capítulo 15

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- Isso aqui precisa de reformas. – Jeongin diz de uma forma incrédula enquanto olhava a estação de trem abandonada pelo lado de fora.

A estrutura em si estava instável mas muito fraca, a ponto de parecer que se um vento passa-se ela poderia cair. Alguns trens estavam intocados nos trilhos com a ferrugem, o bolor e a poeira os corroendo aos poucos, mais também havia os trens usados caindo ao pedaços, jogados em todos os lugares

– Sem querer ofender e ser ingrato e nem nada, mas esse foi o único lugar que você consegue Hyung? - Ele questiona adentrando a estação, o bolor parecia querer tomar o lugar, a poeira e as pichações já fazia meio que parte do lugar, a eletricidade era pouca, pois as maiorias das lâmpadas ou estavam quebradas ou queimadas.

Quem havia projetado essa estação parecia gostar muito de vidro, pois em cada canto que você olhasse havia vidro, seja ela em janelas ou em portas. No meio da praça central havia uma enorme estátua em forma de Grifo, com um olhar assustador e feroz.

O cheiro do local não era um dos melhores, mas suportável, a comida embolorada estava por todos os cantos, os bancos de madeira estavam praticamente todos quebrados e as mesas faltavam um pé ou outro, e pelo chão havia cacos de vidro e madeira podre.

Não era um dos melhores lugares do mundo, mas era pelo menos seguro, por enquanto.

- Era isso ou um apartamento em frente a U.L.M.S – Bang Chan explica tentando parecer calmo.

- Okay, que tal arrumarmos esse lugar antes de escurecer totalmente. – propõe Sana encarando a estátua de Grifo, havia algo ali que o incomodava mas ele não sabia dizer o que era ao certo.

- Claro, é você que manda meu amor. – Chris diz enquanto andava até a loja de lembranças da estação, o loiro começaria a limpar dali.

Jeongin limparia a loja de cobertores e à mais velha a praça de alimentação. E depois de horas limpando no silêncio, o cheiro do lugar estava bem melhor e mais agradável. Porém como a falta de barulho estava incomodando o australiano, com o seu jeito de quem não quer nada ele foi procurar à namorada, por que uns beijinhos no meio da limpeza não fariam mal a ninguém.

- Sana nonna? – chama ele andando até a praça central encontrando apenas Jeongin que jogava os bancos de madeira podre para fora. – Innie você viu a Sana?

- Sim, ela tá no canteiro de flores. – Responde o mais novo ao outro. – ah, Hyung...

- Que?

- A Sana nonna está muito triste e nervosa por algo, então, cuidado com que falar para ela tá.

- Pode deixar.

Por mais que essa era a última coisa que o loiro gostaria de fazer a namorada. Lhe preocupava arranjar mais um motivo para discutirem. Sendo que à Minatozaki já estava muito magoada consigo por ter feito uma grande merda num pequeno encontro que havia planejado a alguns dias atrás, e nem havia sido ele que tinha feito a merda e sim Byung, mas talvez seja a mesma coisa para a mais velha, não?

Mesmo que em nenhum momento em sua vida ele quisesse beijar o moço bonito da loja de anéis, Sana continuaria se sentido traída.

- Meu amor. – O australiano chama baixinho a morena enquanto atravessava a porta do refeitório que levava ao canteiro. Ela estava sentado com pernas de índio no meio dele, os olhos estavam fechados, as mãos segurando uma begônia, e ao redor inúmeras flores flutuavam em sua própria dança, quase que numa proteção. Bang Chan estremeceu. Faltava alguns minutos para o pôr do Sol e por isso o ar estava ficando mais frio. – Sana-ssi?

- O que foi Chan? – Ela pergunta sem abrir os olhos, ela já sabia que era o australiano que vinha até ele, porém não pode deixar de ficar inquieta.

- Precisamos conversar.

O loiro se senta ao lado da morena, que abre os olhos aos poucos, e encara o outro. As flores que estavam voando caem aos poucos pelo chão, renascendo.

- Sim precisamos. – Concorda. – Posso começar ou você quer?

- Não. Poder falar. – Responde pra ela mordendo os lábios abaixando a cabeça, porque ela tinha que ser tão compreensiva? Pensa.

