Capítulo 3

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Ainda estava zonza quando me dei conta que estava por cima de alguém e logo me levantei...

- Ai mds desculpa! Mike certo? desculpa a sério... - comecei a dizer ao mesmo tempo que o ajudava a levantar e arrumar as coisas que ele trazia.

- Tudo bem, não me magoei e nada se partiu, acho eu... - ele disse certificando-se da afirmação - certo, nada se partiu. Mas e tu?

- Eu...?

- tu estás bem?

- Aah sim, claro! desculpa aí é que... eu estava com pressa...

- Acontece. Então a gente se esbarra por aí - riu-se e seguiu o caminho dele.

E eu ainda zonza, parada no meio do corredor a me perguntar como àquilo aconteceu, quando lembrei - aah claro! o carregador, cabeça de vento - e fiz o meu caminho até ao carro.

Só estava o meu pai conversando com o Frank, e o Luís que era o outro rapaz.

Procurei o meu carregador dentro do carro por uns minutos e não achei, então decidi perguntar ao rapaz que mexia no resto das caixas pra levar.

- Luís certo? - esperei uma resposta mas tudo o que recebi foi um olhar meio desprezível e arrogante então continuei - por acaso você não viu um carregador?

- Por acaso eu tenho cara de ser seu empregado?

- Não, mas tem cara de idiota mesmo! - disse já ficando irritada.

- Idiota é você que nem um carregador de merda consegue achar.

- Merda é você, já que é idiota devia ao menos expandir o seu vocabulário sujo porque eu já vivo vendo merda, por acaso to falando com uma agora mesmo...

A coisa já estava a ficar feia até que o meu pai e o Frank chegaram e a gente foi cada um para o seu lado,
deixando o Frank e o meu pai conversando sobre a pequena discussão.

- Mãeeeee - entrei gritando irritada e frustrada - viu o meu carregador?

- Vê em uma das caixas do quarto da Raquel...

Raquel? quem é essa? Ok, já descobri que um dos quartos que eu achei que era de hóspedes já tem dona, agora quem é ela eu não sei...

Também nem tinha cabeça pra pensar nisso agora e fui logo ver o meu carregador.

Eu nem sabia qual dos quartos era, então abri o primeiro e não havia nada, fui ver o segundo e achei o Mike arrumando as caixas.

- Caraças - eu ia sair quando ele me chamou.

- Anne...? precisas de alguma coisa?

"Anne se controla ok, não faz borrada, ele é só um rapaz com os olhos lindos e cabelo lindo e um corpo lindo, nada mais"

- Eu estava a procura do meu carregador, por acaso tu não viste?

- Calma, deixa eu ver aqui...

Demoraram uns 2min, que pareceram uma eternidade, foi muito constrangedor pra mim.

- Esse aqui?

- Sim, esse mesmo...

Eu fui só pegar o carregador e escorreguei e adivinha? Esbarrei com ele de novo, mas dessa vez ele me segurou para nós não caírmos.

- você gostou de esbarrar em mim neh?! - disse ele com um ar meio convencido.

Eu só consegui imaginar o tom de vermelho que minhas bochechas estavam de tão envergonhada que eu estava, então quando eu não disse nada ele continuou.

- Vem - ele pegou na minha mão e nos sentamos na borda da cama - já que eu vou ser seu vizinho e pelos vistos tu não vais parar de esbarrar em mim - ele sorriu ao mesmo tempo que eu - então vamos nos conhecer melhor ok?

Eu acenei apenas.

- Eu sou o Mike Sloan, tenho 23 anos, estou no 3 ano da faculdade. Meu irmão é o Luís que tem 17 anos, e meu pai é o Frank. Minha mãe já morreu a uns 2 anos atrás. E você?

- Eu sou a Anne Adams, tenho 15 anos, vivo com os meus pais que são os meus únicos amigos de momento, vou começar o ensino médio esse ano e sou filha única.

- Eu posso ser seu novo primeiro amigo então?

- Claro!

- Pode me passar o seu número e aí a gente se fala - ele tirou o celular do bolso e me entregou, coloquei o meu número e devolvi - ótimo, agora não precisa mais me olhar como se tivesse visto um fantasma tá bem.

Acenei de novo já que estava sem palavras, de novo. Ele ia dizer alguma coisa quando alguém bateu na porta.

- Achou o carregador? - minha mãe perguntou

- Achei!

- Bom, Mike tudo pronto aqui?

- Sim sim Isabel.

- Então seu pai tá chamando você.

- Está bem - e se dirigindo pra mim disse - te vejo por aí Anne.

Eu fiquei sorrindo que nem palhaça até ele desaparecer.
Minha mãe me olhou curiosa e logo entrou berrando:

- Conta tudoooo...!

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