The Villain - ℓєgαciєs

┈━═☆Seventeen

Hope sentia-se perdida. Mais uma vez estava sozinha, mergulhada na solidão. Essa sensação a fez lembrar de Malivore. Ela esteve tão ocupada nos seus dramas amorosos que se esquecera de Malivore.

Sua mente era um túnel branco, um monte de corredores com portas bem detalhadas. Cada porta levava a uma memória, mas ela não abrira nenhuma. A Mikaelson sabia perfeitamente onde estava. Ela estava presa em sua própria mente, perdida num labirinto de memórias. Suas memórias.

A Mikaelson ouviu então a voz de seu pai soar por uma das portas. Enfeitiçada, ela abriu a porta e entrou. Só se deu conta que era a porta errada quando a mesma fechou e se viu na memória da última noite com o seu pai e seu tio Elijah.

—Eu preciso sair daqui. — ela murmurou sem tirar os olhos da cena

Parecia que ela estava lá, a vivenciar aquilo novamente, mas era uma boa memória que ela carregava em seu ser. Mas não era a memória que ela precisava para sair daquele labirinto.

E ela tinha que encontrar antes que ficasse perdida durante muito mais tempo em sua mente. A sua sanidade e integridade dependiam da sua saída.

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Dark Josie — como ela autointitulou-se —, andava confiante pelos corredores do instituto. Alguns alunos a encaravam com medo, e não era para menos, a energia maligna que ela transpirava era sentida a metros de distância.

Ela abriu a porta do ginásio e sorriu ao ver que estava vazio. Bom, era ótimo, ela conseguiria por seu plano em prática.

Fazer a fusão, esse era seu único e claro objetivo. Ela estava determinada a cumpri-lo, e faria de tudo para realizar a fusão.

Com um feitiço, ela invocou todos que precisava para por em prática o que queria.

Lizzie, Mg, Rafael, Landon e até Adam. Todos estavam surpresos com a áurea sombria que banhava a Dark Josie, menos Adam.

Afinal, fora o demónio é que implementara aquela escuridão, pouco a pouco. Ele tentara fazer o mesmo na Lizzie, por esta estar ligada a Josie, e conseguintemente, sofrer o mesmo que a irmã.

Mas a loira tinha uma mente muito mais resistente que Josie.

Talvez porque a loira sempre admitira o problema e estava decidida a se tratar, e ela realmente tratou da sua saúde mental, a tornou mais resistente. Mas Josie…ela sempre escondia para si mesma a sua fragilidade.

Fingia que nada lhe afetava, que o problema estava só em Lizzie, e por isso a mente foi enfraquecendo cada vez mais. Sua resistência mental ruiu, e Adam tirara proveito disso.

—Não fiquem com essas caras, vocês já sabiam que eu tinha um monstro interior. — ela diz com os olhos negros

—Eu não estou surpreso. — Adam deu de ombros — Eu tornei-te assim, dei-te esse poder. – ele ignorou o olhar zangado que Lizzie ofereceu

—Sim, claro que foste tu. — Rafael concordou sarcástico — É só isso que tu fazes, destruir tudo! — apontou irritado e Landon concordou mentalmente

—Destruir…— Adam riu debochado — Eu só ampliei a escuridão existente. Ela já tinha este lado, eu só ajudei a alimentar. — explicou desleixadamente

—Mas isso é errado. — repreendeu Mg e po demónio revira os olhos — Tu a feriste…

—Ferir? — Dark Josie riu enquanto negava com a cabeça — Ele consertou-me.

Foi a última coisa que ela disse antes de murmurar um feitiço, então os 5 caíram inconscientes no chão.

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Adam arrumou seu casaco enquanto andava pelas ruas frias de Mystic Falls. Chovia fracamente quando ele entrou num bar: Landon’s.

Ele revirou os olhos com a falta de criatividade e originalidade. Mesmo tomada pela magia negra, Josie ainda era obcecada por Landon.

O demónio puxou um banco e sentou-se pondo as mãos no balcão. Olhou de soslaio para a cantora da noite, que surpreendentemente era Lizzie.

—Em que poso ajuda-lo? — a voz de Landon chamou a atenção de Adam que lambeu o lábios de forma faminta

Ele não viu o reconhecimento no rosto da fênix, e isso confirmou suas suspeitas. Adam era o único que estava consciente sobre o pequeno jogo em que a Dark Josie os colocara. Provavelmente por ela manipular o jogo com magia negra. E magia negra não afetava Adam de forma alguma.

O demónio podia muito bem sair daquele jogo doentio, mas, ele sabia que se lá ficasse, poderia descobrir algo importante. Isso e porque queria matar alguém, e para a sua sorte, aquele jogo tratava-se de matar ou morrer.

Parecia interessante, por isso Adam não protestou nem se opôs a nada.

—A bebida mais forte que tiver. — o demónio disse com a voz grave estendendo uma nota que Landon alegremente pegou

A voz de Lizzie mergulhava no ambiente ao som do piano. Adam logo pude sentir o olhar de Rafael sobre si, que ironicamente era um fotógrafo.

Adam pegou o copo na mão de Landon e esperou Lizzie descer do palco. Quando a loira sentou-se numa mesa vazia, o demónio calmamente foi até ela e sentou-se também, só que de frente para a mesma.

—E tu és…— Lizzie gesticulou  com elegância e um pequeno sorriso no rosto

—Perdão, — ele pediu com um sorriso landino, mostrando claramente que não estava arrependido — sou o Adam, e tenho falado com a sua irmã, Josette.

Mal disse o nome, como um passe de magia, a atenção da loira estava sobre si.

—O que ela lhe contara? — perguntou ansiosa

—Contou-me que queria ter lhe dito que arruinaste a vida dela. Ela queria que sentisses culpada por sua morte. — mentiu Adam fingindo hesitação

Lizzie começou a chorar quando percebeu o que Adam insinuara. Josette, sua querida e amada irmã estava mesmo morta?

—Se acalme. — Adam fingiu pena

Mas por dentro, ele sorria cheio de orgulho pelo o que causara com apenas palavras. Nem precisou usar os seus dons.

—Como irei-me acalmar? A minha irmã morreu, nada mais importa. — chorou — Eu só queria ter sido uma melhor irmã. — lamentou logo vendo uma palavra surgir na mesa

Assim que Lizzie a pronunciou, foi atingida pela realidade. Aquilo era um jogo, não era verdade. Ela lembrava-se de tudo. Antes que pudesse dizer algo, Adam agarrou a sua mão e começou a mata-la rapidamente com a magia negra, vantagens de ser demónio. A loira arregalou os olhos em puro terror ao perceber o que acontecia.

—Desculpa Lizzie, ou és tu, ou serei eu. — sorriu maldoso — Claro que posso sair daqui num piscar de olho, mas não teria graça se eu não entrasse no jogo da tua irmã. Então…

O corpo da loira desmoronou no chão, fazendo um barulho ensurdecedor. Todos voltaram-se para a mesa e Adam fingiu desespero.

—Chamem um médico, ela está a passar mal! — ele berrou com cinismo

Por mais que tivesse um companheirismo com Lizzie — já que era orgulhoso demais para admitir que a considerava uma amiga —, Adam era demasiado ambicioso e competitivo para deixar uma futura oponente — o que Lizzie claramente seria — para alcançar a vitória do jogo doentio.

Ele claramente não se importava com as pessoas que iria matar para descobrir os planos da Josie. E bem, era irônico de facto ele, naquele jogo doentio, ser um assassino.