capítulo 4

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Felix

Levanta a mão aí quem odeia gripe.

Se você levantou eu espero que você me entenda.

Era um dia mega normal pra mim, eu estava trabalhando como orientador de uma excursão no museu Triceye Museum Seoul, quando tudo explodiu. E literalmente o museu foi para os ares, mas em minha defesa a gripe foi a culpada e não eu.

Calma. Calma.

Eu já explico o que aconteceu, mas para isso eu teria que voltar para o meu despertador tocando a música Hero do MonstaX.

Abro os meus olhos e encaro o teto, pisco várias vezes até me acostumar com a escuridão, bocejo e desligo a música. Não passava das 4h da manha, ainda estava escuro lá fora, mas eu não podia desanimar.

Com o dedo apontado pra cima uma chama apareceu e iluminou todo o meu pequeno e básico quarto, e calmamente andei até o banheiro e fiz minha higiene matinal.

Sim, eu Lee Felix posso fazer uma chama aparecer no meu dedo e não me queimar, na verdade eu faço bem mais que isso, mas provavelmente não dará tempo de contar e explicar sobre o meu magnífico poder.

Porque nesse mesmo instante água suja está entrando nos meus pulmões.E para explicar a vocês eu não poderia divagar aqui sobre os meus poderes então.

Bem voltando, eu manipulo o fogo, faço isso desde quando eu tinha 4 anos e coloquei fogo na calça do vizinho. E sim foi sem querer, não pensei que eu sou uma pessoa má, eu na verdade sou um anjinho.

Depois de tomar um banho, coloquei o meu uniforme que consiste em um coturno preto, uma calça azul escura e uma blusa preta com a abreviação do nome do museu, TMS, em azul na barra. Tomei uma xícara de café e comi uma banana e fui trabalhar. Chegando lá, mal deu tempo de colocar o pé no edifício que o meu chefe já me chamou em sua sala.

Prendi o crachá no meu peito desajeitadamente e fui a seu encontro, não demorou muito, meu chefe apenas me avisou que eu iria ter uma promoção por um dia, eu deveria comandar uma excursão de alunos do 6º ano da escola de vida selvagem para delinquentes, mas há um porém, as crianças nessa idade me irritam - principalmente delinquentes iguais a esses - eles vivem achando que já podem fazer o que quiser, e não respeitam ninguém, e eu com toda a minha inteligência tentei avisar o meu chefe que não daria certo eu com crianças, mas ele não quis ouvir e pediu pra eu arrumar um cronograma para não deixar as crianças entediadas.

Mas será que ninguém liga pra mim?

Eu que irei ficar com aqueles capetinhas que vocês mortais chamam de crianças e não poder passar o meu precioso tempo fazendo o que eu sempre faço, limpar as estátuas, organizar os pergaminhos e encher o saco do Choi Seung-Hyun, mas conhecido como T.O.P por ter a mania de em cada frase adicionar top no meio. AH isso é tão injusto.

Depois da pequena reunião com o meu chefe, eu comecei a me preparar psicologicamente para receber crianças, mas parecia que quanto mais ia amanhecendo, mas eu via as coisas distorcidas, a dor de cabeça ia aumentando e meu nariz ficava mais trancado, mas eu consegui sobreviver até dar 13h da tarde, esse era o horário que os capetas, digo, crianças chegariam.

Respirei fundo, bem pelo menos tentei, arrumei o meu cabelo preto e coloquei o meu melhor sorriso falso na cara e abri as enormes portas do museu.

