Tom & Jerry - Hyunin

o jogo virou

- Ei, tem um tempinho para um velho amigo? - Hyunjin largou os papeis e virou para frente, sorrindo ao ver Jeongin entrar na sua sala.

- Nunca fomos amigos docinho - Guardou os documentos na pasta e riu baixinho com a feição indignada que o outro fez.

- Eu até trouxe café gelado pra você, mas só porque foi grosso eu vou embora.

- Ei - Segurou o braço de Jeongin, que acabou rindo e deixando os copos na mesa. - Senta aí, eu tenho um tempinho para meu inimigo sim.

- Não pense que vai comprar com esse seu sorrisinho, eu sou protegido contra sua malandragem - Piscou e sentou na mesa e olhou novamente a foto de dias atrás - Sua filha é muito parecida com a sua mãe.

Hyunjin pegou a foto e olhou por um bom tempo, no fim acabou gargalhando.

- E a Dayeong - Jeongin o olhou assustado, mas Hyunjin não ligou, apenas continuou rindo, até sentir falta de ar - Sooji e eu batemos essa foto ainda nos primeiros meses de curso, por isso tão pequena.

- Meu deus Hyun, você tem noção do quanto eu tava me torturando por dentro? - Jeongin esbravejou.

- Então quer dizer que você...

- Ei, eu lembro pra você seguir em frente ok? Mas só acaba quando eu disser chega

- Então deixa eu te contar uma coisa - Deu a volta na mesa e ficou próximo do rosto de Jeongin, sentindo sua respiração decompassar - Você nunca mandou em mim.

Jeongin não estava da sensação de obedecer a alguém, e principalmente quando esse alguém era Hyunjin, em anos separados algumas nunca mudaram.

- Que hipocrisia Hyunjin, sempre disse que as pessoas não deveriam usar de qualquer poder para se sobrair as outras, acha justo usar sua aparência contra seu namorado? - Jeongin não se mostrou intimidado em nenhum momento, apenas continuou parado, sem esboçar nenhuma reação.

- Não sabia que ainda era seu namorado - Mordeu de leve o lábio inferior de Jeongin, sem desviar o olhar - Devidas circunstâncias devem me favorecer, afinal agora eu posso fazer umas coisas que eu quero faz um tempo.

- Que cois...

Hyunjin sequer deu tempo para que o garoto formulasse toda a frase, segurou firma sua cintura e o beijou sem qualquer paciência imaginável.

Jeongin não tardou em retribuir, tinha uma mistura de sensações maravilhosas ali, as quais apenas Hwang Hyunjin o permitiu sentir.

- Vamos viver do nosso passado ou vamos poder criar novas lembranças? - Os braços de Jeongin estavam em volta do pescoço de Hyunjin, o sorriso já não saia de seus lábios, gostava da segurança que essas pequenas coisas o passavam.

- Se você quiser voltar para mim, vamos escrever o resto da nossa história inteira juntos.

- Posso te contar um segredo? - Hyunjin assentiu e Jeongin levou a boca a seu ouvido, susurrando - Eu nunca saí para que tenha que voltar para você meu amor.

- Por favor, não me abandone novamente, você é tão precioso quanto - Hyunjin não conseguiu terminar sua frase, Yang havia colocado o seu indicador em seus lábios, pedindo silêncio.

- As promessas quebradas do passado não serão renovadas meu amor, mas sobre ficarmos juntos, devem ser feitos novos juramentos, com todo o coração - Não eram mais crianças, Jeongin sabia o que estava falando, assim como sabia o que fazia ali, e estava ali para ficar com Hyunjin.

[...]

- Por favor Sra. Kim, não esqueça de retornar daqui a uma semana para realizar novos exames, e se cuide - Os sorrisos que Jeongin abria toda as vezes que via Hyunjin eram de fato radiantes, e aquele não chegava a ser diferente. - O que você está fazendo aqui?

- Eu não posso visitar meu namorado agora? - Abraçou Jeongin pelas costas, deixando um selar em sei pescoço e fazendo-o rir pelas cócegas.

- Pode, mas você sabe que eu ainda sou residente, não quero arrumar confusão tão cedo.

- E eu vou te arrumar confusão?

- Mas é lógico - Virou de frente para o namorado e deixou um selar curto em seus lábios - Você acva que eu vou deixar as enfermeiras ficarem secando você sem falar nada? Jamais, esse daqui foi difícil de arrumar e vai ser difícil de soltar também.

- É incrível como você pensa em mim como ser humano - Riram e tentou beijar Jeongin, que o empurrou de leve - Só vou embora se você me beijar.

- Eu não quero que você vá embora mocinho, preciso de carona para ir pra casa, e aproveitando que meu namorado não anda mais de motorista, eu posso dar uns beijos nele dentro do carro - Piscou.

- E você acha mesmo que eu vou deixar você me dar só uns beijinhos? - Empurrou Jeongin na parede e eles acabaram rindo.

- Você é um bom advogado Hyunjin, deve saber que esse tipo de coisa é crime - Beliscou o namorado - Pode me soltar? Eu ainda quero ter reputação quando voltar aqui amanhã, não tenho a vida ganha e nem vivo as custas da mamãe como certas pessoas.

- Ei, você não pode dizer isso pra mim - Hyunjin estava indignado.

- Posso porque é verdade, uma pessoa simples como eu se mata de trabalhar em dois empregos para sobreviver enquanto meu namorado é todo burguesinho.

- Não é assim amor... - Hyunjin bateu pé e Jeongin riu - Eu pensei que seu trabalho na ONG fosse voluntário.

- É sim, eu trabalho em uma clínica de pesquisa durante os fins de semana e uma parte da madrugada - Hyunjin beijou várias vezes o pescoço de Jeongin - Quando se vive sozinho é assim, infelizmente não moro com a mamãe.

- Jeongin eu juro que te odeio

- Parece que o jogo virou não é mesmo?

- E vai virar pra mim de novo, se eu não te ver no estacionamento em 5 minutos você vai pra casa de metrô - Hyunjin virou e Jeongin correu um pouco para alcança-lo.

- Você não vai fazer isso com seu namorado né? Pensa bem amor, vai soar super bem você no jantar da alta classe que você frequenta dizer que namora um residente de medicina, eu só te faço bem.

- Quando você tão insuportável assim?

- Eu sempre fui benzinho, só que a maior parte do tempo a gente tava ocupado brigando pra você perceber - Sorriu e deixou um selar nos lábios do namorado - vou pegar minhas coisas rapidinho e te vejo no estacionamento gatinho.

- Esquece o passado.

- Eu quero criar um futuro contigo encima dele - Piscou antes de entrar por uma porta.

E Hyunjin estava bobo mais uma vez por causa do mesmo garoto.