Rude! - Park Jimin.

12 🥡

Logo após a estranha ironia da ligação do homem na qual eu apelidei de "Estranho" eu encontrei a Yun Hee no local destinado.
A princípio ela já estava lá, pegou uma mesa e um livro pra ler enquanto se encostava na parede de tijolos "vintage" da cafeteria.

- Cheguei finalmente, espero não ter demorado muito... - Larguei minha mochila no banco e me sentei logo em seguida.

- Não demorou não, fica tranquila, eu cheguei faz muito pouco tempo por aqui... - A mesma fechou o livro.

- Está gostando do livro que eu indiquei? Ao menos aprendeu alguma coisa até aqui? - Perguntei após ver que a capa do livro era o livro que eu indiquei na biblioteca.

- Sim, ele é bem completo, com imagens e tudo, ajuda muito na hora de estudar. - Ela sorriu.

- O que vai pedir?

- Moça! - Yun Hee chama a garçonete.

- Olá, tudo bem? O que vão querer?

- Pra mim pode ser um café preto. - Ela sorri satisfeita.

- E pra você? - Ela pergunta diretamente a mim.

- Um Caramel Machiatto.

- Tudo bem, mais alguma coisa?

- Pra mim só isso.

- Pra mim também.

Bom, o resumo enquanto esperávamos foi uma breve conversa sobre a vida social na escola e o que achavamos sobre isso, assim como eu ela não tinha muitos amigos e gostava de estudar.
Estavamos muito entretidas na conversa e os cafés já haviam chegado.
Ouvi o barulho do sino da porta do estabelecimento.
Num transe virei a cabeça e só pude enxergar uma visão não tão agradável.

Vi Jimin chegar com a Tzuyu.

O vento batia no cabelo dela, parecia uma atriz de cinema, ela tinha uma beleza natural os olhos castanhos e a pele esbranquiçada.

Eu tentava despistar a minha atenção deles, mesmo que fosse um pouco impossível. Obviamente ele olhava pra mim sem reação, talvez um pouco envergonhado eu não sei ao certo.

- Porquê estão se encarando tanto?

- Nada, ele é só... Meu amigo. - Era visível o meu desconforto, não sei se era pelo fato de ele falar comigo de um jeito um dia e falar de outro na outra manhã.

- Tem certeza? - A mesma franziu o cenho.

- Tenho. - Afirmei.

Eu sentia que tudo que ele sente ou sentia por mim era capcioso, talvez eu me sentira enganada por um sentimento que nem existia, por uma cumplicidade, por uma defesa, por até um conflito amoroso que nem era real.
Tudo aquilo era inventado? Eram coisas que ainda rodearam a minha cabeça instantaneamente.
Eles riam juntos, tinham uma conexão, pareciam hipnotizados um pelo outro, até os olhares eram diferentes. Sabia que eu era apenas um momento de defesa e de compreenção pra ele.

Apenas isso e nada mais.

- E ai você namora? - Ela nem olhava diretamente pra mim, acredito que ela estava entretida com o livro.

Que pergunta!

- Não e você? - Tomei um gole de machiatto quente.

- Eu namoro, faz três anos. - Yun Hee me olhou animada.

Poxa, só eu que ainda sou encalhada?

- Ah é? Quem é o sortudo uh? - Sorri um pouco boba.

- O nome dele é Taehyung.