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- O quê tu tá fazendo aqui? Posso saber?

- Eu vim ajudar a sua mãe, me deixa entrar. - Jimin tentava olhar para dentro do quarto mas eu estava barrando a imagem.

- Acho que nós não precisamos da sua ajuda... - Cruzei os braços em negação.

- Pode crer que precisam, cadê a Bong Cha? Preciso falar com ela.

- Está ali dentro. - Apontei para o quarto. - Mas o quê você quer com a minha irmã? Ela te deve favores por acaso?

- Não, eu só preciso falar com ela, porquê foi ela quem me chamou para vir até aqui. - Ele me ultrapassa entrando no quarto.

Ainda tentando entender a situação, entrei no quarto procurando por uma explicação de Bong Cha enquanto ela conversava firmemente com Jimin.
Vovó olhava desconfiada para Jimin e o mesmo saiu da enrascada avisando que
era meu "amigo".

- Você diz coisas sem sentido Jimin, não somos amigos, nem perto disso, saia daqui agora. - Exigi.

- Eu não vou sair daqui. - Ele se vira me olhando diretamente nos olhos, quase querendo me matar de fato. - Sou eu quem vou pagar o tratamento médico da sua mãe.

- Bong Cha! - Tentei fazer o mínimo de silêncio possível. - Quem te mandou ligar pra estranhos para pedir ajuda?

- Mas ele não é um estranho unnie, você gosta dele.

- Não eu não gosto! - Neguei.

- Independente disso, eu vou ajudar a sua mãe, você querendo ou não.

- Gente! - Vovô interrompe. - Por favor, mais respeito, estamos num hospital!

- Mas isso é certo vovô? Me diga. - Coloquei as mãos na cintura.

- Se ele está se oferecendo, qual o problema afinal?

Bufei em sinal de angústia, eu não queria nada vindo dele, nada mesmo, muito menos dinheiro.

- A gente pode conversar sobre isso no corredor So ri? - Jimin parecia implorar por isso.

Fui até o corredor rapidamente.

- Por favor, eu sei que você não tem muito dinheiro pra pagar um tratamento decente pra sua mãe nesse hospital. - Ele parou na minha frente, esse era o único momento na qual eu havia visto fragilidade no olhar dele.

- Jimin, você não precisa fazer tudo isso, eu nem sua amiga sou.

- Não é que eu não precise, eu QUERO pagar. Me deixa cuidar da sua mãe. - Jimin colocou as mãos nos meus ombros. - Releva as vezes que eu fui ruim com você.

- E foram várias, você é confuso. Por quê tudo isso? Justamente com a minha mãe, você não teve quase nenhuma conversa com ela.

- Eu gostei dela, ela parece ser legal, uma boa mãe pra você e pra sua irmã, te deu educação, gentileza, empatia, esses dois olhos verdes lindos... - O mesmo tombou a cabeça pro lado.

- Tá, é show de elogios ou ajuda pra minha mãe? - O olhei desaforada.

- Um pouco dos dois, você VAI me deixar ajudar ela ou não, a escolha é sua.

- Tudo bem, se é assim, eu aceito. - Entrei novamente no quarto.

[...]

Depois de um tempo, a noite já caía na rua, eu estava receosa de ficar em casa sozinha com Bong Cha. Eu sempre tive medo de ficar sozinha.

- So ri, estou cansada, podemos ir pra casa? - Bong Cha bufa exausta sentada na poltrona ao lado da maca onde mamãe se encontrava.

- Quem vai ficar aqui pra cuidar da mamãe se ela acordar? Não é bom ela ficar sozinha.

Rude! - Park Jimin.Onde histórias criam vida. Descubra agora