Capítulo 4

594 78 176
                                    

Voldemort tinha escutado a profecia.

Dianella nunca viu o seu pai tão aterrorizado em todos aqueles anos. Ele confidenciou somente a ela o que tinha escutado, temendo que seus seguidores o abandonassem de novo.

Ele marcou Harry Potter como igual.

O garoto tinha um poder que ele desconhecia.

Toda a profecia era bem ambígua, mas em que mundo que Harry Potter poderia vencê-lo? Ele tinha seis horcruxes, seis pedaços de alma fragmentados e bem escondidos.

Sim, ele confiou todos os segredos a ela, pois sabia que ela não o trairia.

Não aquele que a tirou daquele orfanato.

Aquele que não a tratou como se fosse uma aberração.

Ele lhe deu uma varinha.

Mostrou que o mundo era deles e que ela poderia se vingar de cada um que lhe fez mal, assim como ele o fez com a sua família trouxa. E ela se vingou.

Ele expurgou esse passado de si e adquiriu um novo nome.

Bellatrix tinha sugerido alguns nomes para que ela fizesse o mesmo, como Delphine, mas uma parte dela não queria fazer isso. Queria manter aquele nome apenas para lembrar-se de tudo o que passou, em vez de fugir de seu passado.

E foi assim que começou toda a história dos universos paralelos.

O Lorde das Trevas estava procurando por algum universo em que ele tivesse vencido Harry Potter, ou em algum universo em que a batalha entre eles já havia acontecido para saber quem venceria e como. Para entender que tipo de poder aquele garoto de 15 anos poderia ter para derrotá-lo.

Dianella na maior parte do tempo o ajudava, na outra parte ela aprendia a controlar o obscurus que vivia dentro de si. Ela não queria livrar-se daquilo, era o que a tornava diferente, especial. Por isso, só aprendia o básico de canalização da magia, pois temia que se aprendesse demais o obscurus desapareceria e ela se tornaria uma bruxa como qualquer outra.

Então, uma noite, o portal ficou instável.

E foi assim que Dianella foi parar em outro universo junto com outras quatro garotas.

Foi difícil conseguir a confiança do Voldemort daquele universo, isso já era de se esperar, mas as suas memórias não a permitiam enganar. Viu como o bruxo ficou extasiado com a perspectiva de outros universos.

Talvez ela fosse a chave para que os Lordes das Trevas de todos aqueles universos se encontrassem e derrotassem os meninos que sobreviveram?

Amber pensou que teve um sonho muito estranho naquela noite.

Mas, quando acordou em um quarto diferente do dormitório feminino da escola, percebeu que era tudo verdade.

Ela estava em um universo paralelo.

Sentia saudades de casa. Tudo seria tão melhor se Sarah estivesse com ela. Geralmente eram as duas enfrentando o mundo, como sempre tinha sido, mesmo que elas não cometessem loucuras como as que Harry cometia em Hogwarts.

— Amber? Está acordada?

Sirius tinha dado a sugestão que duas dividissem quarto, mas no final elas decidiram ficar as quatro no mesmo quarto, pelo menos ocupavam menos espaço.

— Estou — sussurrou de volta, olhando para a beliche ao lado.

— Eu já entendi que a outra Astoria é diferente de mim, mas... — ela hesitou — O que aconteceu com ela no meu universo? Já que eu não sou ela.

Into the PotterverseOnde histórias criam vida. Descubra agora