Astoria se perguntou se ela tinha aparecido em um brechó no meio do mundo trouxa.
Parecia que tinha aparatado direto no porão abandonado de casa. Tinha de tudo por ali: armários, livros, roupas, uma peruca muito brega com uma tiara em cima, tudo jogado e às vezes até mesmo danificado.
Demorou para conseguir encontrar a porta, pois a sala era imensa, mas assim que saiu, reconheceu o corredor de Hogwarts.
Que sala era aquela?
Assim que virou-se, a porta foi desaparecendo, parecendo fundir-se à parede de pedra. Observou aquilo acontecer abismada.
A magia era mesmo algo inexplicável.
Os corredores estavam vazios. Poucos alunos ficavam para o recesso natalino, e os que ficavam não estariam caminhando por aquele corredor sem saída àquela hora sem propósito.
Assim que encontrou-se, foi fácil encontrar o caminho para o escritório do diretor. Dumbledore morava no castelo, até onde sabia, assim como outros professores solteiros. Os que tinham família moravam em Hogsmeade, onde estariam perto da escola para atender a qualquer demanda.
— Preciso falar com o professor Dumbledore.
A gárgula não moveu-se, esperando que ela ditasse a senha.
— Francamente, como esperam que chamemos por ajuda se o escritório do diretor é protegido por senha e poucos a sabem? — Astoria resmungou para si mesma.
— Para que não incomodem o diretor com assuntos levianos.
Ela olhou para a esquerda, vendo Snape surgir pelo corredor, as suas vestes se balançando como se ele fosse um morcego.
— Professor Snape — o cumprimentou.
— Delícia gasosa — o diretor de sua casa dirigiu-se à gárgula, que finalmente moveu-se — Vamos, senhorita Greengrass.
Foi o professor quem adiantou-se a abrir a porta do escritório sem bater antes, onde podia-se escutar duas vozes discutirem, uma alterada e a outra serena.
— Astoria! — o seu pai foi o primeiro a notar a sua presença.
Alderamin afastou a cadeira, que estava próxima da mesa de mogno do diretor, e foi em sua direção para abraçá-la. Ela ficou estática, já que não era fã de abraços, e muito menos agora.
— Tem certeza de que é esse o meu nome? — ela perguntou.
Ele afastou-se para olhar em seu rosto, mostrando confusão.
— Filha?
Dumbledore arrastou a sua cadeira alguns graus para o lado para poder ter um melhor ponto de vista.
— Obrigado, Severus — disse o diretor ao professor — Poderia nos deixar a sós?
— É claro.
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Into the Potterverse
FanfictionUma desordem no universo faz com que cinco garotas de cinco realidades paralelas diferentes parem no Departamento de Mistérios da realidade conhecida por nós (aquela em que Harry cresceu com os Dursleys. os seus únicos parentes vivos). Uma delas des...