Capítulo 29

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     - Olha - minha mãe se fez ouvir - eu e o seu pai já estamos muito preocupados com essa história e é melhor você dar um tempo nos rapazes e nós vamos tirar umas férias no trabalho de cupido - rimos os três.

     - Eu entendo - falei um pouco triste mas decidida - p
Preciso mesmo. E também eu não quero voltar para o colégio.

     - Você pode ter aulas aqui em casa mesmo se quiser - meu pai sugeriu.

    - Seria ótimo, mas e a Raquel vai estudar lá?

    - Sim, vai no segundo trimestre - minha mãe respondeu.

    - Tá bem.

     Arrumamos a cozinha e fomos para a sala...

     - Eu vou descansar, já foi muito stresse por hoje - meu pai se despediu.

     - Pai? o que você falou para o Luís?

     - Nada de importante, só agradeci.

     Fiz que sim com a cabeça e ele subiu... ficámos eu, a minha mãe e a Raquel.

     - Então, vocês já se conheceram?

     - Sabemos o nome uma da outra apenas - ela respondeu rapidamente e animada.

     - Então Anne se apresente querida.

     - Eu sou a Anne como você já sabe, tenho 15 anos, e sou uma adolescente normal, o resto saberás com o tempo e tu?

     - Eu sou a Raquel e tenho 16 anos e sou muito animada...

     Eu olhei pra ela "aaah não me diga", ela parecia uma pilha, toda enérgica e isso estava a irritar-me.

     - Eu vou dormir, estou cansada, até amanhã.

     - Até amanhã irmã mais nova - eu parei e olhei pra ela como se fosse um aviso - aah muito cedo, certo, desculpa, até amanhã.

     E continuei a subir...

     No quarto eu fiquei pensando em como eu queria ter respondido o Luís mas foi melhor assim, ele vai conseguir ficar sem mim, "espero que eu esteja mesmo muito errada".

      Acordei com barulhos lá em baixo, vi o relógio no computador e eram 11:50am. Fui tomar banho e desci.

     Havia gente na sala, dava para ver da escada, eu estava meio escondida,  não quis descer...

     - Hey!

     - Aí caraças - dei um susto quando a Raquel apareceu  por trás de mim - que foi isso?

    - Desculpa, acordou com TPM foi?

    - Aaah não me stressa e fica calada.

    - Meninas? - alguém chamou lá da sala.

     "Ótimo, nem escondida eu consigo ficar mais".

     Quando desci eu reconheci quem era, era a directora do colégio que estava falando com a minha mãe, provavelmente sobre mim ou sobre a Raquel.

     Cumprimentamos e eu fui comer, ela veio junto, parecia cola no meu pé.

     Comi rapidamente e subi para o meu quarto de novo.

     - Eu só preciso de achar uma maneira de falar com o Luís - lá estava eu falando sozinha na frente da tela do computador - já sei, vou pegar o telefone do meu pai, ligar para o Frank e pronto, eu sou brilhante.

     - Quem é o Luís?

     - Mas você não sabe bater na porta rapariga? - resmunguei quando ela entrou.

     - Aaah eu não vou ficar pedindo desculpa tá, quem é o Luís?

     - É ele - falei mostrando o meu dedo do meio.

     - Ok, já vi que começamos mal, vamos começar de novo.

     - Bem que você pode fazer uma coisa que ia me fazer esquecer tudo isso e começar de novo.

     - O quê?

     - Trazer o telefone do meu pai sem ele perceber.

     - Fácil!

     - E nem uma palavra sobre o Luís com eles entedeu? - ela fez que sim com a cabeça.

     - Pode ir...

     E saiu... "Acho que ganhei um cachorro em vez de uma irmã".

     Esperei uns 15min até ela voltar com o telefone, liguei para o Frank e arranjei uma maneira de falar com o Luís pelo computador. Depois ela levou o telefone de volta e pronto.

     - E agora? - ela perguntou deitada na cama.

     - Agora sim, você vai parar de ser tão enérgica para eu começar a gostar de você,  e agora pode sair do meu quarto.

     - Tá.

     - E obrigada, mesmo.

     - Ahamm de nada.

     Depois de ela sair tranquei a porta e dormi um pouco.

     Acordei e já eram 10pm. dormi mais do que devia e ninguém veio me incomodar, estranho.

     Desci e os meus pais estavam adormecidos no cadeirão, só encontrei a Raquel na cozinha comendo...

     - Bom apetite!

     - Obrigada, tem mais na geladeira se quiser.

     - Estou sem fome... o que você fez durante o dia? - perguntei sentando na mesa e coloquei os pés por cima da mesma.

     - Nada de importante, só mexi no telefone e vi TV, nada mais.

     - Não sou a única aborrecida.


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