Capítulo 38

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       Após eles terem saído, a gente ficou escondidos na casa de banho, nós pensamos que como eles já haviam procurado lá não voltariam tão cedo.

      - Luís o quê que eu faço? - eu perguntei desesperada e as lágrimas já escorriam.

     - não devia ter tocado nela.

     - que grande conselho neh - falei entre os soluços.

     - desculpa amor, vem cá - ele me abraçou - nada vai te acontecer porque eu não vou deixar.

    - Luís temos de avisar a alguém.

    - o meu telefone está na cama, eu vou pegar.

    - tem cuidado por favor.

      Ele pegou o telefone e voltou logo.

       - vou ligar para o Mike - chamando... - alô,  Mike escuta, eu e a Anne estamos em casa dela, e a Isabel está atrás dela.

      - o quê? Isso é uma piada neh? Cê só pode estar brincando comigo.

      "ham? como ele sabia quem ela era? "

     - não to brincando, é sério, a gente tá no banheiro e eles ainda estão na casa, acho... foi foi por causa da Cláudia.

      - lógico que foi neh garoto. Olha eu vou para aí... não desliga a chamada não importa o que aconteça tá?

     - OK.

      Eu me acalmei e foi então que fomos ao quarto para arranjar uma maneira de sair da casa.

      - Mike ainda tá longe?

      - eu cheguei agora, qual é o plano?

      Ouvimos passos no corredor...

     - idiota, você disse que não havia ninguém aqui, mas eu ouvi barulhos seu incompetente.

     - mas eu vi Isa.

     - vê de novo, vê quantas vezes forem necessárias, vai logo.

      Ele entrou no quarto e esfava de costas e baixado para ver por baixo da cama, aí o Luís quebrou um vaso na cabeça dele e ele desmaiou.

      - hey... vocês estão aí? Dá pra responder porra.

     - Oi - respondi - pode entrar, mas rápido porque eu to com medo.

      - não esquece que você tá comigo princesa - falou o Luís enquanto arrastava o homem para debaixo da cama.

      - eu não esqueci bb.

      Então fomos até ao corredor, e lá estava a tal Isabel, ela era igualzinha a mulher que eu havia visto a sair do quarto do Mike da outra vez.

      - caraças.

      Acho que falei alto demais, porque ela olhou na nossa direcção mas nós voltamos para o quarto, pegamos o meu telefone e fomos para o quarto dos meus pais.

        - ok, me tira daqui Luís, eu já não to aguentando, ela tem uma arma.

        - calma, só fica calma senão eu fico em pânico também.

       A gente ouviu a voz do Mike, e fomos de novo para perto das escadas para ouvir a conversa.

       - Oi Mike, que surpresa agradável meu amor,  o que faz aqui?

      - isso pergunto eu, você tá armada e tudo.

      - isso não é da sua conta bebé, só me mostra aquela amiga do seu irmãozinho.

     - só por cima do meu cadáver.

     - que pena, o sexo com você até era bom - aí ela deu um tiro na barriga do Mike - que desperdício mesmo, agora vou continuar a minha missão.

       Eu já estava em pânico, imagina agora... ela notou que o telefone do Mike estava em uma chamada, eu desliguei logo...

      - então você tá aqui neh princesa - ela falou virando em direcção ao corredor, ela já sabia - então eu vou te achar sua ratinha.

     - Luís liga para a polícia agora...

     - já o fiz, agora só temos de esperar ou arranjar uma forma de sair daqui.

      Fomos para o quarto dos meus pais e esperamos, não ouvíamos barulhos de passos nem a voz dela, parecia um jogo psicológico horrível.

      Depois de 8min ouvimos o barulho de carros da polícia, fiquei mais aliviada, mas durou pouco porque logo depois ela arrombou a porta e entrou.

      " É agora que eu morro, e ainda por cima virgem".

      O Luís logo ficou a frente de mim.

     - aaaah Luizinho, tudo bem? - ele não respondeu - você não quer me facilitar?

      Eu sei o que ele estava fazendo, ele estava fazendo ela perder tempo para a polícia poder entrar.

      - que tal se você parar de brincar, e me deixar ajudar o meu irmão? Caramba Isabel ele tá morrendo, por favor - o Luís suplicava, eu nunca o havia visto assim.

       - ele já perdeu a mãe, deixa ao menos ele ajudar o Mike - falei também sensibilizada e preocupada.

      - aaaah mas você vem comigo - ela apontou pra mim.

       Eu na verdade podia fazer esse esforço pelo Mike.

     - pode ser.

     - não, não pode. Tá maluca? - Luís se virou pra mim.

     - não, mas o Mike precisa de ajuda, ele pode morrer aqui mesmo, e você não vai perder o seu irmão por minha causa.

     - mas também não aceito perder você por causa dele...



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