capítulo 5

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Chan

Gritos.

Eu os escuto, mas isso não me faz parar de tocar o piano.

Sufoco uma risada cruel, esse não sou eu, essa coisa que é o meu poder está me controlando. Eu não posso deixar ele me possuir por completo, essa é a única forma que eu posso fazer.

Resistir. Sana e IN dependem de mim, eles precisam de mim.

Não, eles não precisam de você... Byung Bang, a minha outra personalidade sussurra na minha mente rindo perversamente.... eles estão melhores sem você.

Não, eu não posso deixar ele me influenciar, eu tenho que ter o poder de vence-lo, mas quando Byung está com fome ele é incontrolável. Parem sua fome não é igual a nossa, ele se alimenta de escuridão, e tem escuridão melhor do que a do ser humano?

Ele a todo momento fica me tentando pra conseguir tomar o meu corpo, mas eu não posso deixar, o mundo depende disso, e para isso eu tento não entrar em contato com as pessoas, medito o máximo possível e prá acalma-lo toco piano, talvez por que nós dois gostamos disso.

Mas dessa vez foi diferente, fazia dias que ele não comia e não falava nada e eu de certa forma me sentia mais leve, eu não havia discutido com a Sana e nem tentado pular em cima do Jeongin, e estávamos todos bem, assistíamos ao senhor dos Anéis quando ele me controlou.

Sabe quando você assiste a um filme que só mostra a visão de uma única pessoa? Isso estava acontecendo comigo, tipo eu estava lá mais ao mesmo tempo não estava. Byung me controlava e eu não podia fazer nada, as minhas pernas e braços não me respondiam, e por mais que eu gritasse ninguém me escutava.

Não adianta... ele sibila dando uma gargalhada horripilante... e a minha vez de jogar.

Ele se levanta do sofá abruptamente e encara as mão, Sana o encarou curioso mas não diz nada, já Jeongin foi ao contrário, ele encarou Byung e sorriu.

- onde vai Hyung? o filme ainda não acabou - Jeongin entorta a cabeça e ri, como se ele tivesse contado uma piada pra si mesmo, seus cabelos estavam pra cima e sua boca toda melada de chocolate, ele parecia adorável em minha visão, ainda mais com o seu pijama de dinossauro porém Byung não achou a mesma coisa.

Patético, ridículo... ele fala outros xingamentos que nesse momento eu gostaria de bater nele e nas pessoas que inventaram os xingamentos, IN não merece esse adjetivos, ele é a pessoa que mais sofreu na mãos da Dra. Kang Seulgi e do Dr. Lee Tae-Young do laboratório onde nasceu e foi desenvolvido.

- Eu sei Yang - ele diz com a voz fria e mórbida, mas o som que sai e a minha voz, alegre e concentrada - Eu cansei de ficar aqui vou dar uma caminhada - ele começa a andar em direção a porta, colocando os sapatos e abrindo a porta, ele olha pra trás e encara à minha nona que o encara de volta - Não me esperem acordados

- o traga inteiro Dee* - Sana pede com os olhos marejados, mas nenhuma lágrima e derrubada

- isso só irá acontecer se ele cooperar - o sorriso macabro que ele dá em meu rosto, me assusta - então só o tempo dirá. Ele não espera mais nenhum segundo a mais e sai de casa, o vento gelado bate em nosso rosto, mas ele parece não ligar, o que e horrível por que sou eu que vou sentir tudo, já que o corpo ainda é meu, e não combina sair na rua com short e camisa de alça.

A verdade é que eu nunca em minha vida consegui entender Byung, ele é apenas a minha outra personalidade que se fundiu com os meus poderes sombrios, mas sem mim ou sem meu copo e poder ele não seria nada, mas ainda sim seria tudo..

Until We Get DownOnde histórias criam vida. Descubra agora