A campainha toca~
- Bong Cha? Tem alguma visita? - Perguntei me escorando na porta.
- Não unnie, pergunte pra mãe ela deve ter.
Fui até o quarto de minha mãe
- Tem visitas? Tem alguém apertando a campainha lá em baixo.
- Não, deve ser pra você.
Desci as escadas rápidamente já abrindo a porta com a chave.
- Na ri? Yerin? - Dei espaço para que as duas pudessem entrar na sala de estar.
- Viemos te visitar. - Na ri diz com uma sacola no braço.
- As oito horas da noite? - A questionei confusa.
- Sim! Visitas não tem hora dona So ri. - Elas riem subindo as escadas em direção ao meu quarto.
Na minha casa as visitas tem hora sim! Fora que é invasão de privacidade.
Entrei no meu quarto fechando a porta em seguida.- O que trouxeram ai? - Me sento na ponta da cama apontando para a sacola de papel pardo em suas mãos.
- Isso! - Ela levanta uma garrafa de coquetel de morango.
- Porquê trouxeram isso pra cá?
- Para nos divertirmos, vamos, vai ser legal. - Yerin tira alguns outros itens da mesma sacola, alguns copos e canudos de papel coloridos. - Noite das garotas!
Na ri comemora e eu não estava entendendo a intenção daquele encontro com bebidas no meu quarto. Elas iam servindo a bebida adocicada nos copos com cores diversificadas, parecia bebida pra criança, porém, não.
[...]
Como num sopro, foramUm copo.
Dois copos.
Três copos.E sem que eu percebesse eu estava um pouco atordoada.
As meninas beberam no máximo dois copos o que deixava TUDO mais estranho. Mesmo um pouco tonta eu vi a imagem turva de Na ri mexendo no meu armário de roupas.
Eu guardava ali uma boa quantidade de dinheiro para dar de presente pra minha mãe, que sempre cuidou de mim e Bong Cha sem dar nem um xilique. Era tudo que eu tinha de mais precioso.Depois daquilo não me lembro de nada do que aconteceu naquela noite, nem os vestígios da bebida e dos copos se encontravam no meu quarto.
O despertador tocou me dando um choque de realidade, deu tempo de eu tomar um banho quente, eu já sabia das condições que eu havia me encontrado, eu já sabera o que me aguardava se eu fosse abrir o armário.
Na esperança de ter visto tudo errado, eu abri o armário já arrumada porém com os cabelos molhados.Não havia mais nada lá, todo o meu dinheiro sumiu.
Cretinas. ~ pensei.Não poderia ser realidade, tudo que eu vi era realidade. Que decepção...
Saí de fininho já um pouco atrasada para a escola.
Enquanto eu andava na rua eu ví a familiar moto de Jimin na rua e fiz sinal para que ele parasse.- Quer uma carona? - Ele para no cordão da calçada.
- Porquê eu pediria pra você parar a moto não é mesmo? Quero. - Peguei o capacete reserva por conta própria já colocando na cabeça e subindo na moto.
Chegamos na escola e por um segundo todos pararam pra observar o frio glacial que estava impreguinado a dias em Seoul e a linda aqui com os cabelos molhados, apenas cobertos por uma touca cinza.- Você tá cheirando a algo doce, que fez ontem a noite? - Jimin desce da moto retirando o capacete da cabeça.
É uma longa história.
- Bom, é uma história um pouco longa. - Retiro o capacete dando para o dono novamente.
Teria que explicar tudo isso? Eu já sentia a humilhação subir pelo meu âmago.
Sentamos no chão, nos encostando na parede de concreto de alguma sala qualquer.- As meninas foram até a minha casa com uma garrafa de coquetel de morango, copos e canudos. Eu fiquei bêbada e só me lembro de Na ri abrir o meu armário e pegar algo lá.
- Você guarda algo importante lá?
- Uma boa quantia em dinheiro que eu iria dar a minha mãe. - Abaixei a cabeça me sentindo humilhada pelo o que eu havia passado na noite anterior.
- Você é trouxa ou o quê? Elas foram na sua casa pra te roubar o imbecíl. - Ele dá uma leve batida na minha nuca.
- Para de ficar me depreciando, está piorando tudo. Eu me odeio por isso agora. - Senti uma lágrima quente passar pela minha bochecha e limpei com a manga da camisa de lã preta.
- Você não está chorando certo? - O mesmo vira o rosto para mim.
- Como se você fosse interessado em algo que eu sentisse por acaso.
- Para de ser uma pateta completa por favor.
- Isso significa que você se importa comigo ou com o que eu sinto? - Questionei já séria.
- Significa que eu ainda não me importo mas tenho que fingir que me importo e te entendo. - Ele ri irônico.
Aquilo piorava tudo, me sentia pior com o passar do tempo.
[...]
- Vamos So ri? - Jimin fica encostado na porta me encarando.
- Não vou com você hoje. - Sai e passei reto pelo seu corpo que me segue com o andar pela escola até a saída.
- Porquê? - Ele me questiona com um tom preocupado.
- Precisa de resposta? Eu só não quero ir com você e ponto, nem precisa de pergunta. - Acelerei o passo passando pela sua frente e indo embora.
Fui de ônibus mesmo, não estava tão incomodada com aquilo pois era algo bem abtual na minha rotina.
~ um pouco mais tarde ~
- Filha pode vir aqui? - Minha mãe me chama com o celular desbloqueado na mão.
- Oi. - Sentei ao seu lado observando a tela do aparelho junto a ela.
- Aquelas garotas foram embora as três da manhã e levaram algo seu? So ri... Você sabe que temos câmeras. - Ela bate com a parte traseira do celular na palma da mão.
- Eu juro que nada disso foi combinado, elas chegaram aqui de uma hora pra outra com bebidas e o caralho a quatro numa sacola. - Abaixei a cabeça envergonhada.
- Nunca mais deixarei isso acontecer novamente. E nunca mais deixe elas se aproximarem de você por qualquer propósito. - Ela levanta a minha cabeça com o dedo indicador, o posicionando abaixo do meu queixo. - Me ouviu Lee So-ri?
Quando ela me chamava de Lee So-ri ela provavelmente estava decepcionada, o que me destruía mais e mais.
Eu estava sendo boicotada e minha mãe estava triste comigo...- Ouvi mãe, me desculpe. - Senti uma lágrima quente escorrer pelo meu rosto.
- Não chore, boa noite, durma bem. - A mesma limpa a lágrima com uma das mãos me dando um beijo na testa logo após isso.
[...]
Ligação On:
So ri: Alô?
Jimin: So ri?
So ri: Fala.
Jimin: Porquê você tá parecendo um cavalo me dando patadas?
So ri: Como se você se importasse com isso...
Jimin: Não me importo, mas não acho que seja do seu feitiço.
So ri: Não é do meu feitiço estar aqui falando contigo também!
*ouço sua respiração funda*
Jimin: So ri, olha...
*interrompi*
So ri: Me desculpe, mas eu não quero falar mais com você por hoje, boa noite, até amanhã.
Ligação Off.
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Rude! - Park Jimin.
Fanfic[Concluída] O sonho de Lee So-Ri é ser independente, ajudar sua mãe que é apenas uma costureira aposentada e sua irmã, uma adolescente de 15 anos que estuda e gosta muito de revistas de moda antiga. Os amigos não eram os mais agradáveis, até encont...