5º Capítulo (Editado)

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Imagem de Taylor.

Capítulo 5

Eu estava parado em frente a porta da Camara de Refeições quando os nervos me apanharam de assalto e eu não sabia o que fazer. O que é acontecia se Tyler viesse falar comigo? O que eu faço se isso acontecer? Eu não posso evita-lo para sempre, e também não posso trancar-me no meu quarto a vida toda...

Empurrei as portas de carvalho e entrei no salão cheio de gente. Senti olhos em mim. Com os meus olhos presos no chão fiz o meu caminho até a mesa onde os meus pais se sentavam e refastelavam na refeição. Sentei-me no lado direito do meu pai e olhei para ele.

- Pai, preciso de falar contigo. – Eu disse baixinho, mas alto o suficiente para ele me ouvir.

- O que é que se passa filho? – ele perguntou, quando me olhou nos olhos. – Esta tudo bem?

- Sim pai, está tudo bem. – Eu disse, e sorri levemente. – Porém, eu quero fazer alguma coisa para ajudar a alcateia. Sinto que a minha vida se está a desperdiçar se permanecer sem fazer nada, pai. Eu estava a pensar que podia ajudar o resto da alcateia ao trabalhar nas cozinhas.

- Não, Archer, não te quero nas cozinhas. – Ele disse, o seu tom de voz não deixava forma de discutir.

- Mas, pai, eu quero ajudar a alcateia, e a única forma que o posso fazer é ao trabalhar nas cozinhas...

- Porque agora, filho?

- Eu só quero ajudar, pai. Não quero continuar a ser um fardo para a alcateia. – Eu disse, eu pisquei os olhos repetidamente para não deixar as lágrimas escapar. – Por favor, papá.

Olhei para a minha mãe e ela já estava a olhar para mim. Pedi-lhe por favor que falasse com o meu pai e ela assentiu levemente com a cabeça. Ela sussurrou umas palavras ao ouvido do meu pai e ele suspirou pesadamente.

- Se é assim tão importante para ti, podes ajudar nas cozinhas... - ele suspirou mais uma vez enquanto eu o abraçava com toda a minha força.

O meu pai abraçou-me de volta e riu-se da minha felicidade. Eu estava tão feliz. Finalmente ia poder ajudar a Alcateia e não iria ter que ver Tyler a todos os momentos do meu dia.

~ * ~

Ás sete e meia da manhã, eu já estava de pé, demasiado extasiado para dormir. Sai do meu quarto e andei até á entrada das cozinhas dois andares abaixo do meu quarto, junto ao quadro de um cesto de fruta.

Antes de abrir a porta, os sons que provinham do interior da cozinha atingiram a minha perceção e não pude evitar um sorriso de se apoderar da minha expressão. Ia finalmente ajudar a alcateia.

Quando finalmente abri a porta e entrei, mil e um cheiros atingiram-me. Cheirava a carne crua, a suor e a detergente. Cheirava a massas, e a felicidade. Cheirava a metal e a louça.

Alimentar a alcateia toda deve ser cansativo, toda aquela gente para alimentar. E a partir de agora, esse era o meu trabalho Não podia estar mais feliz.

Eu fiz o meu caminho através da cozinha e passe por todos aqueles Ómegas. Para mim era como se aquilo fosse o céu, não havia Doms para me julgar e dizer que o que estava a fazer estava errado. Não havia Doms a tentar impor a sua dominância. Não havia ninguém para se por no meu caminho e pensar que era melhor que eu.

Quando finalmente cheguei á porta do Gerente da Cozinha, ia começar a girar a maçaneta quando a porta se abriu e me ia atirando ao chão, não fosse a mão que agarrava no braço. Senti faíscas a rebentar no meu sangue e não consegui evitar ficar pálido como se a morte se tivesse apoderado do meu ser.

Hurt (boyxboy) ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora