Estamos Juntos

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Pulo da cama quando escuto a voz desesperada da minha mãe.

- Calma, o que foi?

Imediatamente começo a vestir-me.

- Tudo bem, já estou indo. - Desligo.

- O que foi? Quem era no telefone? - Pergunta Sakura, sem entender nada.

- Minha mãe, aconteceu alguma coisa com Sasuke, tenho que ir ao hospital.

Sakura também levanta e começa arruma-se.

- O que está fazendo? 

-  Vou com você.

- Não! 

- Claro que vou! Sou sua namorada, uma parente seu está no hospital, você está nervoso, de jeito nenhum vou deixar você ir dirigindo até lá. Vamos, eu dirijo. 

Ela nem deixa eu achar algum argumento para retrucar, pega as chaves do carro da minha mão e me deixa sem palavras.

- Tem certeza? Posso ir sozinho. - Já no carro, pergunto novamente.

- Eu já te falei, vamos.

Sakura liga o carro e começa a dirigir. Por ser madrugada, não tinha ninguém na rua, então ela podia passar no sinal vermelho e dirigir numa velocidade um pouco acima do normal, por isso em menos de quinze minutos chegamos.

- Mãe! Pai! - Corro até meus pais e Sakura me acompanha.

- Itachi, meu filho. - Fala mãe baixinho, já sem forças, seus olhos cheios de lágrimas.

- Sasuke? O que aconteceu? - Pergunto, depois de abraça-la.

- O carro dele estava 180km/h , ele bateu em outro carro enquanto passava pelo sinal vermelho. - Responde o pai, com os braços cruzados, parece irritado e preocupado com a burrice que seu filho fez.

- Alguma notícia? Ele está em cirurgia?

- Ele está na cirurgia faz um bom tempo, mas não nos deram nenhuma notícia. 

- Vou procurar saber se consigo alguma informação. - Fala Sakura pela primeira vez.

Sakura sai em busca de suas amigas enfermeiras, enquanto continuamos na sala de espera.

- O que ela está fazendo aqui? - Pergunta meu pai.

- Sakura não queria me deixar dirigir, ela estava com medo que eu sofresse algum acidente no caminho e também por consideração, pois agora oficializamos o namoro. 

- Estão namorando? Hum... 

- Algum problema nisso, pai?

- Não, fico feliz pelos dois, mas preocupado por ela. Acho que Haruno já sofreu demais nas mãos de um Uchiha, não a faça sofrer também nas mãos de outro. 

- Não fique aflito pai, não sou igual ao... - Não termino a frase, pois Sakura retorna com um médico ao seu lado.

- Vocês devem ser os parentes de Uchiha Sasuke, certo?

- Sim. - Respondemos todos juntos.

- Eu sou o cirurgião Meliodas, fiquei responsável pela cirurgia. Ocorreu tudo bem, não teve nenhuma complicação, ou perca de órgãos vitais, porém a perna dele ficou presa nas ferragens e ele quebrou todos os ossos da perna direita, por isso vai ter que ficar de repouso, usando gesso durante duas semanas. Os ferimentos não foram tão profundos, mas requerem cuidados contínuos para não infeccionarem. Depois de duas semanas ele pode voltar, iremos tirar o gesso e veremos se os ossos já se alinharam, certo? Alguma dúvida?

- Sim. O motorista do carro que ele bateu, como está a situação dele? - Pergunta meu pai.

- Por sorte, a batida foi na traseira do carro, então ele só teve ferimentos leves e está desacordado também, mas nada grave. Mais alguma coisa?

- Não, obrigado. - Respondo.

- Obrigado doutor. - Diz Sakura ao parceiro de trabalho. - Já podem ir ver Sasuke, mas tem que ser um de cada vez. - Disse agora voltada para meus pais.

Minha mãe entrou primeiro, em seguida meu pai. Quando ela saiu do quarto nos chamou num lugar mais reservado. 

- Sasuke ainda está desacordado, mas as feridas dele foram muito profundas. Por favor não fiquem com raiva de mim, mas Sakura tem como você cuidar do Sasuke até ele se recuperar ?

- O que? Mãe! A senhora não pode estar falando sério. 

- Sakura é a melhor enfermeira que conheço e você sabe disso, confio nela plenamente.

Sim, mas o que isso tem a ver? Suspiro, desconcertado, bagunço o cabelo com uma mão, enquanto seguro a mão da Rosada com a outra.

- Eu sei mãe, mas... 

- Tudo bem, sem problemas. 

-Ah! Nossa! Obrigada! - Alegremente e com alívio, mãe pula em Sakura e lhe abraça. 

- Sakura? Tem certeza disso? - Pergunto, buscando algum sinal de arrependimento em seus olhos.

- Estou sim, afinal de contas sou uma enfermeira formada, não posso recusar um pedido de ajuda, ainda mais de alguém próximo a nós dois. - Ela sorri e aperta levemente minha mão, assegurando-me.

- Então a partir de que horas você vai aparecer lá em casa Sakurinha?

- Como só precisa trocar os curativos dele uma vez por dia... Bem, acho que depois do meu turno apareço lá. Já que está tudo resolvido e já sabemos a situação do Sasuke, vou voltar para casa, se não importam.

- Ah! Sim, claro! Obrigada por vir Sakura. - Diz minha mãe.

- Eu vou com você. Qualquer coisa ligue pra mim.

Ainda de mãos dadas, mas num silêncio total, voltamos pro carro, porém antes de entraremos me pronuncio:

- Por que você está fazendo isso? Não vai ser desconfortável, ver o Sasuke durante duas semanas? E se ele der em cima de você? Não acho que seja uma boa ideia, tem tantas pessoas que a gente pode pedir ou contratar para fazer esse serviço... 

Tenho um desconforto no peito, não gosto nem um pouco dessa situação. Imaginar Sasuke e Sakura juntos novamente...

- Não quero ver você sofrendo de novo.

- Há! Há! Oh meu pai! Calma Itachi. - Sakura começa a rir. - Você está muito nervoso, tá querendo até prever o futuro.

- Mas eu só quero te ...

- Proteger? Eu sei, mas eu não tenho medo dele. Posso muito bem me proteger de cantadas, faço isso todo dia no trabalho. Não precisa se preocupar, além de que eu sou muito boa no que eu faço. - Ela dá uma piscadinha com um sorriso no rosto. - Vamos, hoje vai ser um dia cheio de emoções...


Florescendo Sem TiOnde histórias criam vida. Descubra agora