Piter Stevens deve ter uns 18 anos agora, foi o primeiro e único namorado que tive, a nossa relação me fez não voltar a querer namorar tão cedo. Ele era muito idiota e eu achava que daria conta da situação até que ele decidiu mostrar que conseguia ser muito mais radical.
Ele me trancou numa das salas da minha antiga escola, e quase me estuprou, só não o fez porque enfiei a porrada nele e pronto, ele nunca mais se aproximou de mim, e eu já havia esquecido isso, foi a muito tempo.
Até esse terrível momento...
- Vai ficar em silêncio?
Desliguei o telefone.
- Mãe, compra um chip novo pra mim amanhã?
- Porquê?
- O Piter tem o meu número então deitei aquele e quero um novo.
- Claro que compro. Vai conseguir dormir sozinha depois disso?
- Quanto a isso, eu já coloquei um colchão no chão do vosso quarto, um de vocês vai ter de dormir no chão porque eu vou dormir na cama.
Na verdade fiquei com medo sim, joguei o chip fora mesmo. Agora só tinha de ser ainda mais discreta do que eu já era.
Acordei e estava sozinha no quarto, desci as escadas e fui a cozinha, felizmente encontrei os meus pais lá ainda... ainda estava com medo claro.
- Bom dia, pai me empresta o seu celular?
- Toma...
Peguei e liguei para o pai do Luís:
- Bom dia tio Frank, desculpa o incómodo mas pode por favor dizer ao Luís pra vir em minha casa agora?... Obrigada.
Pronto, eu também não ia ficar sozinha naquela casa grande neh.
Devolvi o celular e meus pais notaram que eu estava nervosa.
- O que foi Anne? - meu pai já estava preocupado.
- Eu chamei o Luís pra me fazer companhia quando vocês saírem, não se preocupem.
- Você vai ficar bem?
Antes que eu conseguisse responder a campainha tocou...
- Esse é o som do meu alívio.
Fui abrir a porta. O Luís me olhou de cima a baixo, e só aí dei conta que ainda estava de pijama, que dessa vez era um vestido acima do joelho, não muito justo.
- O que aconteceu?
- Podes me fazer companhia?
- Porquê?
- Depois te explico.
- Ok, o que aconteceu com o teu celular?
- Deitei o chip, a minha mãe vai comprar outro.
- Deitou porquê?
- Longa história, entra...
Eu já havia terminado de me arrumar, arrumei a minha mochila e depois de comer eu e o Luís fomos para a casa dele já que ele nem havia comido ainda.
Enquanto ele se arrumava eu fiquei andando pela casa, eu tenho esse hábito de conhecer as casas dos outros não sei porquê...
Depois de ter visto a sala entre outros cómodos, eu estava voltando para o quarto do Luís mas uma das portas de um dos quartos estava aberta e eu decidi expreitar...
- Perdeu alguma coisa?
Virei e vi uma mulher que nunca havia visto antes... usava uma toalha e tinha uns olhos castanhos escuros, cabelo preto e tinha um tom de pele claro.
- Não - respondi.
- Foi o que eu pensei - entrou no quarto e fechou a porta.
Eu ia jurar que aquele quarto era do Mike...
Voltei para o quarto do Luís, eu estava tão destraida que quando abri a porta não me dei conta que estava só com roupa interior...
"Mds, como é que é suposto eu me controlar quando aparecem essas tentações a minha frente"
Ele tinha o cabelo molhado, o corpo definido, estava sexy até demais...
- Aah desculpa - virei pra sair mas parei, fechei a porta e sentei na cama enquanto ele observava cada passo que eu dava com muita atenção - já vi mesmo então pode vestir o resto.
- Terceira rapariga a me ver assim e não desmaiar.
- Hahaha, já vi coisa muito melhor.
- Confessa que eu sou bom - ele se aproximou de mim deixando a toalha do outro lado da cama e ficou tão próximo que eu conseguia sentir a respiração dele.
- Lembra da razão por eu ter te chamado lá em casa hoje?
- Sim, porquê?
- Estou a entrar em pânico agora, podes vestir faz favor...
- Aaah desculpa, eu esqueci sério... - ele ficou tão atrapalhado que pegou as coisas e foi terminar de vestir no banheiro mesmo.
Entrei em pânico mesmo? sim, mas eu sei me controlar apesar de ser assim extrovertida.
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Ninguém precisa saber
Teen FictionA vida de Anne muda quando ela acha que seria tão monótona como nunca... Acontecimentos fazem ela perceber que ela não deve subestimar a vida, confiar em todos e que ficar presa ao passado nem sempre é assim tão mau.