Diário de Viagem#27

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      Jane Phillips, o nome mais complicado que já vi, seu nome guarda em si um segredo

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      Jane Phillips, o nome mais complicado que já vi, seu nome guarda em si um segredo. Deste o início me questionava se era possível reconquistar a felicidade, se realmente exista em algum lugar. Jane é uma pessoa comum, uma pessoa que representava a própria felicidade, sua alegria contagiante e sua euforia, mas tudo isso cobriram suas infelicidades, suas decepções que criavam sua desesperança. Ela sofria assim como eu, não de forma explícita expondo ao mundo clamando por atenção, mas escondia essa dor que deixou um buraco, como se a própria felicidade disfarçasse por vergonha que tem uma certa tristeza. Jane só queria encontrar um jeito de aliviar essa dor, a tristeza em estar sozinha, usava a adrenalina, essa sensação poderosa, e no final isso se tornou um vício, como o vício das drogas.
Jane, apesar de todos esses mistérios e complexos, ela era uma garota normal, uma pessoa que foi oprimida pelos próprios meios que a fizeram ser quem é, sua vida se tornou uma bagunça, porém não entendíamos isso, pois cada um tem seu jeito de viver, assim como ela que descobriu esse propósito e tentou ter a oportunidade. Talvez o meu desafio de encontrar a felicidade aqui não seja só pra mim, seja pra ela, pois Jane perdeu as esperanças, mas as respostas sempre estão diante de nós, basta olhar, e eu estou aqui para salvar a própria felicidade, pois será que eu sou uns dos segredos da felicidade para ela.

Jane e eu retornamos e fomos descer a montanha naquele final da tarde, e estive reparando em seus atos, tentei decifrá-la, será que Jane está sofrendo? Essa resposta é difícil de responder. Em seguida, com o início da noite, retornamos até o hotel e fomos tentar descansar após um dia longo e podemos dizer feliz já que não provoquei um acidente. Ao chegar no nosso quarto troquei de roupa, pois elas estavam cheias de neve e tomei um banho bem quente. Após isso vesti muitas roupas de lã, já Jane apenas trocou de roupa e então chamou o serviço de quarto para jantarmos — espero que não seja de novo colhões de carneiro —, ela não quis me contar de novo o nosso jantar e então foi arrumar a mesa pequena que estava no nosso quarto encostada na parede e virada para televisão. Enquanto Jane preparava a mesa, liguei a TV e para minha infelicidade não tinha legendas nos canais, pois todos são islandeses, com exceção do noticiário, mas mesmo assim tive que me contentar com aquele conteúdo, e aliás não era ruim.
Após quase meia hora, o serviço de quarto chegou e então Jane buscou o nosso jantar na porta do quarto, já eu estive animado pois estava com muita fome. Vi que nosso jantar era um ensopado com vegetais e carne de tubarão. Ela colocou os pratos na mesa junto com os talheres em sacos plásticos para proteger das bactérias, já a mim, estive devorando com meu olhar aquela comida.
Jane pegou a garrafa de vinho que trouxemos após a praia e ela ainda estava pela metade, e ela encheu a cara com aquela garrafa, enquanto a mim estive apenas comendo pois estava com fome.
— David, como é a sensação de estar namorando Jane Mayer Phillips? — perguntou Jane sorrindo e sendo irônica.
— E estamos namorando?
— Bem, tecnicamente depois da sua declaração... vamos considerar que sim — a respondeu e em seguida toma um gole do vinho naquela taça.
— Poxa, sei lá, meio estranho... quer dizer, não fique ofendida, é diferente pra mim... E podemos nos beijar, assim do nada, como em um relacionamento? — pergunto com minha inocência à flor da pele e bem nervoso fazendo ela sorrir.
— Mas é claro. Ah David, você me intriga... é a primeira vez que tem um relacionamento?
— Sim, é que eu nunca tive a experiência...
— Nem mesmo com Amy, sua amiguinha do colégio?
— Não... nossa, por que tudo mundo acha isso?
— Bem, porque vocês andavam muito juntos, aliás ela poderia te oferecer algumas dicas. Já a vi estar em u, relacionamento com um cowboy do colégio...
— Ah, isso foi uma fase, é que ela é metade Inglaterra e metade Tennessee, por isso que ela ama Elvis Presley, um pouco de Blues e Country. A melhor amiga que poderia ter....
— Ela é uma híbrida! Interessante... então vou lhe dar umas dicas de como namorar; ... A primeira dica é ser atencioso à sua parceira ou parceiro, como por exemplo saber ouvir e saber falar na hora certa dependendo do tipo de pessoa que for, alguns falam e falam, por isso resultam em brigas sem sentido. A segunda dica é ser confiável e ter confiança, assim você terá a confiança no seu relacionamento e não limitará as coisas, pois sem isso relacionamentos amorosos se tornam uma prisão. Um pouco metafórico, a prisão do amor, mas é tedioso. A terceira dica é de minha preferência, alguns já não gostam dessa mas dou para você, e é ser sentimental, pois eu adéquo a carência e então às vezes é bom alguns beijos inesperados e uns eu te amo. A quarta é a mais fácil, ser você mesmo, sem mentiras, sem limitações. Relacionamento é uma união, uma espécie de prova, o vestibular para ver se o casal pode dar certo, até um determinado futuro, casamento talvez. Infelizmente alguns não passam na prova e sofrem com essa falha. Têm mais dicas, mas você aprenderá no futuro,
— Nossa, compreendo, é muita coisa... antes, eu vou me desculpar se eu fizer alguma coisa que não a agrada, é muita coisa pra gravar... — respondo ficando ainda mais nervoso.
— Relaxe, fique calmo. Você é inexperiente, mas vai aprender com o tempo... bom, eu vou tomar outro banho, esse frio está me incomodando.
Após nossa conversa que me ajudou bastante, Jane pegou uma toalha de banho junto com seu pijama e os levou ao banheiro, já a mim estive encarregado de limpar a mesa e esperar o serviço de quarto retornar para levar os pratos. Em seguida troquei de roupa para dormir.

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