fiz, ou por te tentar matar-te, porque não me arrependo e não serei hipócrita quanto a isso. Mas, — pegou nas mãos da castanha — eu fiquei intrigado com a tua forma de ser, tua personalidade, as tuas manias. E eu quero conhecer-te, saber mais sobre ti. — suspirou desacreditado por confessar algo tão pessoal — Tréguas? — sugeriu e Hope sorriu
—Acho que podemos fazer umas tréguas. — concordou com um sorriso que fez Adam sorrir
Hope soltou as mãos de Adam e beijou a face dele suavemente, logo depois afastou-se e em passos lentos, direcionou-se para a porta de casa.
—Boa noite, Adam. — despediu-se antes de entrar em casa e fechar a porta, logo suspirou com um sorriso
—Boa noite, Hope. — ele murmurou do lado de fora, para a escuridão da noite
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The Villain - ℓєgαciєs
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