Após eu ter lhes convencido de que iria a escola normalmente, o meu pai ficou de me levar e me buscar no colégio o resto da semana...
Com tudo isso eu havia me esquecido do chip, olhei pra ele por cima da minha secretária, coloquei o chip no telefone. Dessa vez a única rede social que vou usar é o WatsApp.
Nem me preocupei com os números que havia perdido...
Dormi, eu pensei que seria difícil dormir mas não, eu estava mesmo cansada.
Na manhã de quinta feira acordei com um pouco de dor de cabeça e estava constipada. Obviamente por causa da chuva ontem, mas eu não ia ficar em casa. Tomei um banho, me arrumei e desci.
Nem era preciso perguntar pra notar que estava constipada, o meu nariz estava bem vermelho.
A minha mãe me deu um remédio, tomei um chá bem quentinho. Minha mãe foi trabalhar com o outro carro enquanto eu e meu pai esperávamos pela hora pra ele me levar.
Meu pai já havia conversado com o chefe dele sobre me levar e me pegar no colégio, isso já não era problema.
Melhorei um pouco depois do remédio, então já estava na hora de ir...
- Anne, sua mochila? - meu pai perguntou notando que eu saí para entrar no carro sem ela.
- Aaah que burra! - bati na testa mas lembrei que ainda estava com dor de cabeça - ai - gemi de dor - eu esqueci de arrumar.
- Saiu sua mãe nisso - ele riu.
- Vais ver só quando a Isabel chegar, vou contar tudo.
- Não se eu te levar pra comer fora depois da escola.
- Estás a comprar o meu silêncio?
- Está a resultar?
- Humm... - pensei um pouco - tá!
- Então sim - ele riu e isso me fez rir também - então diz as disciplinas que vais ter hoje para eu arrumar.
- O horário tá colado à porta do quarto.
- Tá, não demoro - e depois de dar um beijo na minha testa ele entrou.
Eu fiquei do lado de fora do carro abservando o jardim.
Vi o Mike e a Cláudia saírem pra irem ao colégio...
- Oi - dessa vez foi o Luís.
- Oi - falei depois de espirrar umas três vezes - desculpa!
- Foi a chuva ontem? - fiz que sim com a cabeça - eu... vai com o seu pai ao colégio agora?
- Só por essa semana, o resto do ano eu irei com um guarda-costas.
- Ahamm, você não voltou a colocar o seu chip neh?
- Coloquei sim, mas não vou dar o meu número pra mais ninguém.
- E a excepção que citou na terça a noite sobre mudar por mim?
- Mudei de ideias - falei subindo no carro - até depois - e fechei a porta.
Conversámos no caminho para escola, eu e o meu pai, ele me fez rir tanto que eu nem parecia doente.
- Pai, me explica porquê que você não trabalha no circo?
- Porque sou lindo demais pra isso, eu devia é ser modelo.
- E porquê que não é?
- Não quero que você e a sua mãe fiquem com ciúmes quando eu me tornar milionário - rimos enquanto ele me acompanhava para a entrada do colégio - então... - ele disse me entregando a pasta, e colocou uma mexa de cabelo por trás da minha orelha - boas aulas anjinho, não parte o nariz de ninguém, não seja agressiva, e mais importante que tudo: não me deixe preocupado pelo amor de Deus.
- Tá bem pai!
Ele se despediu dando um beijo na minha testa e foi.
Eu entrei.
Tive uma avaliação antes do intervalo, correu muito bem, eu sou inteligente.
Fui ao refeitório, comi, voltei pra sala, assisti o resto das aulas... ainda faltavam uns 30min para as aulas terminarem, e eu estava a assistir aula ainda quando o meu pai apareceu, falou algo com a professora, que depois fez sinal que eu podia sair...
- O que foi?
- Arruma os seus materiais que temos de ir filha.
- Porquê? pra onde? - estava preocupada.
- A sua mãe está no hospital, agora podemos ir? - ele percebeu que eu ainda queria fazer perguntas - shiu, não faz mais perguntas, só vamos por favor.
Apenas obedeci... não falámos nada durante o caminho todo, eu pensava em tudo o que podia ter acontecido para a minha mãe estar no hospital agora se pela manhã ela estava ótima.
Deixei a minha mochila no carro, o meu pai falou com a recepcionista e em seguida fomos em direcção ao quarto da minha mãe, entrámos e ela parecia muito bem "graças a Deus!" agradeci mentalmente...
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Ninguém precisa saber
Teen FictionA vida de Anne muda quando ela acha que seria tão monótona como nunca... Acontecimentos fazem ela perceber que ela não deve subestimar a vida, confiar em todos e que ficar presa ao passado nem sempre é assim tão mau.