Sabe o filme Jumanji, então, sabe aquela parte que uma manada de animais aparecem e "destroem" a mansão? Então, isso basicamente aconteceu comigo, eu mal havia aberto as portas que várias crianças passaram por mim que nem o Flash, e começaram a mexer nas coisa

- Boa tarde - a professora, se não me engano se chamava Min Hee-In fala enquanto me ajudava a levantar do chão, sim as crianças me derrubaram - me desculpe por elas, sabe como que e, Agitados - ela diz como se essa única palavras explicasse tudo

- sim sei - eu puxo do meu pescoço um apito e assopro, a maioria das crianças me olham com cara de nojo e as outras me olham com a cara assustada, mas todas pararam de mexer nas coisas e se aproximaram de mim e da Sra. Min - Bem crianças, eu gostaria de dar alguns avisos antes de começarmos. Sem morder, sem chutar, sem desenhar ou encostar nos objetos e estátuas que vocês virem, não se percam do grupo e se quiserem falar alguma coisa levantem a mão. - eu digo torcendo para que ninguém realmente tenha alguma dúvida, mas como nunca as coisas saem do jeito que eu espero duas crianças levantaram a mão, duas meninas, uma das meninas tinha o cabelo roxo e uma pintinha na bochecha, a outra tinha os olhos bem puxados e o cabelo preto bem longo. 

- Sim Yeri - a Sra. Min fala dando um suspiro alto

- Oppa, você poderia me passar o seu telefone? - ela pergunta me olhando com um sorriso grande e os olhos com apenas dois riscos

- Eu até te daria, mas você não faz o meu tipo, e minha mãe me ensinou que eu não deveria passar o meu número pra ninguém desconhecido. - respondo simplista ignorando sua cara confusa

- NOSSA! - as crianças dizem pra mim com os olhos arregalados - NOSSA!

- OPPA! - a menina de cabelo roxo me chama - SEU CABELO TA PEGANDO FOGO!

E a partir daí tudo desandou, o meu cabelo explodiu em chamas fazendo várias crianças gritarem, inclusive a professora que estava no meu lado e eu entrei em desespero, não era apenas o meu cabelo que pegava fogo, mas sim o meu corpo todo, as minhas roupas estavam queimadas, e eu sentia o calor me invadir e se espalhar pelo chão a minha volta, eu sentia o fogo penetrar as pilastras do museu, eu tentava focar em alguma coisa, pra ver se o fogo diminuía, mas isso não aconteceu.

Parece que até aumentou, eu senti todo o meu oxigênio sair dos meus pulmões, como se alguém tivesse me dado um soco na boca do estômago e quando olhei em volta quase vomitei, vi vários corpos carbonizados, pessoas tentando fugir do fogo e a estrutura cedendo, afinal não éramos os únicos no museu, então com uma força sobrenatural eu explodi, senti minhas roupas se queimarem por completo não sobrando nada, vários objetos sendo arremessados, vidros quebrando pela onda de fogo que os atingiu e corpos voando.

Eu fiquei de joelhos no chão queimado e tentei com todas as minhas forças controlar os meus poderes, que apesar da explosão ainda estava ativo, mas havia uma voz sussurrando pra mim, quase que inexistente ativando comandos esquecidos e desconhecidos por mim, o meu nariz escorria sangue e minha pele estava cheia de bolhas vermelhas que começaram a explodir, as sirenes dos bombeiros estavam perto e se misturavam com o som agudo que o meu ouvido fazia, e então com a última força que eu tinha me levante do chão, pelado mesmo e corri pra fora do museu sem muitas escolhas para onde ir, eu cambaleei por becos até chegar no píer que ficava a poucos quilômetros do museu e sem pensar muito pulei na água.

Meus osso pareciam que iriam virar gelatina e meu corpo ainda pegava fogo quando a água quente bateu no meu rosto me fazendo perder o oxigênio, várias bolhas subiam para a superfície, mas eu não, parecia que uma âncora estava preso no meu pé e me puxava pra baixo a todo minuto, eu me debatia pra subir mas meus músculos não obedeciam, engoli mas água aqui do que em minha vida toda e quando dei por mim meus músculos estavam leves, meus braços não se mexiam, minhas pálpebras estavam pesadas e meus pulmões queimavam por ar quando a escuridão chegou. 

Until We Get DownOnde histórias criam vida. Descubra agora