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Assim que a aula acabou eu fui até o hospital com Jimin para ver e conversar com a minha mãe.
Ao chegar lá, Jimin sentou na poltrona ao lado dela e eu cumprimentei meus avós e logo falei com mamãe.

- Como está? Se sente melhor? - Dei um beijo na testa da mais velha.

- Estou um pouco melhor sim, podemos conversar? - Ela se endireita na maca, ficando sentada.

- Claro.

Dona Lee olhou para os lados, sinalizando que ela queria que ficassemos a sós. A mesma esperou os três saírem para começarmos a conversa.

- Como vão as coisas? Como a Bong Cha está?

- Bong cha está bem, me atormentando como sempre, mas bem. As coisas? Ah, eu estou bem.

- Aconteceu alguma coisa que eu deveria saber?

Aconteceu.

- Eu briguei com Jimin. - Bufei.

- Porquê?

- Eu ouvi ele dizer pra uma amiga, ou sei lá quem ela seja, que tenta não se importar comigo, que não confia em mim, não vai com a minha cara e outras coisas mais. - Falei massageando as têmporas.

- Mas porquê ele te colocaria na casa dele se ele fala tudo isso de você? Como ele se atreve?

- Eu também estou me perguntando isso o tempo todo, ele fala que eu devo esperar, que ele não tem uma resposta para agora.

- Ele te pediu isso mesmo?

- Sim.

Mamãe olhava para os lados respirando fundo, pensando no quê fazer a respeito.

- Filha, chama ele aqui por favor?

- Mãe...

- Chama. Agora. - Exigiu ela.

Caminhei até o corredor chamando pelo nome de Jimin e vendo o mesmo entrar no quarto na minha frente.

- Eu chamei você aqui... Você não, vocês. - Ela nos encarou. - Número um, vocês dois parecem duas crianças e não dois jovens de 19 anos que realmente são.

Abaixei a cabeça de vergonha, aquilo era vergonhoso de se ouvir.

- Número dois, você, Jimin, deveria repensar as suas atitudes, falar daquela forma na qual falou de uma pessoa que está na sua casa e claramente fragilizada com os acontecimentos externos não é algo agradável pra ninguém, nem mesmo pra você.

- Eu...

Mamãe o interrompe.

- Número três, So ri precisa respeitar o tempo das outras pessoas, Jimin, você é alguém que gosta de pensar meticulosamente nas coisas pelo jeito, So ri precisa aprender a entender que nada é do jeito que queremos e na hora que queremos, cada um tem um jeito e deve ser respeitado de tal forma. - Ela respira fundo. - Número quatro, quero que os dois se desculpem e conversem, um pra entender o lado do outro. - A mais velha pega a mão de Jimin e a minha, segurando forte em sua própria palma. - Vocês dois são bonitos, inteligentes, caridosos, cativados e pensativos, eu odeio que acabem brigando por motivos tão infantís quanto esses. Não me decepcionem, por favor.

- Desculpa te fazer passar por isso mãe, eu estou me sentindo uma idiota.

- Me perdoe senhora Lee, me perdoe de verdade.

- Sem perdões pra mim, apenas pra vocês apartir de agora. Levem isso como um concelho de vida. - A mesma pisca para ambos. - Já podem ir, se precisar eu ligo para So ri.

Rude! - Park Jimin.Onde histórias criam vida. Descubra agora