Capítulo 2

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Harry tinha tido uma visão. Enquanto dormia, a sua mente conectou-se com a de Voldemort e o fez ver o momento em que Nagini preparou-se para atacar Arthur Weasley.

Mas ele acordou antes que pudesse ver as presas da cobra enterrarem-se na carne do bruxo.

Isso não impediu que ele acordasse gritando e preocupado com o bem estar daquele que era quase que uma figura paterna para ele. Era compreensível.

Everardo reapareceu em sua moldura depois de alguns minutos agonizantes.

— Gritei até alguém aparecer, falei que tinha ouvido alguma coisa andando no andar de baixo; eles não sabiam se deviam acreditar em mim, mas desceram para verificar, você sabe, não há quadros lá embaixo de onde se possa espiar — ele enxugou a testa com a cortina ao fundo do quadro — Seja como for, eles não trouxeram nenhum corpo ferido. Os inomináveis estavam escoltando quatro garotas e dizendo algo sobre o Departamento de Mistérios.

Dumbledore preocupou-se brevemente com a falta de filtro nas palavras do ex-diretor. Harry não podia saber sobre a profecia...

— Então o meu pai está bem? — Rony perguntou, aliviado.

— Harry, o que você viu pouco antes de acordar? — o diretor perguntou, sem olhá-lo.

O garoto ficou em silêncio por alguns segundos.

— Quando a cobra preparou-se para atacar, foi tudo muito rápido. Eu escutei um som muito alto e vi uma luz muito forte atrás da porta em que o senhor Weasley estava apoiado — ele respondeu.

— Podemos imaginar então que o som assustou a cobra o suficiente para que Arthur não fosse atacado — Dumbledore concluiu.

Harry pareceu ficar envergonhado por todo o alarde desnecessário.

— Já que isso está esclarecido, seria melhor que voltassem para as suas camas, senhores — sugeriu a professora McGonagall.

Ela lançou um olhar ao diretor antes de acompanhar os grifinórios de volta aos seus dormitórios.

Aquele evento tinha sido muito preocupante. Harry teve a sua mente conectada com a de Voldemort, isso era perigoso, significava que o bruxo poderia implantar visões falsas ou até mesmo saber o que o garoto estava fazendo.

Isso apenas reforçava a sua necessidade de ignorá-lo. Voldemort não deixaria o garoto em paz se visse nele uma oportunidade de aproximar-se de Dumbledore.

Estava refletindo sobre conversar com Severus sobre aulas de oclumência quando uma coruja do Ministério entrou por sua janela. As conhecia bem demais, Fudge costumava pedir conselhos para ele quase diariamente antes de sua discussão no ano anterior.


Professor Dumbledore,

Venha imediatamente ao Ministério.

Assunto sigiloso, tratar pessoalmente.

Atenciosamente,

Amelia Bones

(Departamento de Execução das Leis da Magia)


O que aquelas garotas escoltadas poderiam ser de seu interesse?

Pensou um pouco antes de chegar à conclusão de que elas deviam ter tentado entrar no Departamento de Mistérios e isso causou toda a confusão.

O que não fazia sentido era Arthur não ter percebido, a menos que tivesse adormecido em sua vigília.

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