Capítulo 22

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E apareci depois de muito tempo né mais e isso... espero que gostem. Vou tentar postar o capitulo 23 o mais breve possível para vcs entenderem melhor.

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Bang chan depois de dizer que precisavam conversar, percebeu que todos haviam ficado tensos.

Ele sabia que era uma coisa estranha a se falar pra desconhecidos, mas se ele quisesse que isso mudasse eles tinham que dizer tudo, era um tiro no escuro, uma tentativa desesperada de não precisar mais fugir, e se eles finalmente quisessem ficar no controle da situação eles tinham que arriscar.

Todos se aproximaram mais da fogueira e ficaram se encarando. O primeiro a quebrar o silêncio foi Hyunjin que estava com medo das coisas que iria ouvir.

- Por onde começamos? - A pergunta faz todos suspiraram aliviados, talvez por saberem que sempre havia alguém que era corajoso o suficiente para quebrar os silêncios desconfortáveis e fazer perguntas estúpidas mas inteligente ao mesmo tempo.

- Talvez por essa rixa ridícula entre o Chan e o Félix. - Sana propõe dando de ombros enquanto escutava os protesto do namorado.

- Eu concordo - Hyunjin fala levantando uma mão.

- Não estou surpreso em você concordar com ele Hwang. - Félix rosna.

- O que houve com você Lix? - Chan pergunta como se não estivesse mais ninguém ao redor, apenas ele e o primo. - Você não está mais do mesmo jeito que antes.

- Talvez por sua culpa... - Ele acusa.

- Mas eu já te disse. Eu não tinha como voltar.

- Mas nem pra me avisar que iria quebrar a porra da promessa. - O Lee fala magoado. - Eu não estou assim pelo fato de você não me buscar, não me tirar daquele inferno que o seu pai e a sua madrasta me fizeram passar, porque de todo modo eu estou aqui não estou? Eu estou assim pelo simples fato de você ter prometido algo que sabia que não poderia comprir, você poderia ter me ajudado de longe, me avisado que não conseguiria me tirar de lá, porque aposto que não foi você que quase morreu porque foi jogado de um prédio... - As lágrimas estavam caindo igual a uma torneira dos olhos do australiano mais novo, a sua tristeza e angústia era transmitida no fogo, que a cada soluço aumentava. - Eu estou quebrado Chan, machucado e traído, e quando você me encontra não é você e sim o Byung... Isso me machucou mais ainda... Porque ele sempre diz alguma merda alegando que é o que você diria se pudesse.

- Eu realmente sinto muito Félix. - O loiro diz se controlando ao máximo para não chorar, ele sabia que essa questão não deveria envolver a todos, porém era involuntário, todo o mundo deveria saber o quão podre e egoísta eles poderiam ser.

E apesar de Chan lutar todos os dias para não ser sombrio, ser agressivo e egoísta, ele não conseguia porque como todo mundo ele não era perfeito, e com Byung o controlando de vez em quando era muito difícil manter tudo sob controle.

- Quando eu fugi da Austrália eu fui parar em Seul, eu estava perdido e com o coreano horrível, eu entendia o que as pessoas diziam porém eu não conseguia me comunicar... e foi aí que eu encontrei um cara, se não me engano ele se chamava Seo Jung-soo. O Seo me ajudou a arrumar um lugar pra ficar, me deu comida e dinheiro, de início eu tinha achado isso muito suspeito, porque pensei que ele fosse um amigo da minha madrasta e que queria me levar de volta pra Austrália, mas com o tempo ele foi ganhando a minha confiança e eu passei a confiar nele, um grande erro. Como o tempo havia passado, eu acabei percebendo que o Seo tinha uma escuridão muito... profunda, na época eu não tinha muito controle sobre os meus poderes e nem sabia direito que podia me comunicar com o Byung, que é a minha dupla personalidade...

- Maligna, dupla personalidade maligna. - Sana sussurra.