- Okay. - A begônia em sua mão flutua até a orelha do Bang e se prende ali, e com um pequeno suspiro começa. – Olha, Chan eu não estou brava, ou muito menos te odiando, na verdade eu nem sei o que eu tô sentindo. Sei que não foi você que quebrou a nossa promessa e sim o Demônio que existe dentro de você, mas é impossível não se sentir traída, o Byung, que na verdade é você, beijou aquele piranho da loja, e ele o retribuiu, você retribuiu, mesmo vendo que entramos de mãos dadas e nos beijamos, parece que ele fez de propósito, acho não tenho certeza, piranho aquela lá.

- E também tanta hora pro Byung assumir o seu corpo tinha que ser no meio do nosso encontro, nossa eu fiquei com muita raiva, e se não fosse o gerente eu teria batido tanto naquele salsicha podre que chamam de cara da lojinha. Argh... – A mais velha bufa irritada e cruza os braços fazendo um biquinho com os lábios. - Sei que não é sua culpa e sei mais ainda que isso não é coisa para nos preocuparmos em meio ao que estamos passando, mas é tão horrível ver que você não pode controlar totalmente essa sua outra metade, penso que a qualquer momento ele possa ficar no controle total e sumir e nunca mais voltar... Ahhhh - A morena grita. - Que merda Chan, eu tô tão confusa, porém eu te amo tá.

- Eu também te amo nonna. – O mais novo diz encarando a namorada com um pequeno sorriso, ele adorava quando a morena dava uma de namorada ciumento, mas logo esse sorriso some. – Você me acha fraco?

- Que? Não não, você é a pessoa mais forte que eu já conheci amor, porém é difícil ver você afastado de tudo e todos só pra não me machucar, ou machucar o Jeongin, admito que às vezes tenho vontade de te pegar e jogar na parede ate você não acordar mais, porque acredite em mim as provocações daquele demônio são irritantes que puta merda, mas você e o homem mais forte que eu já conheci meu bem, então não se preocupe. – Sana sorri pro loiro e passa as suas mãos pelo rosto dele, num pequeno carinho, o sol finalmente havia se posto, dando lugar a uma escuridão devastadora, e com um balançar de mão do Bang, apareceu inúmeros vagalumes, iluminando ao redor deles e como se não quisesse nada, o australiano começou a se aproximar da namorada, ficando do jeito que que dividissem suas próprias próprias respirações.

- Será que eu posso te beijar nonna? - Pergunta encarando os olhos da morena, que tinha o seu olhar nos lábios carnudos do namorado.

- Não sei porque ainda pergunta. - O loiro sorri pro comentário da outra, e se levanta, só pra puxar ela para sentar no seu colo, fazendo com que o Bang soltasse um gemido baixinho.

Logo entrelaçando as suas pernas na cintura do maior e os seus braços no pescoço dele. Chan colocou as suas mãos na cintura da baixinha, apertando o local e descendo até a bunda farta dela, espalmando suas mãos ali, ficaram se olhando até que a menor se curvou para a frente e o beijou na boca, num beijo lento, longo e profundo, entre gemidos abafados, suas línguas se entrelaçavam num dança quente e molhada.

Sana intensificou mais o contado de seus corpos, puxando o australiano para mais perto de si, Chan interrompeu o beijo para recuperar o ar e soltar um gemido. Sana aproveitou para deixar inúmeros beijinhos pelos canto da boca do loiro, lambendo e mordiscando seus lábios em êxtase, puro prazer e saudades.

- Deveríamos ir lá pra dentro meu amor? - A mais velha questiona o outro, colando suas testas e o apertando num abraço de urso, e o outro apenas ri.

- Yah Sana você é uma pervertida...

- Eu? Só por você né meu bebê, olha só que fofo tá corado. - À moça aperta as bochechas vermelhas do Bang que apenas ri e estapeia de leve as mãos da mais velha.

- aish sai criatura, saí. - E as gargalhadas que Bang Chan dava era os melhores sons que Sana poderia querer escutar, agora ela já não tinha mais nenhum peso de que poderia perder o namorado pela sua dupla personalidade.

- Ei. - Jeongin grita. - Ah desculpa atrapalhar gente mas tem alguém vindo. - o mais novo dos dois fala com uma expressão assustada.

Until We Get DownOnde histórias criam vida. Descubra agora