Eu ouvi direito?
—Você o que?
—Eu vendi o bordel, bom, ainda não vendi, vendi, mas falta pouco, estou terminando de fechar tudo com o comprador.
Fico boquiaberta.
—Você está falando sério?
—É claro que estou, não tenho porque mentir sobre isso, meu amor, o bordel, era só mais um dos meus passatempos, eu só o comprei, para ter algo a mais com que lidar, e como era uma herança de família, eu quis que voltasse para as mãos dos Salvattore's, mas isso é algo inútil, meu avô já o vendeu, justamente, porque não queria mais essa herança nas nossas mãos, e graça a você, depois da prisão dos meus melhores clientes, não tem sido a mesma coisa, e isso foi um dos principais motivos para eu vendê-lo, aliás, acho que deveria agradecer a você.
—Minha intenção, não era prejudica-lo.
—Não, mas isso foi bom, eu abri meus olhos para muita coisa, aquele lugar não me acrescenta em nada, não dependo do dinheiro de lá para sobreviver.
—Tem coisas que te dão muito mais lucros né!
—Sim, mas quando eu te digo que vou abrir mão de tudo, é de tudo mesmo, mas te peço um tempo, não dá para fazer isso da noite para o dia.
—Eu sei que não, mas vou te dar esse tempo, sei que está sendo sincero comigo.
—Nunca fui tão sincero, como estou sendo agora.
—Ganhou pontos comigo.
Digo colocando a mão no rosto dele.
—E o que eu faço com eles?
—Dá para trocar por passagens aéreas.
Ele ri.
—Se com essa viagem, eu conseguir chegar ao seu coração de gelo, vale a pena.
—Meu coração de gelo, eu me declarei para você, bem antes de você sequer pensar, em se apaixonar por mim.
—Eu me apaixonei por você, no momento em que você, cruzou a porta da minha sala pela primeira vez, e me chamou de Senhor Cafetão Animal Salvattore.
Rio.
—Engraçado mesmo, foi quando eu te dei uma joelhada, nas suas partes baixas, pela segunda vez.
—Ah, eu me lembro disso, ainda bem que isso não me afetou em nada, ou então, não teríamos o Don.
Rimos.
—É, ainda bem que foi de leve.
—Eu não diria isso, e muito menos minhas partes baixas.
—Mas foi bem merecido e...
Conversamos ali por um tempo, depois vamos dormir, coloco Don no berço, eu era um pouco espaçosa, e tinha medo de rolar em cima dele, acordo quase as 4:00 da manhã, com o choro do Don, vou até o quarto, para pegar ele, mas quando chego lá, Giovanni já estava com ele no colo, e fazia ele dormir novamente.
Me encosto no batente da porta e observo ele cantar para o Don, meu coração se derrete por aquela cena, saio de fininho e volto para meu quarto, Giovanni seria um pai incrível.
Giovanni
Dias depois
—Você tem certeza que está pronto para isso?
—Eu tenho Cate, confie em mim, eu dou conta.
—Eu confio em você, é que eu, tá legal, só por favor, não descuida dele nem por um minuto, toma muito cuidado, na hora que for dar banho e a papinha dele, ele toma bastante água, cuidado para ele não se engasgar tá, a Skay só vem hoje depois do almoço, e a April está de folga, então será só vocês dois, qualquer coisa me liga tá.
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Dama Da Máfia - 2° Livro De Herdeiros Da Máfia (Concluída)
RandomGiovanni voltou disposto a recuperar o amor de Caterinna, e tentar ser um bom pai, mas para isso teria que abrir mão de muita coisa e mudar muito. Mas ele seria capaz de mudar por causa do filho? Ou voltar a ser o que ele era, antes de se decepciona...