- Então eu apenas segui com a vida sem me preocupar de fato com essa escuridão. Na época eu sempre estava guardando dinheiro para poder comprar uma passagem de avião pro Félix e eu juro que eu até pensei em comprar um celular pra poder conversar com você. - Chan se dirige diretamente para o primo. - Mas eu não conseguia, o Seo sempre me dizia que isso poderia trazer a atenção indesejada, de quem eu não sei, porém eu sempre acreditava. Até que um dia o Seo me levou pra um lugar estranho, alegando que ali eu poderia comprar um celular sem precisar me preocupar, e eu na época era ingênuo fui, quando chegamos lá o Seo bateu na minha cabeça e eu desmaiei, fiquei desacordado por horas e quando acordei eu estava muito machucado, eu tinha inúmeros cortes pelo corpo e hematomas muito roxos, comigo no galpão em que estávamos havia inúmeros homens ao meu redor, e o que chamou mais a minha atenção vestia um jaleco verde claro todo cheio de sangue, na frente desse homem, havia vários instrumentos cirúrgicos em cima de uma mesa extensa também cheia de sangue eu não sabia o que eles havia feito comigo e nem sabia o que havia acontecido... até que eles me disseram.

- O que eles te falaram? - Changbin perguntou perturbado, ele sempre foi fraco pra essas coisas.

- Eles me disseram que o Seo inacreditavelmente trabalhava para a minha madrasta, mais precisamente para a U.L.M.S e eles também trabalhavam, porém estavam fazendo um trabalho especial para alguém muito importante sobreviver, eu não sabia o que isso significava, e sinceramente até hoje eu não sei o que esse "trabalho especial" significa, porém eu não queria saber de verdade, eles fizeram coisas horríveis comigo e me fizeram perceber que a única pessoa que eu confiava que poderia me ajudar a comprir a minha promessa me traiu, eu estava fora de mim. E com os meus poderes eu matei todos aqueles homens com apenas um movimento de mão, a energia vital deles eu suguei, eu me alimentei da alma deles.... e depois de um dia inteiro eu consegui me soltar e me curar, na galpão ao lado da que eu estava o Seo estava morto, haviam jogado ouro quente na garganta dele, basicamente o fizeram beber ouro líquido... E pela primeira vez em toda a minha vida eu me senti... feliz. Eu me sentido bem, era como se alguém tivesse feito isso especialmente pra mim, eu me senti ótimo, mas depois eu me senti horrível, porque eu queria ter matado esse desgraçado... e depois de horas olhando o cadáver do Seo eu fui pra casa, peguei tudo que era meu e fui embora, eu ainda tinha o plano de buscar o Félix, porém eu não tinha coragem de aparecer e dizer que eu matei mais de quatro homens e que eu me senti bem com isso... Havia se passado anos e eu não havia tomado coragem pra continuar a viver, porque eu mudei, o Byung vivia assumindo o controle, eu estava ficando mais fechado e agressivo, eu com certeza havia mudado. Até que um dia, eu fui parar no hospital, não que eu quisesse sabem, mais eu fui e foi nesse dia que eu percebi que eles haviam roubado algo de mim.

- O que ele te roubaram? - Minho perguntou, até agora ele achou a história do bang Chan muito.. interessante.

- Eles haviam roubado o meu rim.

- O seu rim! - Seungmin exclama assustado. - Tipo o seu rim, rim? - Chan concorda com a cabeça e o Kim estremece. - Porque eles fizeram isso?

- Até hoje eu não sei. - Chan respondeu dando de ombros, ele já havia aprendido a viver com isso.

- Ok. - Hyunjin fala. - Se você desconfiava tanto assim desse Seo porque não deixou ele antes dessa merda acontecer?

- Verdade. - Minho concorda. - E como você soube que foi o Seo que bateu na sua cabeça?

- Eu não podia deixar o Seo ele estava me ajudando a juntar dinheiro pro Félix. - Murmura. - E eu sei que foi o Seo que me bateu na cabeça porque ele era o único que estava atrás de mim naquela hora em que ele me fez entrar primeiro no galpão. - Chan explica.

Until We Get DownOnde histórias criam vida. Descubra agora