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Eu estava andando pelos corredores sozinha, todos a minha volta falavam sobre uma tal festa na casa de alguém famoso na escola, naquela altura eu não entendia nada do que eles estavam falando, afinal, eu não era mais amiga de ninguém popular.
Eu ouvia alguém na ultima sala, uma voz muito peculiar, afinada. Um som de violão logo adentrou a minha mente e eu me sentia contagiada pela melodia. Segui o caminho da voz melódica dando de cara com Jimin sentado numa mesa sozinho.

Cheguei perto da porta.

- Não sabia que cantava. - Sorri um pouco.

O garoto não se assusta com a minha presença inesperada, apenas para e me olha atentamente.

- É, eu canto sim. - Ele colocou o violão numa mesa qualquer e saiu fechando a porta.

Ah! A voz estava tão boa!

- Porquê não continuou? - Perguntei receosa com a resposta. - Fiquei curiosa para ouvir sua voz mais uma vez.

- Não sei, só quis parar, se quiser eu canto um dia pra você.

O olhei confusa, como assim não levei uma patada???
Toquei frenética no seu braço coberto pelo moletom escuro que o mesmo usara.

- Ué, não me deu patada?? Você está estranho.

- Preciso de dois favores seus e você de um meu hoje, acho que precisamos ao menos não sair no tapa. - Ele colocou as mãos no bolso como uma criancinha de casaco.

Dois favores? Eram só um pra cada.

- Dois favores Jimin? Qual é o segundo por acaso? - Sentamos no muro baixo do jardim da escola.

- O primeiro é você me ajudar com história, preciso ir até a sua casa aliás...

- E o segundo...? - O questionei preocupada.

- Estão falando daquela festa certo? Quem está organizando é o meu melhor amigo e ele faz questão que eu vá. - Ele umidece os lábios.

- E o quê eu tenho a ver com isso? - Batia os pés contra muro de concreto.

- Para ir, preciso estar acompanhado, serve como regra universal, e eu não tenho ninguém além de você para ser minha companhia. - O mesmo se vira para mim. - Você pode ir comigo? Por favor.

- Eu tenho muitas coisas pra fazer e não estou afim de ir, você nem gosta de mim, pra quê eu vou ir.

- Prometo parar de falar isso. - Ele une as mãos me pedindo. - Eu te imploro Lee So-ri, minha querida, eu faço o quê quiser que eu faça.

- Para de me chamar assim. E tá, eu vou. - Revirei os olhos.

- Obrigado.

[...]

- Então quando a Alemanha dividiu seu exército, ele acabou enfraquecido. - Explicava gesticulando o assunto que ele precisava entender.

- Hum... - O mais velho anota o que eu ia ditando.

- Nunca ouviu falar no general inverno? Pois ele foi eficaz pra morte da maioria dos soldados nazistas.

- Fala sério? - Ele me olha curioso.

- Sim, um frio de -40°, ninguém aguenta.

Ele entendia bem a matéria e ia anotando tudo que eu dizia, era interessante té-lo como "aluno" naquela noite.

- Com isso, Hitler já sabia que era o fim do seu próprio império e já estava num lugar restrito, para que ninguém o achasse. Foi quando ele e sua esposa, Linda se suicidaram e mataram seus cachorros junto.

Rude! - Park Jimin.Onde histórias criam vida. Descubra agora