Capítulo 27

72 10 1
                                    


Seulgi podia ser uma mulher controlada e cruel, e talvez um pouco fria e infantil ao mesmo tempo, porém não havia uma só pessoa no laboratório que não concordasse que a voz da Kang era belíssima.

- sim - ela falou consigo mesma enquanto dançava pela cela no porão - eu sou maravilhosa

Os botões eram apertados graciosamente, as anotações eram feitas precisamentes e os gritos eram altos o suficiente para dar inveja a qualquer recém nascido, mas eles cessaram que apenas a sua voz graciosa predominou.

- cabaia número 8112 morta as... - ela olha em seu relógio antes de marcar em seu relógio de pulso - 00:07. Possível motivo, parada pulmonar. Asfixia.

Ela sorriu consigo mesma e aperta um botão verde próximo ao interruptor de energia na parede, e no mesmo instante dois homens vestidos de preto dos pés a cabeça aparecem e levam o corpo sem vida da cobaia para fora.

- para onde doutora ? - um dos homens pergunta, sua voz sai abafada por conta da máscara que usava

- ala 9... - ela responde encarando as anotações - nao, ala 7 e as roupas na ala 8

- sim senhora

Quando já estava sozinha ela aperta o botão vermelho e mais dois homens de preto aparecem dessa vez trazendo uma cobaia. Um dos homens lhe entrega uma prancheta com os dados pessoais e o outro lhe entrega as roupas. Após isso eles se foram e a voz da doutora preencheu a cela, a melodia desconhecida até por ela mesma.

- Seulgi !!! - a voz de Taemin ficou presente só depois que ela percebeu sua presença na sala - o que está fazendo ? Precisa de ajuda ?

- ah Taemin - ela para de cantar e tira os olhas das roupas que estava analisando para olhar para os cabelos azuis água do seu assistente - nao, estou quase terminando as roupas

- então, isso significa que já vai pra casa ? - Jogin questionou, Seulgi também só percebeu sua presença quando o mesmo falou

- Jogin! - ela exclamou sem jeito - sim, eu tenho uma vida

- ah claro - ele murmurou com ironia - vai terminar com a cobaia ou podemos fazer isso - a doutora encarou a cobaia. Era uma mulher, 22 ou 23 anos, ela estava encolhida no canto da parede enquanto chorava e se balançava para frente e pra trás, ela estava nua mas isso era o de menos, todos as cobaias ficavam sem roupa

- podem fazer isso... acho que vou mas cedo de qualquer forma - ela dá de ombros e começa a tirar o jaleco e as luvas - não estragam tudo

- e quando a gente fez isso meu bem ? - Taemin exclamou com um sorriso grande, nem parecia que não dormia a três dias - esse aqui é o nosso trabalho não precisa se preocupar

- à claro - ela revira os olhos - porém desde a morte do Taeyong você Taemin - ela aponta para o Lee - tem agido estranho - suspirando ela resolve deixar de lado, ela balançou a cabeça e andou em direção a saída - boa noite

Antes de sair completamente, ela ouvia o coro dos meninos lhe desejando uma boa noite também, com os braços ao redor do corpo por conta do frio ela se encaminhou para fora, se despedindo de todos que encontrava pelo caminho, chegando no estacionamento do subsolo ela caminha até seu carro, o abrindo e depositando todos os seus papéis na parte traseira. A viagem não demora muito, de 20 a 30 minutos dos laboratorio.

Com pressa ela pesca do molho de chaves a que abre a porta da frente e entra dentro de casa, não deixando de suspirar aliviada.

- boa noite Dona - Aeileen fala enquanto limpava a boca suja do Even - chegou mais cedo hoje

Until We Get DownOnde histórias criam vida. Descubra agora