capítulo 13

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Minho

Ao entrar no primeiro hotel que as suas pernas velhas e acabadas aguentavam, Minho já havia decidido que estava muito cansado.

Sua vista doía e pesava, sua cabeça estava nebulosa e criava alucinações, o fazendo enxergar o recepcionista Kim na forma de uma lhama branca, e isso tudo sem contar de fato com seu corpo todo dolorido.

A viagem realmente havia sido uma merda e ele com certeza pensava que a sua experiência por um dia não pudesse piorar, mas como nada do que ele pede acontece, ele teve que se espremer no pequeno elevador com as suas duas malas, o recepcionista lhama e mais dois hóspedes.

O azulado com certeza estava achando que estava ficando pirado, porém o sorriso caloroso do recepcionista lhama e a musiquinha irritante do elevador o diziam o contrário.

O voo teve turbulência o tempo todo, o que fez a maioria dos passageiros saírem dele enjoados e com medo de entrar num avião de novo, o que na visão do coreano não era um bom sinal, porque Minho com certeza não estava preparado para morrer com 21 anos.

E xingando até o vento depois de sair do aeroporto, o azulado resolveu enviar a sua carta para o Han, que em sua total sabedoria ainda estava na U.L.M.S, mas ele se irritou de verdade foi quando começou a se comunicar com o senhor de idade que trabalhava lá no correio que o atendeu.

Só porque ele estava com um pouco de dificuldades em falar coreano - Que é a sua língua materna. - não significava que estava indistinguível, e quando o senhor começou a alegar que não o entendia, Minho teve que manter a calma para não congelar o cérebro daquele homem, literalmente.

Depois de alguns minutos dentro do elevador que na verdade pareceram horas, o azulado consegui chegar ao seu quarto. N° 659. Jogou as malas dentro do guarda roupa, já que não ficaria mais do que uma noite, e foi direto pro banheiro, claramente estava ficando mais fraco, devido o fato de não conseguir ficar muito tempo longe de algo gelado - Seja água gelada, gelo, neve ou coisas congeladas - e com toda a certeza a água geladinha da banheira o ajudaria a recuperar as forças.

Porém ao andar com uma pressa incomum, não teve tempo o suficiente para se surpreender ao ver um homenzinho bem pequeno, com roupas de jedi o encarando, o coreano apenas soltou um grito e caiu de bunda no chão. Claramente estava ficando louco, pensa enquanto analisava o anão a sua frente, assustado e um pouco acordado.

- Quem é você? - Ele diz. Ele não poderia ser real, ou poderia? Se pergunta o azulado levantando do chão, soltando um gemido de dor. - Porra, quem é você? eu não posso nem tomar banho em paz .Que merda.

- ahlo a acob otorag olot!

- Que língua é essa? Coreano? Você inventou essa droga, como posso saber se quer me matar se nem te entender eu consigo. - Minho grunhe frustrado e encara o anão com receio - Mas se você quisesse me matar já teria, não?

- ohniM, êcov é orrub uo es zaf?

- Pera... Você disse o meu nome não foi? - O coreano arregala os olhos - ohniM, é Minho só que ao contrário...é isso, você fala só que ao contrário. Que merda em anão. - O Lee corre pro quarto e procura entre as suas coisas uma caneta e papel - Achei! - Exclama ele e volta para o banheiro e entrega os itens para o anão, depois liga a água gelada pra encher a banheira. Só porque esse anão estava ali não significa que ele não tomaria banho - Escreva.

- ko en.

Minho estava cansado, faminto, com sono e confuso, porém ele deveria se manter acordado se quisesse respostas, porque a cena de ter um anão vestido com roupas do Star Wars já não era nada de novo.

Until We Get DownOnde histórias criam vida. Descubra agora