02 🥡

152 18 4
                                        

- Bom dia. - Me aproximei dos meus amigos os cumprimentando.

- Bom dia pequena So ri, como vai? - Na ri puxa um sorriso.

- Tô bem.

- Oh que bom, tiramos satisfação com aquele Jimin aliás. - Seo Joon franze o cenho.

- O quê? Por quê? - Digo preocupada.

Eles não tinham nada a ver com isso, tudo vai piorar se continuar assim.

- Vai nos dizer que está com pena daquele murrinha? Ele te tratou mal era o mínimo que nós poderiamos fazer. - Do yoon afirma.

- Olha Do yoon esse tipo de coisa só piora tudo, vocês não precisavam ter tirado satisfação com ninguém já que da minha vida e dos meus confitos cuido eu. Tudo foi um mal entendido, talvez ele estivesse num dia ruim.

- Tá defendendo muito aquele troço pro meu gosto.

- Eu não tenho que estar a gosto de ninguém. - Me viro para que pudesse encará-lós todos de uma vez. - Eu não preciso defender vocês muito menos ele já que eu acredito que não exista mais nenhuma criança por aqui.

- Ok So ri, não faremos mais isso.

- Eu espero mesmo, já que o que eu menos quero é arrumar conflito por bobagem. - Me sento em um dos bancos do corredor bufando.

Isso tudo não vai dar muito certo, logo logo o vulcão vai explodir.

[...]

- So ri, pode me ajudar? - Yerin me puxa para mais perto dela.

- Com o quê? - Pergunto.

- Não sei um tema para a redação, a professora pediu que colocassemos algo sobre preconceito.

Ironia justo uma redação sobre preconceito ser dada como atividade.

- Por quê não faz sobre o preconceito contra homossexuais? - A indireta foi jogada alí.

- Boa ideia. - Ela pega uma caneta.

Pelo visto ela não entendeu a indireta. Tudo que mamãe havia dito poderia ser a real situação que eu teria que passar. Eu não queria ficar sozinha, não mesmo, mas eu também não poderia assumir um erro que não era meu.

Logo após entregar a redação feita o sinal para o intervalo soou e aquela multidão de adolescentes falantes saia sala por sala.
Vemos uma silhueta chegar até nós e instanteneamente já me xingar.

- Não pode fazer nada sozinha não? Assuma seus erros e as suas broncas, você não é uma criança mais. - Jimin passou como um jato apontando um dedo pra mim.

- Eles falaram por conta própria, o que queria que eu fizesse? Me arruma uma bola de cristal então senhor espertinho.

Do Yoon afastou os corpos e já discutiu com Jimin em seguida.

- Nós a defendemos, não precisa vir aqui e xingar a garota seu ridículo, cuida do seus namoradinhos e nos deixa em paz peste.

- Vocês são um bando de marmanjos desocupados que não assumem suas próprias broncas e descontam sua falta do que fazer em alguém que se quer nunca fez nada pra vocês, peguem esse orgulho e preconceito de vocês e enfiem no meio do rabo. - O mesmo sai em desparada.

Um silencio se instala no ar, a bomba estava armada e apontada para a cara do grupo que ficou mudo em um instante.

- Ele sempre vem com esse mesmo discurso. - Yerin reclama.

- Ele tá certo.

Todos repetem a mesma coisa. *O QUÊ?*

- Ele está certo. - Silabei devagar.

- Porquê acha isso So ri? - Na ri me pergunta já com raiva da minha alma.

- Nós somos um bando de marmanjos desocupados que tiram o nosso tempo para xingar pessoas alheias sem motivo algum. - Abaixo a cabeça decepcionada.

- So ri olha...

- Olha nada. - Interrompi. - Isso já tá cansativo.

- Cansativo pra você, chaveirinho de professor. - Seo joon ri.

O sangue subiu e o meu instinto foi sair dali e sentar em qualquer lugar ao lado de pessoas estranhas que falavam sobre qualquer coisa.

[...]

So ri!

Ouvi aquele grito de longe, eram eles novamente.

- Falem. - Parei com a mochila nas costas.

- Desculpa por te chamar de chaveirinho de professor, não foi certo.

- Essas desculpas não deveriam ser dadas pra mim Seo Joon e você sabe disso. Deixa pra lá, já passou. - Tento sorrir mas nada sai.

- Bom, até amanhã. - Ele sai sorrindo.

Como podem? Eu não sou capaz de entender a lógica que vem da cabeça deles.

Ao chegar em casa, fui diretamente ao quarto de minha mãe a vendo sentada na cama lendo algum de seus livros.

- Como foi a escola? - Ela não tira a atenção do livro.

- Acho que arrumaram conflito. - Afundei meu rosto no colchão macio.

- Com aquele garoto? - Ela retira o livro do rosto me observando apenas de óculos.

- É, eles tiraram satisfação com ele por ele ter sido grosso comigo e o garoto veio até mim e colocou o dedo na minha cara, eu disse que eles fizeram por conta própria mas parece que ele não ouviu isso e simplesmente disse que eu deveria assumir minhas broncas sozinha. - Coloquei o rosto pra fora do colchão. - Eu juro que tentei ser a mais pacífica possível.

- Eu acredito em você. Me desculpe por ter que te dizer isso mas eu acho melhor você se livrar dos seus amigos. - Sinto meu cabelo ser acariciado por suas mãos. - Seu pai sempre dizia que mesmo que estivessimos sozinhos sempre teria alguém pra ver o nosso potêncial.

- Você acha? Mas quem iria ver potêncial em mim? Todos tem um grupo pra sair e festejar por ai...

- Qualquer um pode ver potencial numa menina como você... Linda, dedicada e tão boa quanto qualquer um deles.

Será?

Rude! - Park Jimin.Onde histórias criam vida. Descubra agora