capítulo 7

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Hyunjin

O sol bateu na minha cara e eu me ceguei por um breve momento, porém isso foi o suficiente para eu cair da prancha.

Eu estava na parte mais profunda da praia e os tubarões brancos nadavam e rosnavam em minhas pernas a toda hora, parecendo que queriam carinho, provavelmente qualquer pessoa em sã consciência teria surtado, entrado em desespero e morrido, mas como minha avó costuma dizer eu não sou qualquer pessoa.

Eu sou Hwang Hyunjin, 19 anos na cara, alto pra caralho e muito bonito. Modéstia parte, moro numa ilha que se chama Lay-Vill, estudo em casa mesmo e tenho um amigo virtual que se chama Lee Minho, porém o denominei com Lee Know, porque não á pergunta que esse cara não saiba, nos conhecemos quando eu tinha 16 anos e ele 18. Faz 3 anos essa proeza.

Meus pais morreram quando eu era um bebê, meu avô morreu de uma parada cardíaca quando eu tinha 13 anos, então a única pessoa que sobrou pra cuidar de mim foi a minha avó. Ela e a mulher mais forte que eu já conheci, e olha que eu conheço várias mulheres de várias revistas de moda.

Depois de conversar e fazer carinho nos tubarões branco eu nadei em direção a praia, mantendo um ritmo razoável para mim não afundar, ao olhar o horizonte em cima da minha prancha Marshmallow, vejo a cidade.

Não foi minha ideia me mudar pro meio do nada, longe de tudo e todos e sim foi meio que um caso de sobrevivência, por que quando eu tinha 6 anos a minha casa lá na cidade foi atacada por Dreamcatchers.

Monstros feios e horrendos de quase dois metros de altura, com nariz de macacos, dentes de leoa muito afiados, olhos amarelos de gato, orelhas longas e bigode de coelho, uma enorme juba de leão, o pescoço em forma de cobra, os dois braços são humanos porém as mãos são garras de lobo, do pescoço pra baixo e só pele de urso pardo, o pé esquerdo e de ema e o direito é de elefante, sem contar o enorme rabo de raposa que parece ter vida própria.

Os Dreamcatchers soltam fogo pela boca, pulam alto e tem uma resistência fora do comum porém eles andam lentamente, não gostam do sol e sempre quando vão atacar, um som de violino desafinado é ouvido.

Imagine uma criança chorona, com o cabelo grande vendo várias criaturas dessas queimar a sua casa? Então, esse é o motivo por eu odiar essas criaturas e essa ilha.

Depois de chegar são e salvo na areia fofinha, eu percebi o quanto eu era um inútil e não tinha nada pra fazer.

Minho não me respondia fazia dias, não passava nada que preste na TV, e eu não precisava limpar a casa e absolutamente nada de interessante aconteceu.

Bem até eu tropeçar em alguma coisa grande e cair de boca na areia. Então aqui vai uma dica valiosa, nunca reclame de nada na praia.

Olho pra trás enquanto cuspia areia e fico paralisado, havia um garoto de cabelos pretos nu deitado de bruços na praia, sua pele estava avermelhada e tremia, preocupado me arrastei rapidamente para perto dele e o virei de barriga pra cima, e tão subitamente eu perdi o ar, esse garoto era um paraíso. O lábio superior era maior que o inferior, as bochechas eram cheias, em qualquer lugar que olha-se do seu corpo, não que eu estivesse olhando os seus bíceps, tinhas pintinhas e sardinhas. Meu deus, morri e fui pro céu e achei esse garoto pecaminoso?

Depois de passar um tempo encarando ele, eu me apareço e coloco minha mão em frente a seu rosto, me concentrei o suficiente para extrair toda a água de seus pulmões, e em um pulo ele se sentou e começou a arfar em busca de ar. Eu me encolhi e me afastei um pouco, o afogado irradiava calor e algumas chamas resolveram aparecer de seu cabelo e pontas dos pés me assustando.

- O-onde eu estou? - ele questionou, provavelmente não havia me visto - Será que e Madagascar?

- Na verdade - Digo corando um pouco tentando inutilmente fazer minha mente focar em seu rosto - Você está na Coreia do Sul, na minha ilha. Lay-Vill.

Until We Get DownOnde histórias criam vida. Descubra agora